Estado do Rio tem queda de vacinação contra a paralisia infantil

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Levantamento da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) aponta que a cobertura de todas as vacinas foi reduzida no estado. A imunização contra a poliomielite caiu de 88,76% em 2017 para 87,48%, em 2018 e 73,62%, em 2019. E, em 2020, ano em que a pandemia prejudicou a ida aos locais de vacinação, apenas 55,2% dos bebês foram imunizados. Nesta segunda-feira (24), inclusive, será celebrado o Dia Mundial de Combate à Poliomielite. 

A secretaria faz um apelo à população para que as crianças e adolescentes menores de 15 anos, aproveitem a reta final da campanha nacional de Multivacinação para imunização em massa. As etapas de proteção seguintes expõem uma realidade ainda mais preocupante. Em 2017, 77,20% das crianças entre 13 e 24 meses compareceram aos postos para tomar a dose de reforço. Em 2018, o índice baixou para 67,53% dos bebês e, em 2019, 60,18%, e em 2020, 45,83%. O comparecimento das famílias para a dose dos quatro anos também vem caindo: 65,59% em 2017, 59,07%, em 2018, 53,83%, em 2019, e 49,58% em 2020.

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Até o fim deste mês, crianças e adolescentes menores de 15 anos podem se vacinar. Dentre as vacinas que estão disponíveis nos postos na campanha estão: BCG, Hepatite A e B, Penta (DTP/Hib/Hep B), Pneumocócica 10 valente, VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VRH (Vacina Rotavírus Humano), Meningocócica C (conjugada), VOP (Vacina Oral Poliomielite), Febre amarela, Tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), DTP (tríplice bacteriana), Varicela e HPV quadrivalente (Papilomavírus Humano), dTpa (para gestantes adolescentes), Meningocócica ACWY (conjugada) e dT (difteria e tétano).

O Programa Nacional de Imunizações (PNI) proporcionou a erradicação de doenças que marcaram profundamente a história da humanidade. Ao investir no controle de qualidade de vacinas, técnicas de aplicação e estratégias de vigilância epidemiológica, o Brasil conseguiu erradicar a poliomielite em 1990. Segundo dados do Ministério da Saúde, no Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza, na Paraíba. Também chamada de paralisia infantil, a poliomielite é uma doença contagiosa aguda, causada pelo poliovírus, que pode infectar adultos e crianças por meio do contato com fezes ou secreções eliminadas pela boca de pessoas doentes. Em casos graves, acontecem paralisias musculares, sendo os membros inferiores mais afetados.

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No Brasil, não há circulação do poliovírus selvagem desde 1990. Mas a doença permanece endêmica em três países: Afeganistão, Nigéria e Paquistão. Por isso, a importância de se manter a atenção para a imunidade pessoal e de grupo da população, com atenção efetiva de vigilância da doença.

Edição: Fernanda Cruz

Fonte: EBC Saúde

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SAÚDE

Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

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O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis

Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina. 

As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina. 

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O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes. 

Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente. 

Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local. 

Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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