Dólar volta a encostar em R$ 5,60 influenciado por decisão de Trump

Influenciado por fatores domésticos e internacionais, o dólar, que ontem (5) tinha tido a maior queda diária em cinco semanas, voltou a subir hoje (6) e encostou na barreira de R$ 5,60. A bolsa de valores fechou com queda, após iniciar o dia em alta.
O dólar comercial encerrou esta terça-feira (6) vendido a R$ 5,598, com valorização de R$ 0,029 (+0,52%). A divisa operou em queda na maior parte do dia. Na mínima da sessão, por volta das 12h, chegou a ser vendida a R$ 5,48. A cotação, no entanto, reverteu o movimento. Influenciada por uma decisão do presidente norte-americano, Donald Trump.
Em postagem na rede social Twitter, Trump anunciou a suspensão das negociações para a votação de um novo pacote de estímulos nos Estados Unidos até depois das eleições de novembro. No Brasil, a cotação foi influenciada pelo anúncio de que a apresentação do Renda Cidadã, que seria amanhã (7), foi adiada para a próxima semana.
A reversão de expectativas também afetou o mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3 (a bolsa de valores brasileira), fechou esta terça-feira aos 95.615 pontos, com recuo de 0,49%. O indicador começou o dia em alta, chegando a subir quase 1,4% durante a manhã, mas passou a cair após a postagem de Trump.
Todos os três principais índices de ações dos Estados Unidos viraram bruscamente para baixo com o congelamento das negociações para o pacote de estímulos. Em Wall Street, o Dow Jones (das empresas industriais) caiu 1,34%, o S&P 500 perdeu 1,4% e o Nasdaq (das empresas tecnológicas) caiu 1,57%.
* Com informações da Reuters
Edição: Liliane Farias


ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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