Estratégias para Aumentar a Produtividade Agrícola em Áreas Menores

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De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a população mundial atingirá 9,9 bilhões de pessoas até 2054. A previsão da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) é alarmante: em razão do aumento populacional, será necessário produzir 60% mais alimentos, 50% mais energia e 40% mais água. Esses números ressaltam a urgência de ações imediatas para evitar o colapso ambiental e alimentar do planeta. Nesse contexto, é imprescindível encontrar formas de aumentar a produção agrícola em áreas menores, utilizando recursos de maneira mais eficiente e garantindo o abastecimento alimentar global.

No Brasil, a área destinada à agricultura ocupa 664.784 km², o que representa 7,6% do território nacional, conforme dados do IBGE. A intensificação do uso dessas áreas agrícolas tem sido apontada como uma das principais estratégias para expandir a produção de alimentos, com foco na sustentabilidade.

Diversas técnicas podem ser implementadas para melhorar a qualidade do solo e aumentar a produtividade de maneira sustentável. Durante o plantio, por exemplo, é fundamental que o solo esteja coberto por palhada ou plantas de cobertura. Essa cobertura natural protege o solo do impacto de máquinas e implementos de semeio ou adubação, além de atenuar os danos causados pela chuva, que poderia destruir os agregados do solo. Manter o solo coberto reduz a temperatura, preserva a umidade e favorece a atividade da biomassa microbiana, essencial para a ciclagem de nutrientes e a saúde do solo.

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Outra prática eficiente para maximizar a produção em áreas menores é a rotação de culturas. Essa técnica aumenta a fertilidade do solo, previne sua exaustão, interrompe o ciclo de pragas e doenças e gera maiores rendimentos agrícolas. A rotação de soja com milho safrinha, por exemplo, oferece benefícios claros: após a colheita da soja, o solo se enriquece com nitrogênio, elemento essencial para o desenvolvimento do milho safrinha. Além disso, a rotação conserva as características físicas, químicas e biológicas do solo, promovendo um equilíbrio nutricional que favorece a produtividade em todas as safras.

A otimização das áreas de cultivo, aliada a uma gestão eficiente dos fatores de produção, pode gerar um ciclo virtuoso no agronegócio. Com o melhor uso dos recursos naturais, é possível aumentar a produção e, ao mesmo tempo, preservar as florestas e garantir a sustentabilidade ambiental. Nesse cenário, todos se beneficiam: a qualidade dos produtos agrícolas é mantida e a natureza preservada, criando condições ideais para um cultivo mais saudável e sustentável.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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União Europeia busca tornar aprovação de biopesticidas mais rápida e eficiente

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A União Europeia (UE) está preparando uma reformulação em sua estrutura regulatória para biopesticidas e biocontrole, com o intuito de acelerar as aprovações e evitar que a inovação no setor fuja para mercados mais ágeis. A Comissão Europeia prevê a apresentação de novas normas ainda no último trimestre deste ano, seguidas pela implementação da Lei de Biotecnologia, prevista para 2026, para preencher lacunas no atual sistema regulatório. Com a meta de redução de pesticidas agora suspensa indefinidamente, o foco recai sobre alternativas mais sustentáveis, como os biopesticidas e soluções de biocontrole, que utilizam microrganismos, proteínas e até RNA para o manejo de pragas.

Atualmente, o processo de aprovação de biopesticidas na UE leva, em média, de sete a nove anos. Esse prazo é consideravelmente mais longo quando comparado aos de outros mercados, como os das Américas e da Ásia, onde o processo dura de dois a três anos. Tal morosidade tem levado muitas empresas a priorizarem mercados como os Estados Unidos e o Brasil, onde as autorizações podem ser obtidas em apenas um a dois anos. Como resultado, várias tecnologias desenvolvidas na UE estão sendo comercializadas em outros continentes devido à maior rapidez nos processos de aprovação.

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A futura legislação proposta pela UE pretende estabelecer definições mais claras para substâncias de biocontrole e permitir autorizações provisórias enquanto as avaliações continuam em andamento. O objetivo é garantir acesso mais rápido ao mercado, sem comprometer os padrões ambientais e de saúde. Christophe Hansen, Comissário Europeu para a Agricultura, enfatizou a urgência de reduzir os prazos de aprovação, de modo a permitir que essas soluções cheguem mais rapidamente aos agricultores europeus.

A lentidão na regulamentação tem o potencial de prejudicar a liderança da Europa no setor agrícola. De acordo com um levantamento realizado pela Croplife Europe, 55,7% dos entrevistados afirmaram que não planejam submeter substâncias bioquímicas para aprovação na UE devido aos obstáculos regulatórios e exigências excessivas de dados. Para que a Europa mantenha sua competitividade, será necessário equilibrar rigor científico com processos mais eficientes, assegurando que novas tecnologias agrícolas possam ser acessadas pelos produtores locais.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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