Dólar sobe para R$ 5,23 com temores sobre juros nos Estados Unidos

Os temores de que os Estados Unidos podem elevar os juros além do esperado pesaram no mercado financeiro. O dólar subiu para o maior nível em 40 dias, e a bolsa de valores caiu para o menor patamar em uma semana.
O dólar comercial encerrou a quinta-feira (15) vendido a R$ 5,239, com alta de R$ 0,061 (+1,18%). A cotação subiu durante toda a sessão, até fechar próxima das máximas do dia, em um movimento internacional de compra da moeda norte-americana.
A divisa está no valor mais alto desde 3 de agosto, quando tinha fechado a R$ 5,27. O dólar sobe 0,71% em setembro, mas acumula queda de 6,04% em 2022.
A turbulência também marcou o dia no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 109.954 pontos, com recuo de 0,54%. O indicador acompanhou as bolsas norte-americanas, que voltaram a cair hoje, após uma trégua ontem (14).
A divulgação de que os pedidos semanais de auxílio-desemprego caíram nos Estados Unidos aumentaram o pessimismo no mercado internacional. O dado aumentou os receios de que o Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) terá de elevar os juros básicos em 1 ponto percentual na reunião da semana que vem, após duas elevações seguidas de 0,75 ponto, para segurar a inflação na maior economia do planeta.
Taxas mais altas em economias avançadas estimulam a fuga de capitais de países emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa. Num cenário de elevação de juros nos Estados Unidos, os títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do planeta, ficam mais atrativos.
*Com informações da Reuters
Edição: Nádia Franco
Fonte: EBC Economia


ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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