“Este ano você vai ver prisão de policial sim”, diz delegado geral da PC

Delegado há 19 anos, Odair José Soares, de 50 anos, retornou no último dia de 2018 para Goiás na missão de assumir sua nova função como Delegado Geral da Polícia Civil do Estado. Ele estava atuando na investigação de um grupo de extermínio pela Força Nacional de Segurança Pública no Rio Grande do Norte, experiência que quer trazer para a sua gestão.
Soares foi titular da Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc) entre 2011 e 2014 e superintendente da Polícia Judiciária em 2015. Antes passou pelas delegacias de Formosa e Planaltina. O delegado tomou posse no cargo mais alto da Polícia Civil na tarde de ontem (3), no auditório da sede da Secretaria de Segurança Pública do Estado de Goiás (SSP-GO), onde conversou sobre seus objetivos.
Operações do Ministério Público prenderam policiais civis suspeitos de corrupção em 2018. Como combater essa prática criminosa dentro da polícia?
Uma das diretrizes do governador é acabar com a corrupção. Eu mesmo já prendi vários policiais. Então, eu vou fortalecer a corregedoria. Este ano você vai ver prisão de policial sim. Eu não vou passar vergonha com o MP não. Eu não vou deixar, vou fazer antes. A polícia tinha que ter prendido aquele povo, antes do Ministério Público. Foi vergonha para a polícia. Tem que lavar roupa suja em casa. Pelo amor de Deus, o MP tendo que vir prender? Cadê a nossa corregedoria? O que eles estão fazendo?
Quando vão assumir os cerca de cem novos delegados? Considerando que mais da metade das cidades de Goiás estão sem.
A previsão está para março e abril. Era para fazer um cadastro reserva e não fizeram. Acaba que agora vai tomar posse e já tem cerca de 20 que passaram no concurso de delegado e já passaram em outros concursos (vão abandonar). Tinha que fazer cadastro reserva, porque você prepara, coloca na academia, investe…
Fazer cadastro reserva é uma forma de combater a evasão de delegados?
É uma forma. É lei para muitas carreiras. A carreira de delegado é promissora. Agora a diferença da remuneração do delegado para o agente é muito grande, o sindicato luta para mudar isso.
Tanto que agora o Estado quer excluir o cargo de agente substituto, que só ganhava R$ 1,5 mil. Como o senhor vê isso?
É excelente. É igual o governador falou, foi uma distorção que foi corrigida. Aquilo ali (diminuir o salário piso dos agentes) foi uma judiação crítica. Fazer aquilo com os policiais foi uma sacanagem. O que eles fizeram: Criaram o Simve (Serviço de Interesse Militar Voluntário Estadual), ele foi considerado inconstitucional, aí criaram o cargo de agente substituto e soldado de terceira classe, ganhando o mesmo valor do Simve. Ele legalizou o Simve! Como que a pessoa vai entrar em uma carreira ganhando mil e quinhentos (reais) bruto?
Muitas delegacias da mulher estão sem delegados próprios. Como fortalecer essa área?
Isso é em virtude do efetivo que vem diminuindo, da evasão. Nós temos menos policiais do que tínhamos em 2005 por exemplo. A população aumentou, a criminalidade avançou e a polícia reduzindo? Mesmo a polícia teve evolução, a gente não pode dizer que a polícia não está evoluindo. Eu entrei em 1999, a gente usava revólver, a academia era uma sala com um mês de aula. Hoje a pessoa fica lá cinco meses, é bem treinada. Então melhorou muito.
Com os novos delegados, como vão ficar as delegacias da mulher?
Vamos preencher todas. O governador quer um combate efetivo nessa área. A gente quer fazer talvez até um departamento da delegacia da mulher.
Como é esse projeto de criar departamentos?
Os departamentos serão como se fossem uma superdelegacia. Por exemplo, eu trabalhei na Denarc quatro anos, a gente tinha atuação no Estado todo. Aí eu pergunto: quanto eu tinha por mês para trabalhar? Zero. A gente não tem orçamento. Aí precisa viajar urgente, o criminoso está no grampo (cometendo um ato ilícito em outra cidade) e tem que ficar pedindo dinheiro, diária que demora dois, três dias para vir. Precisamos de um departamento com dinheiro no cofre, para necessidade imediata.
Quais serão esses departamentos?
Certo já, nós vamos fazer o departamento de narcóticos, para trabalhar com a questão de drogas; crimes contra a vida e a Deic (delegacia de investigação criminal), talvez a Deic ainda englobe outra especializada nela, para fazer um departamento ainda mais forte. Os departamentos vão ter autonomia financeira, mais independência, mais poder de ação, operacionalidade imediata, mais ou menos uma descentralização.
Como vai ficar a força tarefa do caso João de Deus?
Eu vou dar autonomia para as delegadas que estão investigando. Não quero aparecer, não vou me candidatar para nada, não sou político. Elas estão investigando e sabem do assunto. Estou tomando par da situação.
Tivemos muitas operações contra as facções, mas elas continuam se organizando novamente. Como impedir isso?
Por que a polícia enxuga gelo há tantos anos? O Estado investe, paga meu salário por mês, paga o salário da minha equipe, a gasolina, compra as viaturas e nós vamos mostrar o serviço. Vai lá, prende a quadrilha, coloca o cara na cadeia. Então teve todo um investimento do Estado e um resultado. Afastamos o cara do convívio social, mas como tem telefone, nós não afastamos ele da atividade criminosa dele. Quando eu falo enxugar gelo é isso. Você fez todo um trabalho e não afastou o indivíduo da atividade criminosa. Lá de dentro da cadeia ele faz escritório por telefone e continua a mesma coisa.
É possível a Polícia Civil interferir no sistema penitenciário para evitar isso?
Não interferir. Eu vou sugerir, vou fazer reunião, porque eu vi um local que funciona. Fui para a Força Nacional, fiz uma investigação em Natal (RN), interceptamos vários telefones. Alcaçuz, que era dos piores presídios, hoje é o melhor. Lá não tem telefone. Nunca vi uma ligação lá de dentro. A gente tem que copiar o que fizeram lá e fazer igual. Acabar com celular dentro de presídio.
OP


