Em Goiás, cerca de 1 mil quilômetros de estradas estão com buracos

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Quem deixou para aproveitar o feriado longe de casa em Goiás vai ter de redobrar o cuidado ao trafegar pelas rodovias estaduais e federais em solo goiano. Conforme as observações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop), os motoristas que passam pelo Estado poderão encontrar buracos em cerca de 1 mil quilômetros de rodovias (veja quadro ao final). Além disso, a preocupação deve ser mantida para determinadas estradas que estão em condições boas, mas que, devido ao Réveillon, há grande movimentação de veículos, gerando problemas com excesso de velocidade e ultrapassagens perigosas ou proibidas.

Em relação as rodovias federais em Goiás, a maior preocupação segue sendo com o trecho norte da rodovia BR-153, especialmente entre Anápolis e Jardim Paulista. Para se ter uma ideia, na semana passada, antes do feriado de Natal, a PRF considerava como trecho com pior pavimentação desta estrada o percurso de Anápolis até Jaraguá, agora o acréscimo foi de cerca de 66 quilômetros. Na quinta-feira (27), os policiais rodoviários que passavam pelo trecho verificaram uma fila de 50 veículos com pneus estourados ou com rodas quebradas.

No final da tarde desta sexta-feira (28), às margens da BR-153, em Jaraguá, a trabalhadora rural Mariana Damas da Silva cortava galhos para tentar sinalizar um buraco em frente à residência dela. A medida veio após ela se sensibilizar com a situação de uma gestante que teve a viagem interrompida por causa das falhas no asfalto. “Eu fiquei com muita dó dela porque já era mais de 19 horas. O rapaz veio e pegou os pneus (danificados) e eles ficaram com o carro sem pneu, sem ajuda, sem telefone”, relatou.

O inspetor Newton Morais, chefe de comunicação da PRF, relata que o trecho norte da BR-153, em alguns locais específicos, passou por operações tapa-buracos realizadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), mas que assim mesmo não apresenta boas condições de tráfego. “Ocorreram chuvas nos últimos dias que acabaram lavando o material do tapa-buraco e outros trechos ficaram ruins mesmo”, conta Morais. Ele diz também que há problemas de sinalização da via, que representa a maior preocupação para os policiais para este feriado.

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Isto porque, além do trecho em condições ruins, o tráfego por toda a extensão da BR-153 no sentido norte aumenta muito nesta época do ano. Mesmo após Jardim Paulista e até a divisa com o Tocantins, em que as condições de pavimentação estão melhores, há o problema da falta de cuidado dos motoristas, que exageram na velocidade e na realização de ultrapassagens perigosas. Foi nesta rodovia, próximo a Porangatu, que ocorreu o acidente mais trágico no feriado de Natal, com a morte de sete pessoas de uma mesma família e ainda outras três feridas.

O trecho norte da BR-153 é um problema há pelo menos três anos, mesmo quando a rodovia foi concedida à iniciativa privada. A Galvão Engenharia ficou responsável pelo trecho, mas não realizou os investimentos na via e o contrato foi rompido no ano passado. Uma nova concessão nunca foi feita e os serviços de manutenção voltaram para a responsabilidade do Dnit. A situação do pavimento de outras duas rodovias federais também é ruim. Na BR-452, entre Rio Verde e Itumbiara, o asfalto é antigo e apresenta buracos, assim como na BR-158, entre Aragarças e Jataí.

Segundo o Dnit, atualmente há trechos sem contrato de manutenção, ainda em processo licitatório, sendo localizados na BR-060, BR-153, BR-364 e BR-452. “Pedimos aos usuários que tenham atenção redobrada, pois ainda estamos em período chuvoso e a movimentação aumenta nas estradas nesta época. Todos os segmentos que possuem contrato, estão passando por serviços de manutenção rotineira. Atualmente, não temos obras que impeçam a trafegabilidade dos usuários”, informa em nota. 

 

Caminho para Brasília deve ser o mais movimentado do fim de ano

Os motoristas que quiserem trafegar até Brasília, mesmo que a pista dupla da BR-060 esteja em ótimas condições, deverá ter cuidado e paciência. Foi no trecho entre Goiânia e a capital federal que a Polícia Rodoviária Federal (PRF) flagrou as maiores ocorrências de excesso de velocidade na última semana, com veículos chegando a até 192 quilômetros por hora. A indicação do inspetor Newton Morais, chefe de comunicação da PRF, é que se tenha prudência em todo o trecho e paciência para enfrentar o tráfego.

