Dólar fecha no menor valor em quase um mês com eleições nos EUA

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O ambiente externo positivo criado pela apuração dos resultados das eleições nos Estados Unidos fez o dólar ter mais uma forte queda e fechar no menor valor em quase um mês. A bolsa de valores voltou a superar os 100 mil pontos no terceiro dia seguido de alta.

O dólar comercial fechou a quinta-feira (5) vendido a R$ 5,545, com recuo de R$ 0,108 (-1,91%). A cotação começou o dia em estabilidade, mas passou a recuar fortemente em meio à divulgação de novos resultados em estados americanos decisivos para definir o resultado da corrida eleitoral.

A divisa está no menor valor de fechamento desde 9 de outubro, quando tinha encerrado em R$ 5,527. O dólar acumula queda de 3,4% em novembro, mas registra alta de 38,2% em 2020.

No mercado de ações, o dia foi marcado pela euforia. O índice Ibovespa, da B3, encerrou a quinta-feira aos 100.751 pontos, com forte alta de 2,95%. O indicador acumula alta de 7,2% na semana.

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O mercado financeiro teve um dia de otimismo global, com o dólar caindo na comparação com as principais moedas, inclusive de países emergentes como México e África do Sul. Nos Estados Unidos, os principais índices saltaram com a expectativa de vitória de Joe Biden nas eleições americanas e de um Congresso dividido, com a Câmara sob controle democrata e o Senado nas mãos dos republicanos.

O índice Dow Jones, das empresas industriais, subiu 1,95%, o S&P 500, das 30 maiores empresas de capital aberto, ganhou 1,95%, e o Nasdaq, das empresas de tecnologia, valorizou-se 2,59%, passando para 11.890,93 pontos.

A manutenção de um Congresso dividido foi bem recebida pelo mercado financeiro norte-americano. Isso porque a manutenção da maioria republicana no Senado forçaria Joe Biden, se eleito, a adotar uma política moderada.

A decisão do Federal Reserve, Banco Central norte-americano, de manter os juros básicos entre 0% e 0,25% ao ano também animou os mercados por representar um sinal de que a autoridade monetária está comprometida em socorrer a economia dos Estados Unidos em meio ao repique de casos de covid-19 no país.

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*Com informações da Reuters

Edição: Nádia Franco

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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