Com 86% das obras concluídas, Hospital Estadual de Águas Lindas consolida regionalização da saúde em Goiás; unidade vai oferecer 164 leitos, sendo 40 de UTI, maternidade e exames pelo SUS.
Governador Ronaldo Caiado durante visita às obras da unidade de saúde, em maio deste ano. Foto: Marco Monteiro
Com obras retomadas pela gestão do governador Ronaldo Caiado, após 20 anos de paralisação, o Hospital Estadual de Águas Lindas vai ser entregue aos moradores do Entorno do Distrito Federal em 2024. As obras estão com 86% execução e investimentos já aplicados de mais de R$ 87 milhões do Tesouro Estadual. A unidade vai se juntar aos Hospitais Estaduais de Formosa e de Luziânia para ampliar o atendimento na região.
“Nós triplicamos o tamanho do Hospital de Águas Lindas”, cita Caiado, ao lembrar as mudanças no projeto inicial. “O Hospital é muito importante para a política de regionalização implementada em 2019”, complementa o secretário da Saúde de Goiás, Sérgio Vencio, ao contar também seis policlínicas, 33 hospitais próprios e 48 conveniados que oferecem atendimento pelo Sistema Único da Saúde no estado.
“Em 2019, quando o governador Caiado assumiu, nós contávamos com 189 leitos de UTI, concentrados basicamente em Goiânia, Anápolis e Aparecida de Goiânia. Agora são quase mil leitos em todo o estado”, enumera ainda o secretário.
O Hospital Estadual de Águas Lindas vai exercer o perfil geral de média e alta complexidade, com entradas de pacientes referenciadas pelo Complexo Regulador Estadual. Com esse objetivo, uma comissão da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES) realizou em dezembro uma visita técnica minuciosa à unidade e vai avaliar as propostas técnicas apresentadas pelas organizações sociais civis (OSCs) interessadas em administrar a unidade.
Com 15 mil metros quadrados de área construída, a estrutura do Hospital Estadual de Águas Lindas é composta de 18 blocos, reunindo recepção, ambulatório, enfermarias, setor de emergência, unidades de terapia intensiva adulta e infantil, refeitório, auditório, sala de classificação de risco, banco de sangue, banco de leite e centro cirúrgico.
Quando estiver em pleno funcionamento, a unidade vai beneficiar 1,2 milhão de moradores da Macrorregião Nordeste, composta por 31 municípios, com seus 164 leitos, incluindo uma maternidade. Dos 40 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI), 20 serão destinados a bebês e crianças. O hospital também vai oferecer exames de tomografia, ressonância magnética, raio-X, ultrassom e bancos de sangue e leite.
O governador Ronaldo Caiado autorizou, nesta segunda-feira (17/03), um aditivo ao convênio entre o Poder Executivo e o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO) para o pagamento de Requisições de Pequeno Valor (RPVs).
O aporte suplementar será de R$ 80 milhões, destinados à quitação de condenações do Estado que não ultrapassam o limite de 40 salários mínimos, no prazo de até 60 dias.
A medida visa o cumprimento das obrigações do Executivo, inclusive decorrentes de ações judiciais movidas durante governos anteriores, e demonstra respeito ao Judiciário.
“Esse nível que nós construímos, extremamente harmônico, no decorrer desses anos, tem sido um fator talvez pelo qual Goiás está crescendo e sendo bem avaliado”, destacou Caiado.
Quitações serão realizadas sem penalizar capacidade de o governo continuar investindo em serviços para a população (Foto: André Saddi)
Durante a reunião, também foi garantido que as quitações serão realizadas sem penalizar a capacidade de o governo continuar investindo em serviços para a população. Atualmente, são transferidos cerca de R$ 7 milhões todos os meses ao Tribunal de Justiça para o pagamento das RPVs. Dessa forma, o TJ-GO faz o repasse mensal para centenas ou até milhares de credores.
“Em governos anteriores, o Estado não pagava voluntariamente suas obrigações e, pela lei, o devedor deve fazer o pagamento de RPVs em até 60 dias. Esse pagamento não era feito e o Judiciário promovia o sequestro de contas do Estado, o que prejudicava a organização, o planejamento, a calculabilidade e a previsibilidade”, pontuou o procurador-geral de Goiás, Rafael Arruda. “Isso acabou”, acrescentou.
Após honrar RPVs pendentes desde o ano de 1997, hoje o governo está pagando valores de 2022, em acordo com o TJ.
“Como presidente do Tribunal de Justiça, o que posso falar é que é um prazer muito grande estar nesta gestão”, afirmou o presidente da corte, Leandro Crispim. O desembargador reiterou a disposição de fazer trabalhos em parceria. “Vamos seguir juntos, assinando esses termos”, disse.