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A expectativa é que o percurso tenha um movimento ainda maior do que o verificado no feriado de Natal. Isso porque, além do Réveillon, haverá a posse presidencial de Jair Bolsonaro (PSL) na terça-feira (1°), o que pode levar a um maior tráfego desde este final de semana. Além disso, haverá um aumento na segurança da rodovia, com a ocorrência de blitz, possivelmente a partir deste domingo (30), em que muitos carros devem ser parados para a verificação dos ocupantes e até mesmo das bagagens, pois há o temor de que ocorra algum ataque durante a cerimônia de posse presidencial. 

Esta ressalva, segundo Newton Morais, vale também para o retorno à Goiânia, durante o dia 1° de janeiro. Ele ressalta também que as demais rodovias que levam à Brasília podem também ter um tráfego extra, citando as BRs 050 e 040, além da 414, até pela proximidade com Pirenópolis e Corumbá de Goiás, que são cidades turísticas do Estado.

Já em relação às rodovias estaduais goianas, o pior trecho dentre aqueles que servem de caminho para as cidades turísticas do Estado está entre Ipameri e Três Ranchos. A Agência Goiana de Transporte e Obras Públicas (Agetop) considerou todo o percurso pela GO-330 como ruim, em que requer muita atenção do motorista principalmente entre Ipameri e Catalão. Há uma melhora na via, com classificação de pavimento regular, a partir de Ouvidor. Em relação ao aumento de tráfego, a preocupação é com as vias que levam a Caldas Novas e a cidade de Goiás.

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Da Redação com OP

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Goiás deve ter recorde no Valor Bruto da Produção Agropecuária em 2025

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Motor de desenvolvimento, o agronegócio goiano se destaca não apenas pelo volume de produção, mas também por atrair investimentos, gerar empregos e impulsionar inovações tecnológicas.

Esse desempenho se reflete no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), que, segundo projeção da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), deve alcançar o marco histórico de R$ 119,4 bilhões em 2025.

Bruto da Produção Agropecuária

O crescimento do agro no estado ao longo da última década impressiona: de 2016 e 2025, o VBP de Goiás saltou 56,0%, saindo de R$ 76,5 bilhões para o recorde atual de R$ 119,4 bilhões.

Esse avanço expressivo é resultado da expansão da produção, do aumento da produtividade e da incorporação de novas tecnologias, que evidenciam a eficiência e a competitividade do setor e consolidam Goiás como um dos maiores produtores do país.

Entre as principais cadeias produtivas, a soja se mantém na liderança absoluta, saindo de um VBP de R$ 22,4 bilhões em 2016 para a estimativa atual de R$ 36,1 bilhões, crescimento de 61,3%.

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A pecuária bovina também se destaca, alcançando R$ 21,7 bilhões, um avanço significativo de 62,3% sobre os R$ 12,8 bilhões de 2016.

Outros destaques

Outros segmentos devem registrar recordes no VBP em 2025. A cana-de-açúcar deve atingir R$ 14,6 bilhões, alta de 6,8% em relação a 2024. O milho deve alcançar R$ 16,3 bilhões, aumento de 38,5%.

O tomate, por sua vez, deve chegar a R$ 7,5 bilhões, superando a produção anterior em 11,5%. Por fim, a estimativa para o frango é de R$ 9,3 bilhões, avanço de 6,5% em comparação ao ano passado.

Diversificação da produção goiana

Para o secretário Pedro Leonardo Rezende, titular da Seapa, a diversificação da produção goiana é um diferencial estratégico, pois garante maior estabilidade para a agropecuária.

“Para sustentar esse crescimento e garantir a competitividade do setor, o estado tem investido fortemente em inovação, infraestrutura logística e políticas de incentivo à produção sustentável”, afirma ele.

Segundo Rezende, esses fatores são fundamentais para impulsionar a produtividade, abrir novos mercados e consolidar o estado de Goiás como um dos pilares do agronegócio brasileiro.

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Entenda o conceito

O VBP é um dos principais indicadores do desempenho do setor agropecuário, representando a geração de riqueza e o impacto econômico da atividade.

O VBP é calculado com base no faturamento bruto da produção agrícola e pecuária, considerando os preços médios de mercado e os volumes produzidos de cada cultura ou atividade pecuária.

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Fonte: Governo de Goiás

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