Estados e municípios podem solicitar recursos emergenciais para o controle da dengue e outras arboviroses

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Desde julho de 2024, o Ministério da Saúde conta com uma área técnica dedicada a coordenar e agilizar o encaminhamento de solicitações de apoio técnico e financeiro para estados e municípios em situações de emergência, como os surtos de dengue e outras arboviroses.

A Coordenação-Geral de Resposta às Emergências em Saúde Pública (CGRESP), vinculada ao Departamento de Emergências em Saúde Pública (DEMSP), integra as áreas de comando, planejamento e administração do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue), atuando diretamente no suporte estratégico às demandas locais. Desde a criação do COE Dengue, a CGRESP já recebeu pedidos de apoio de sete municípios e um estado.

“A Coordenação-Geral de Resposta às Emergências é responsável por receber as demandas de recursos emergenciais de estados e municípios e encaminhar, em até 24 horas, o processo para as demais áreas técnicas do Ministério da Saúde, garantindo o compromisso de uma resposta ágil no enfrentamento de emergências em saúde pública”, explica o coordenador-geral da CGRESP, Weslley Vitor.

As solicitações de recursos são regulamentadas pela Portaria GM/MS nº 6.495, de 31 de dezembro de 2024. A norma estabelece as regras para que gestores solicitem recursos financeiros destinados às situações de emergência ligadas a riscos de saúde pública no Sistema Único de Saúde (SUS), como surtos epidemiológicos, desastres ou crises eventos climáticos extremos e desassistência à saúde pública.

A situação epidemiológica da dengue em 2025 nas seis primeiras semanas apresenta números inferiores aos de 2024, conforme a última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses. Apesar da redução, o Ministério da Saúde mantém uma postura preventiva, orientando e apoiando estados e municípios no enfrentamento da doença.

As solicitações de recursos estão divididas em duas categorias:

  • Preparação: voltados para ações preventivas, como o fortalecimento das capacidades locais e a preparação do sistema de saúde para potenciais epidemias, como a capacitação de profissionais de saúde para manejo clínico de pacientes com arboviroses.
  • Resposta: destinados a ações imediatas de vigilância e atenção em saúde durante uma emergência, com o objetivo de mitigar danos, controlar a situação e proteger a população afetada, como a contratação emergencial de profissionais de saúde para reforço nas unidades hospitalares. As ações também podem envolver a atenção primária, especializada ou vigilância em Saúde.
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Passo a passo para solicitação de recursos

Solicitação de Recursos para Resposta:

  • Identifique a situação de emergência — É necessário verificar se o evento se enquadra como emergência em saúde pública, como aumento significativo de casos de dengue ou eventos acima da capacidade local de resposta;
  • Faça a solicitação formal ao ministério — A solicitação deve ser encaminhada ao DEMSP por meio de ofício e acompanhada de um decreto municipal ou estadual de declaração de emergência em saúde pública, pelo e-mail diretoria.demsp@saude.gov.br;
  • Envie o Plano de Ação — Após o primeiro repasse, o gestor deve apresentar um Plano de Ação detalhado em até 30 dias. A não apresentação pode resultar na devolução do recurso recebido. Acesse o modelo.
  • Aguarde a análise e homologação — O pedido será analisado pelo DEMSP, podendo envolver outros setores do Ministério da Saúde. Após aprovação, será publicada uma portaria de homologação.
  • Receba o repasse e preste contas — Os recursos serão transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde para os fundos locais, e a aplicação deverá ser detalhada no Relatório Anual de Gestão (RAG). Os repasses serão realizados apenas durante a vigência do decreto.
  • Solicite novos repasses — Em caso de necessidade de um novo repasse, deverá ser enviado um novo Plano de Ação de Resposta para a Emergência em Saúde Pública contendo ações não finalizadas ou não contempladas anteriormente e que necessitam de novo incremento para execução.
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Solicitação de Recursos para Preparação

Diferente do processo de solicitação para resposta, os recursos de preparação só serão liberados após a apresentação e aprovação prévia de um Plano de Ação de Preparação para Emergências em Saúde Pública relacionado às arboviroses. Confira o passo a passo:

  • Identifique a situação de emergência — Verifique se o evento se enquadra como ESP, como aumento expressivo de casos de dengue ou sobrecarga na rede local de atendimento.
  • Faça a solicitação formal ao Ministério e Envie do Plano de Ação — Encaminhe a solicitação ao DEMSP, pelo e-mail diretoria.demsp@saude.gov.br, acompanhada do Plano de Ação de preparação. Acesse o modelo.
  • Execute o Plano de Ação — O gestor deve informar o andamento da execução do plano em até 30 dias após o recebimento do repasse. Essa prestação de informações é condição para futuros repasses e evita a devolução dos recursos já recebidos.
  • Aguarde a análise e homologação — O DEMSP analisará o pedido, podendo envolver outros setores do Ministério da Saúde. Após aprovação, será publicada uma portaria de homologação autorizando o repasse dos recursos.

