Dólar fecha estável, mas acumula quinta semana de queda

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Em um dia marcado por tensões externas, o dólar fechou estável após operar em baixa durante quase toda a sessão, mas acumulou a quinta semana consecutiva de queda. O mesmo ocorreu com a bolsa, que chegou a subir mais de 1%, mas fechou próxima da estabilidade.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (11) vendido a R$ 5,242, com leve alta de 0,01%. A cotação chegou a cair para R$ 5,18 várias vezes ao longo do dia, mas a queda perdeu força com as tensões em torno do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Apesar do desempenho de hoje, a moeda americana encerrou a semana com recuo de 1,5%. Em 2022, a divisa acumula queda de 5,98%.

O mercado de ações teve um dia parecido. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 113.572 pontos, com alta de 0,18%. O indicador chegou a subir 1,35% até o meio da tarde, influenciado por ações de bancos e de empresas ligadas a commodities (bens primários com cotação internacional). No entanto, passou a ser influenciado pelas bolsas norte-americanas, que caíram com a instabilidade geopolítica entre Rússia e Ucrânia.

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A bolsa fechou a semana com alta de 1,18%. No ano, o Ibovespa sobe 8,35%.

O clima virou no meio da tarde, após o conselheiro nacional de segurança dos Estados Unidos, Jake Sullivan, afirmar que a invasão da Ucrânia por tropas russas é iminente. A declaração criou um movimento de compra de títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta. A cotação internacional do petróleo subiu quase 4%.

*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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