Dólar fecha em leve alta, vendido a R$ 4,94

Num dia marcado pela volatilidade no mercado financeiro, o dólar teve leve alta e a bolsa fechou estável. Movimentações típicas de fim de trimestre, além das reações à evolução da pandemia de covid-19 e à proposta de reforma tributária influenciaram o mercado.
O dólar comercial fechou a terça-feira (29) vendido a R$ 4,942, com alta de 0,28%. A cotação atingiu R$ 4,97 na máxima do dia, por volta das 11h30, recuou durante a tarde, caindo para R$ 4,92 por volta das 14h40, e voltou a subir perto do fim da sessão.
Apesar da alta de hoje, a divisa acumula queda de 5,42% em junho e de 4,78% em 2021. Caso o desempenho permaneça, a moeda norte-americana encerrará o trimestre com o maior recuo em três meses desde o segundo trimestre de 2009.
Bolsa de valores
No mercado de ações, o dia também foi marcado pela volatilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 127.327 pontos, com baixa de 0,08%. O indicador iniciou o dia em alta, chegou a cair 0,94% ainda durante a manhã e reverteu quase toda a queda durante a tarde.
O cenário externo influenciou o mercado brasileiro. A divulgação de que a confiança do consumidor disparou nos Estados Unidos em junho aumentou as apostas de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) elevará os juros básicos da maior economia do planeta antes do fim de 2022. Taxas mais altas em países desenvolvidos pressionam o mercado financeiro em países emergentes, como o Brasil.
No caso do dólar, as compras de fim de trimestre por parte de grandes empresas que enviam os lucros ao exterior contribuíram para a alta da moeda norte-americana. No cenário interno, as repercussões da proposta da segunda fase da reforma tributária também afetaram o mercado. Apresentado na última sexta-feira (25), o projeto reintroduz a tributação sobre dividendos e muda a alíquota de diversos investimentos.
*Com informações da Reuters
Edição: Denise Griesinger


ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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