Participação de entes federativos

Para todos os casos em que o Plano de Ação envolver a participação de mais de um ente federativo, é obrigatório que haja previsão da divisão de responsabilidades e dos recursos a serem repassados a cada ente, além da respectiva aprovação pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB). 

Foco na prevenção e resposta rápida

Com a criação desse canal de solicitações, o Ministério da Saúde reforça o compromisso de preparar o SUS para emergências e assegurar que os estados e municípios tenham apoio adequado para proteger a população em situações críticas. Gestores de saúde devem estar atentos às etapas do processo para garantir o acesso aos recursos e a efetividade das ações de combate às arboviroses.

Felipe Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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SAÚDE

Dia Mundial do Rim: cuidado com a saúde renal deve começar na infância

Somente em 2024, o maior hospital pediátrico do país realizou mais de cinco mil sessões de hemodiálise em crianças e adolescentes.

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Dia Mundial do Rim: cuidado com a saúde renal deve começar na infância. Foto:

A doença renal crônica afeta mais de dez milhões de brasileiros e 850 milhões de pessoas no mundo, além de causar 2,4 milhões de mortes todos os anos, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 157 mil pessoas dependem de terapia renal substitutiva, conforme dados do Censo Brasileiro de Nefrologia de 2023. Só no Hospital Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, foram mais de cinco mil sessões de hemodiálise em crianças e adolescentes em 2024.

Embora seja mais comum em adultos, a doença renal crônica também acomete o público infantojuvenil. Estima-se que sejam 20 casos a cada um milhão de crianças, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Por isso, no Dia Mundial do Rim, lembrado em 13 de março, o Hospital Pequeno Príncipe reforça a importância dos cuidados com a saúde renal desde a infância.

Além da produção de urina, os rins desempenham funções essenciais no organismo, como filtrar impurezas do sangue, controlar a pressão arterial e produzir hormônios. “Muitas pessoas pensam que os rins são responsáveis apenas pela urina, mas eles também são fundamentais para o bom funcionamento do metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. Por isso é tão importante que o cuidado com a saúde renal e os bons hábitos iniciem ainda na infância, pois eles interferem na saúde por toda a vida”, enfatiza a nefrologista pediátrica Lucimary Sylvestre, do Hospital Pequeno Príncipe.

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A ingestão adequada de líquidos, a alimentação balanceada (evitando processados e excesso de sal) e a prática regular de atividades físicas são fundamentais para manter os rins saudáveis ao longo da vida. Também é importante controlar o peso e a glicose e aferir a pressão arterial regularmente a partir dos 3 anos de idade.

Quando suspeitar de problemas renais?

Existem diferentes doenças renais e que não se limitam apenas aos rins, atingindo todo o trato urinário. Elas se apresentam por malformações congênitas, condições hereditárias ou adquiridas. “Algumas doenças se manifestam com sinais como perda de urina, infecção urinária de repetição, presença de sangue ou proteína na urina, mas outras são silenciosas até que atinjam um estágio mais avançado de alteração na função renal”, explica a nefrologista pediátrica. Além desses sinais, também é importante estar atento para:

  • alteração na pressão arterial;
  • anemia que não melhora com reposição de ferro;
  • alterações ou fraqueza óssea;
  • cansaço excessivo;
  • inchaço nos pés e no rosto;
  • histórico familiar de doenças renais.

Ao observar qualquer sinal ou sintoma, é fundamental passar por avaliação médica. Se não tratada adequadamente, a doença renal crônica pode levar a complicações graves, como insuficiência renal e necessidade de realização de diálise ou até mesmo de transplante de rim. Os problemas renais também podem resultar em edemas, dificuldades respiratórias e problemas cardiovasculares, como hipertensão e aumento do risco de infarto.

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Cor da urina como alerta para a saúde

A urina é um indicativo relevante da saúde dos rins, pois a coloração reflete o estado de hidratação e pode sinalizar problemas que exigem atenção médica. “É importante que seja avaliado o aspecto da urina como um todo e sempre buscar para que ela não seja muito escura, concentrada demais e que não tenha alterações do cheiro. Ao observar alguma dessas alterações, é importante buscar por atendimento médico para verificar se existe algum problema renal ou se é algo secundário, causado por desidratação, consumo de alimentos que podem mudar a coloração da urina ou pelo uso de alguma medicação”, realça Lucimary.

Saiba o que cada cor da urina pode indicar

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