Em agosto, venda na indústria paulista foi 3,9% maior que em fevereiro

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Em agosto, o volume de vendas da indústria paulista foi 3,9% superior ao registrado em fevereiro e de 0,6% em relação a julho, de acordo com Levantamento de Conjuntura divulgado hoje (28). Elaborado pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o documento também indica um crescimento de 3,3% no total de horas trabalhadas na produção, na comparação com o mês anterior, e de queda de 3,8%, ante fevereiro.

Em nota, a organização aponta que os números indicam a continuidade de uma trajetória de recuperação que se iniciou em maio. “Na mesma direção, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) atingiu 76,9%, um aumento de 2,4 pontos percentuais com relação a julho. Os salários reais também seguiram em recuperação, crescendo 0,6% frente ao mês anterior. Todos os dados estão livres de efeitos sazonais.”

O relatório destaca que o Nuci superou o nível pré-pandemia, mas que ainda está 2,5 pontos percentuais abaixo da média histórica (79,4%). Outro aspecto abordado são os salários reais médios, que apresentaram queda de 0,2% quanto ao patamar de fevereiro e aumento de 0,6% em relação a julho.

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Sensor  

Complementar ao levantamento, com dados do mês corrente, a pesquisa Sensor informa que o mês de setembro fechou em 50,7 pontos, na série com ajuste sazonal. O resultado é superior ao de agosto, de 49,5 pontos e caracteriza melhora no desempenho do setor.

O índice mercado, por sua vez, apresentou aumento em relação ao mês passado, ficando em 55 pontos. Com pouca variação, o indicador de vendas subiu de 52,1 pontos para 52,4 pontos no período, isto é, permaneceu praticamente inalterado, mas ainda sinaliza expectativa de crescimento, uma vez que ficou acima de 50 pontos.

Outro aspecto avaliado é o nível de estoque. Nesse caso, ao ultrapassar a marca de 50 pontos, o indicador demonstra que o volume está abaixo do nível desejado. Nessa última versão do setor, o índice foi atualizado de 49,3 pontos para 52,5 pontos.

No que diz respeito a postos de trabalho gerados pelo setor, o que se confirma é uma “queda moderada”, com o indicador emprego atingindo 45,7 pontos. Diante do quadro geral, a participação de investidores tem diminuído ao longo do tempo, de modo que o índice mais recente totalizou 45,9 pontos.

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Edição: Maria Claudia

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ECONOMIA

Valorização de títulos americanos eleva dólar no Brasil, diz professor

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A manutenção dos juros altos e a valorização dos títulos públicos nos Estados Unidos estão entre as principais razões para a alta do dólar no Brasil. A avaliação é do professor de finanças da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV), Renan Pieri.

“A alta do dólar tem relação com a valorização dos títulos públicos americanos, muito no cenário de manutenção de juros altos nos Estados Unidos, com a expectativa de um momento mais difícil na eleição [presidencial], também por conta do mercado aquecido lá. Os juros mais altos, essa rentabilidade maior dos títulos americanos, atrai capital para lá e tira dinheiro do Brasil”, disse.

A cotação do dólar comercial fechou nesta terça-feira (2) a R$ 5,665, com pequena alta de 0,22%. A moeda norte-americana continua no maior nível desde 10 de janeiro de 2022, quando fechou a R$ 5,67. O dólar acumula alta de 16,8% em 2024.

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Questões internas

Parte da alta do dólar deve-se a questões internas, como a expectativa do mercado financeiro sobre o anúncio de medidas de corte de gastos para o orçamento de 2025 e do contingenciamento de verbas públicas para o orçamento deste ano.

“A questão fiscal do Brasil faz com que o mercado comece a acreditar que o governo vai ter muita dificuldade de cumprir o novo arcabouço fiscal, o método de superávit primário, e portanto passa a cobrar um prêmio maior para manter os investimentos aqui”, ressalta Pieri.

De acordo com ele, se esse “prêmio” não se traduzir em juros mais altos, haverá saída de capital do país. “Saída de capital do país significa que os investidores acreditam menos no futuro do Brasil no longo prazo”.

Jogo político

Segundo a professora de economia política da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Maria Malta, a elevação do preço do dólar se relaciona, entre outras coisas, com a queda de braço que os grandes bancos e instituições financeiras estão fazendo para influenciar a decisão sobre o próximo presidente do Banco Central.

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“O que está havendo é um jogo político pré-eleitoral em um contexto de avanço da extrema-direita no mundo. Neste jogo, o setor financeiro pretende obter uma parte ainda maior das rendas do país e ampliar seu poder e riqueza”, destacou.

Ela acrescenta que, para a estrutura econômica brasileira, a desvalorização do real melhora a situação do país “em termos de exportações, juros mais baixos diminuem os custos internos da dívida pública e estimulam a tomada do crédito produtivo”.

Fonte: EBC Economia

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