Escassez de recursos faz produtores se preocuparem com o próximo plano safra

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Apesar da crise de crédito rural ter sido parcialmente contornada com o anúncio de R$ 4 bilhões para o Plano Safra 2024/25, a preocupação do setor agropecuário agora se volta para o futuro. O temor é que a falta de previsibilidade orçamentária comprometa a estrutura do próximo Plano Safra e afete a competitividade do agronegócio nacional.

Na sexta-feira (21.02), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo editará uma Medida Provisória para liberar os recursos extraordinários, garantindo a continuidade do crédito rural no curto prazo.

Já o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, reiterou que a medida era necessária para dar fôlego ao setor, mas alertou que a solução definitiva ainda depende da aprovação da Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2025.

A paralisação temporária das linhas de financiamento gerou reações dentro do setor e no Congresso. A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) criticou a condução do governo, apontando que a falta de articulação política comprometeu a regularidade do crédito. A entidade reforça que a previsibilidade nos recursos do Plano Safra é essencial para o planejamento das safras futuras e a manutenção da competitividade do agro brasileiro.

Além da questão orçamentária, outro fator que preocupa os produtores é a desaceleração do crédito rural em 2025, conforme indicam os levantamentos da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) – a principal entidade representativa do setor bancário no Brasil que reúne os maiores bancos do país. Com bancos adotando uma postura mais cautelosa e a perspectiva de juros elevados, os financiamentos podem se tornar mais restritivos, dificultando o acesso a capital para investimentos no campo.

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A interrupção das novas contratações de crédito subsidiado pelo Plano Safra 2024/25, pode represar cerca de R$ 36 bilhões em recursos que ainda estavam disponíveis em bancos e cooperativas financeiras para médios e grandes produtores.

Mesmo diante da incerteza, algumas instituições financeiras seguem operando com outras fontes de financiamento. O Banco do Brasil, por exemplo, informou que aguarda a normalização do fluxo de contratações com recursos equalizados, mas continua oferecendo crédito por meio de linhas próprias e de fundos como o FCO e o Funcafé. Já o BNDES, antes mesmo da suspensão oficial, já havia encerrado a maior parte das contratações para médios e grandes produtores devido ao esgotamento de recursos.

Apesar disso, o impacto da paralisação já foi sentido no primeiro dia, especialmente por produtores que estavam em fase final de negociação de investimentos, como a compra de maquinário. Segundo um levantamento interno do governo, realizado no início da semana passada, ainda restavam R$ 20 bilhões disponíveis para investimentos e R$ 16 bilhões para custeio em linhas equalizadas para médios e grandes produtores. No entanto, há indícios de que esses valores possam ter sido reduzidos devido à aceleração das contratações antes da decisão do Tesouro.

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Entre os programas já suspensos por execução integral da dotação orçamentária inicial, estão linhas importantes como Custeio do Pronamp, Moderfrota, Procap-Agro e RenovAgro. Algumas modalidades seguem operando com saldo limitado, como o Custeio Empresarial e o PCA Grãos, voltado à construção e ampliação de armazéns. No caso da agricultura familiar, o Pronaf ainda conta com cerca de R$ 3,6 bilhões disponíveis para custeio, sendo essa a única categoria preservada da suspensão.

O impasse reforça a preocupação do setor produtivo não apenas com o fechamento do atual Plano Safra, mas também com as condições para a próxima edição. O temor é que os entraves burocráticos e as dificuldades fiscais enfrentadas pelo governo comprometam o planejamento do crédito rural para 2025, ampliando o desafio de garantir previsibilidade e segurança financeira ao agronegócio.

Diante desse cenário, especialistas defendem a necessidade de fortalecer o seguro rural e reavaliar a política agrícola como um todo. A previsibilidade do crédito é um fator essencial, mas medidas voltadas para infraestrutura, armazenagem e custos tributários também são apontadas como fundamentais para garantir a estabilidade do setor. O agronegócio segue atento às movimentações do governo, aguardando definições sobre o orçamento de 2025 e as diretrizes para o próximo Plano Safra.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Tunísia Planeja Aumentar Produção de Fosfato para 14 Milhões de Toneladas até 2030

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A Tunísia anunciou nesta quarta-feira, 5 de março, a intenção de expandir sua produção de fosfato para 14 milhões de toneladas métricas até 2030, um aumento significativo de cerca de cinco vezes em relação aos níveis atuais. O plano faz parte de uma estratégia mais ampla do governo tunisiano para revitalizar o setor e fortalecer suas finanças públicas, que enfrentam sérias dificuldades.

O país, que já foi um dos principais produtores globais de fosfato, mineral essencial na fabricação de fertilizantes, viu sua participação no mercado cair drasticamente desde a revolução de 2011. Durante esse período, protestos e greves frequentes impactaram negativamente a produção, resultando em bilhões de dólares em perdas econômicas.

Atualmente, a Tunísia produz menos de 3 milhões de toneladas de fosfato anualmente, um número significativamente inferior aos 8,2 milhões de toneladas registradas em 2010. Diante dessa situação, o governo tunisiano busca recuperar sua posição no mercado internacional de fosfato, visando aproveitar o recente aumento nos preços dos fertilizantes.

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Em um comunicado divulgado após uma reunião do gabinete, as autoridades informaram que foi aprovado um programa de desenvolvimento para a produção e o transporte de fosfato, com foco na implementação de ações entre os anos de 2025 e 2030. A nota destaca que “o fosfato é uma riqueza nacional que deve retomar seu lugar de destaque, pois sempre teve um papel fundamental no fortalecimento dos recursos financeiros do país, contribuindo assim para a recuperação econômica.”

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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