Colunistas
André Marques

Enfrente o dia com energias positivas e não permita que as coisas ruins que enfrentamos durante o dia roubem a sua alegria. André Marques
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Em Goiás, enquanto o Executivo veta o feriadão de Carnaval, os demais poderes estaduais e órgãos independentes liberam servidores no feriado de Carnaval. Conflito?
Prefeito poderá alugar leitos de UTI´s
Em decorrência da situação de colapso que está Jaraguá em função da demanda por internações por causa da Covid-19, uma das saídas emergenciais poderá ser a contratação de leitos do Hospital e Maternidade São Vicente de Paulo pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
O prefeito Paulo Vitor disse que “Se for necessário, vamos alugar, para receber o pessoal que precisa de enfermaria e assim desafogar o Hospital Estadual”.
Novos leitos…
Paulo Vitor adiantou que já conversou com o governador Ronaldo Caiado e com o secretário estadual de saúde sobre a situação. “O Ismael Alexandrino, a pedido do governador já está com um plano de abrir novos leitos. Com isso poderemos transferir os pacientes para outras cidades que o índice de procura em função da Covid-19 está menor” enfatizou.
Colapso em Jaraguá
Jaraguá vive seu pior momento desde o início da pandemia do coronavírus. Em março de 2020, a situação era crítica, pois dezenas de pessoas estavam internadas e nas UTIs. Nesse momento, conforme o último boletim epidemiológico de terça-feira (9), 368 pessoas estão atualmente infectadas e uma grande sobrecarga no sistema de saúde local.
Mortes em Jaraguá
Jaraguá contabiliza 1.868 casos de Covid-19. Desses, infelizmente 43 foram fatais e na próxima atualização esses números deveraão crescer, devido a outros casos em análise. 1.457 pessoas estão recuperadas, enquanto outros 34 casos seguem suspeitos. 815 jaraguenses já foram vacinados.
Leitos no Brasil
Os secretários de saúde de todo o Brasil pedem ao Governo Federal, em caráter de urgência, a habilitação de leitos de UTI para Covid-19 e a garantia do financiamento para a contratação de recursos humanos. Em dezembro de 2020, dos 20.770 leitos então em uso, 12.003 encontravam-se habilitados, ou seja, financiados pelo Ministério da Saúde (MS). No entanto, a expiração dos recursos extraordinários para o enfrentamento da pandemia, em dezembro de 2020, levou à queda do número de leitos para 7.717 em janeiro de 2021 e para apenas 3.187 neste mês.
Cenário
A entidade que representa os secretários (Conass) aponta que, diante de um cenário de aumento crescente do número de pacientes contaminados com o coronavírus, é emergencial a liberação de recursos pelo Governo Federal. O Ministério da Saúde (MS) aguarda reposta da equipe econômica sobre o pedido, feito dias atrás, de aporte R$ 5,2 bilhões destinados a enfrentar a Covid-19 neste ano.
Churrasco nas Forças Armadas
Elias Vaz (PSB-GO), deputado federal finaliza representação que será apresentada ao Ministério Público Federal (MPF) para pedir a apuração de pregões de compra de cerveja, picanha e carvão vegetal para as Forças Armadas. O parlamentar descobriu o cardápio do churrasco no Painel de Preços do Ministério da Economia.
Os indícios
Considerando Exército e Marinha, os pregões já homologados somam 80.016 garrafas e latas de cerveja. “Além do vasto cardápio, a qualidade do produto exigido e os valores também chamam a atenção. Já estamos investigando indícios sérios de superfaturamento”, afirma Vaz.
Nova Cepa da Covid-19 em Ceres
Uma cepa da Covid-19 diferente da que circulava em Goiás na primeira contaminação foi encontrada pelo Instituto Adolfo Lutz, que fica em São Paulo, após analisar amostra de um morador de Ceres, no Vale do São Patrício. O Instituto Adolfo Lutz ainda que é um caso de reinfecção na mesma pessoa por essa variante.
“Os dados dos sequenciamentos realizados apresentados, ficando confirmada, do ponto de vista laboratorial, a reinfecção pelo SARS-CoV-2 no Estado de Goiás, considerando tratar-se de linhagens/variantes distintas em amostras do mesmo paciente, com intervalo superior a 90 dias”, menciona o resultado no laudo.
O retorno foi dado ao secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, na segunda-feira (8). Essa variante achada é a chamada P2 e é diferente das cepas encontradas em Manaus, no Reino Unido e na África do Sul.
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