Pandemia

Em Goiás, liberação do uso de máscaras depende de cobertura vacinal de 70%

No Estado, 16 cidades possuem cobertura igual ou superior a exigida. Entretanto, quatro municípios que não atendem pré-requisito já suspenderam o uso.

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Apenas os municípios goianos com cobertura vacinal completa (duas doses ou dose única) maior ou igual a 70% poderão adotar a desobrigação do uso de máscaras em locais abertos e sem aglomeração. No Estado de Goiás, conforme os dados do Painel da Covid-19, 16 cidades se enquadram nesse perfil. Entretanto, pelo menos quatro municípios que não se enquadram nos pré-requisitos já publicaram decretos que flexibilizam o uso de máscaras.

A decisão foi pactuada pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB) nesta quinta-feira (18). A resolução deve ser publicada nos próximos dias. Os 70% de cobertura vacinal necessários para a desobrigação usam como referência os dados registrados no sistema de informação oficial da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO).

Em Goiás, pelo menos quatro cidades já publicaram decretos com esse tipo de flexibilização. As prefeituras apontaram a o avanço da vacinação e a diminuição de casos da Covid-19 como justificativas para a suspensão. Entretanto, nenhum dos municípios tem cobertura vacinal acima de 70%, de acordo com os dados da SES-GO. São eles: Cachoeira Alta (65,75%), Caçu (54,01), Itarumã (49,99%) e São Luís de Montes Belos (55,41%).

O prefeito de São Luís de Montes Belos, Major Eldecírio Silva (PDT), disse não ter conhecimento da norma da CBI. A prefeita de Caçu, Ana Claúdia Oliveira (MDB), preferiu não comentar o assunto. Já o prefeito de Itarumã, Ricardo Goulart (PDT), informou que o decreto será revisto. A reportagem não teve êxito no contato com a prefeitura de Cachoeira Alta e o espaço está aberto.

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Enquanto isso, municípios com uma cobertura vacinal completa maior ainda não pensam em flexibilizar. “Estamos há quase 120 dias sem casos. Porém, vamos aguardar até o final de novembro”, diz Lindomar Bessa, secretário municipal de Saúde de Mairipotaba, que já tem 78,85% da população completamente imunizada.

Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de abril de 2020, garante autonomia a prefeitos e governadores determinarem medidas para o enfrentamento à Covid-19. Entretanto, na prática, resoluções da CIB, que são debatidas e elaboradas pelo estado em conjunto com os municípios, são seguidas pelos gestores.

“O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) tem sido nosso parceiro e também tem acompanhado isso de perto. Ele tem poder de ação nesses casos”, explica Verônica Savatin, presidente do Conselho de Secretarias Municipais de Saúde do Estado de Goiás (Consems-go).

Verônica aponta que inicialmente essa não era uma pauta da CIB, mas que, devido às constantes discussões sobre o assunto, a comissão decidiu traçar a diretriz sobre o assunto. “Nossa preocupação maior continua sendo a vacinação. Estamos em um momento em que já não falta vacina, por isso precisamos focar na conscientização”, diz. Em Goiás, quase um milhão de pessoas estão com a segunda dose em atraso.

A presidente do Cosems destaca o fato de que a pactuação da CIB em relação à cobertura necessária da população vacinada para a relaxamento do uso de máscaras é baseada nos números oficiais. “Por isso, voltamos a pedir que os municípios façam um esforço para registrar todas as doses que aplicam. Apenas o controle municipal não é suficiente. É necessários que os dados estejam no sistema da SES-GO”, diz.

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MP-GO em monitoramento

O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) tem monitorado o avanço da cobertura vacinal nos municípios goianos por meio do Painel da Covid-19, da Secretaria de Estado de Saúde de Goiás (SES-GO).

De acordo com a instituição, são os dados oficiais disponíveis na plataforma que são usados pelas promotorias para verificar se os municípios estão cumprindo o que foi pactuado pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB), por exemplo.

O MP-GO destacou ainda que o acompanhamento ao enfrentamento da pandemia da Covid-19 no Estado por parte da instituição tem ocorrido desde março de 2020.

Em casos como os das quatro cidades que suspenderam o uso de máscara em locais públicos mesmo não tendo atingidos a cobertura vacinal completa de 70%, o MP-GO informou que “a definição sobre a estratégia a ser adotada em relação a essa questão cabe ao promotor de Justiça de cada comarca, em razão da independência funcional”.

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Goiás deve ter recorde no Valor Bruto da Produção Agropecuária em 2025

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Motor de desenvolvimento, o agronegócio goiano se destaca não apenas pelo volume de produção, mas também por atrair investimentos, gerar empregos e impulsionar inovações tecnológicas.

Esse desempenho se reflete no Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP), que, segundo projeção da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), deve alcançar o marco histórico de R$ 119,4 bilhões em 2025.

Bruto da Produção Agropecuária

O crescimento do agro no estado ao longo da última década impressiona: de 2016 e 2025, o VBP de Goiás saltou 56,0%, saindo de R$ 76,5 bilhões para o recorde atual de R$ 119,4 bilhões.

Esse avanço expressivo é resultado da expansão da produção, do aumento da produtividade e da incorporação de novas tecnologias, que evidenciam a eficiência e a competitividade do setor e consolidam Goiás como um dos maiores produtores do país.

Entre as principais cadeias produtivas, a soja se mantém na liderança absoluta, saindo de um VBP de R$ 22,4 bilhões em 2016 para a estimativa atual de R$ 36,1 bilhões, crescimento de 61,3%.

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A pecuária bovina também se destaca, alcançando R$ 21,7 bilhões, um avanço significativo de 62,3% sobre os R$ 12,8 bilhões de 2016.

Outros destaques

Outros segmentos devem registrar recordes no VBP em 2025. A cana-de-açúcar deve atingir R$ 14,6 bilhões, alta de 6,8% em relação a 2024. O milho deve alcançar R$ 16,3 bilhões, aumento de 38,5%.

O tomate, por sua vez, deve chegar a R$ 7,5 bilhões, superando a produção anterior em 11,5%. Por fim, a estimativa para o frango é de R$ 9,3 bilhões, avanço de 6,5% em comparação ao ano passado.

Diversificação da produção goiana

Para o secretário Pedro Leonardo Rezende, titular da Seapa, a diversificação da produção goiana é um diferencial estratégico, pois garante maior estabilidade para a agropecuária.

“Para sustentar esse crescimento e garantir a competitividade do setor, o estado tem investido fortemente em inovação, infraestrutura logística e políticas de incentivo à produção sustentável”, afirma ele.

Segundo Rezende, esses fatores são fundamentais para impulsionar a produtividade, abrir novos mercados e consolidar o estado de Goiás como um dos pilares do agronegócio brasileiro.

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Entenda o conceito

O VBP é um dos principais indicadores do desempenho do setor agropecuário, representando a geração de riqueza e o impacto econômico da atividade.

O VBP é calculado com base no faturamento bruto da produção agrícola e pecuária, considerando os preços médios de mercado e os volumes produzidos de cada cultura ou atividade pecuária.

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Fonte: Governo de Goiás

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