Estudo alerta para vacinação infantil abaixo da meta no estado do Rio

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As metas de cobertura vacinal de crianças menores de cinco anos não foram atingidas no estado do Rio de Janeiro para nenhuma das vacinas do calendário infantil de 2022, alerta levantamento preliminar divulgado nesta terça-feira (27) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Apesar de ser o segundo estado mais rico do país, o Rio de Janeiro também está abaixo da cobertura média nacional de todas as vacinas, não chegando a atingir metade do público-alvo no caso das proteções contra poliomielite, difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, pneumonia e meningite bacterianas. 

O calendário de vacinação de crianças do Programa Nacional de Imunizações pode ser consultado na página do Ministério da Saúde na internet, assim como os demais calendários para adolescentes, adultos, gestantes e idosos. 

O estudo foi elaborado por pesquisadores do Observatório de Saúde na Infância (Observa Infância), iniciativa da Fiocruz com a Faculdade de Medicina de Petrópolis do Centro Arthur de Sá Earp Neto (Unifase). Os dados utilizados são do Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI), mas ainda são considerados preliminares. Além de terem coletado os dados em 28 de novembro, antes do fim do ano, os pesquisadores ponderam que as prefeituras têm até 2024 para fornecer essas informações ao Ministério da Saúde, o que pode fazer com que os percentuais aumentem.

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Mesmo que alguns municípios consigam atingir as metas para algumas vacinas com a atualização dos dados, a coordenadora do Observa Infância, Patricia Boccolini, avaliou que o cenário geral do estado continuará sendo de baixas coberturas.

Baixas coberturas

“Nos cenários nacional e estadual dificilmente veremos uma mudança tão abrupta, ainda mais se considerarmos a tendência dos últimos anos, pois 2022 não é um caso isolado. Ao longo da última década, o que vemos ano após ano é um cenário de queda constante nas taxas de vacinação”, argumentou.

Um caso particularmente perigoso e que chama a atenção dos pesquisadores é do sarampo, prevenível pela vacina tríplice viral: apenas 28% dos bebês que deveriam ser vacinados receberam a segunda dose do imunizante na idade recomendada.

O levantamento também sublinha a gravidade das coberturas vacinais para febre amarela (41%); catapora (34%) e hepatite A (31%). A meta para a febre amarela é de 100% das crianças vacinadas, enquanto para as outras vacinas o ideal é que se chegue a 95%. 

A meta mais baixa estabelecida para cobertura é da vacina BCG, que precisa abranger pelo menos 90% dos bebês menores de um ano. Nesse caso, o Brasil atingiu a meta, com 92% das crianças vacinadas, mas o estado do Rio ficou bem abaixo: 75%.

A importância da vacinação tem relação direta com a proteção de crianças contra doenças que podem levar à morte ou deixar sequelas graves. É o caso de enfermidades como sarampo, caxumba, rubéola, tétano, difteria, coqueluche, meningite C, hepatite A e hepatite B. 

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Procurada pela Agência Brasil, a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro afirmou que vem coordenando ações junto aos municípios para reverter o quadro atual, que reconheceu ser de baixa cobertura vacinal infantil no estado.

Caderneta de vacinação

Uma ação destacada pela secretaria é a chamada varredura, em que equipes da atenção básica dos municípios percorrem as residências para verificar e atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes.

A secretaria pede também o engajamento da sociedade para reverter esse quadro, “que ameaça a saúde de toda uma geração”. Os postos de saúde estão abastecidos com todas as vacinas. Mas precisamos que pais e responsáveis levem os menores para serem imunizados”, afirmou a pasta.

Em entrevista coletiva hoje (28), o secretário municipal de saúde da cidade do Rio, Daniel Soranz, também pediu que a população busque a vacinação e disse esperar do novo governo federal uma grande mobilização nacional para elevar as coberturas.

“É muito importante que os pais também tenham consciência e levem seus filhos para atualizar a caderneta de vacina. Hoje, quase 50% das crianças estão desprotegidas para poliomielite, e o Ministério da Saúde já tem como meta começar uma grande mobilização nacional em prol da vacinação”, finalizou.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Saúde

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Novo PAC Saúde: Mais cuidado e estrutura para as mulheres brasileiras

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O Governo Federal reforça o compromisso com todas as brasileiras ao investir na ampliação e qualificação da infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) voltados à saúde feminina. Por meio do Novo PAC Saúde, serão construídas 36 novas maternidades e 31 Centros de Parto Normal em diversas regiões do país. As novas unidades vão proporcionar um ambiente mais seguro e humanizado para gestantes, puérperas e os recém-nascidos, com estrutura adequada para realizar os atendimentos. A estratégia do governo também terá um impacto significativo na redução da mortalidade materna e infantil e na qualificação dos serviços obstétricos ofertados no SUS.

A iniciativa busca fortalecer a rede de atendimento, especialmente a materna e infantil, nas áreas que mais necessitam de suporte. O investimento reflete a preocupação do governo em proporcionar um pré-natal mais completo, partos humanizados e um acompanhamento pós-parto eficiente. “A chegada de um bebê é um momento único para cada mulher e sua família. A construção dessas maternidades é um passo fundamental para redução das desigualdades no acesso à saúde, melhoria da qualidade do cuidado ofertado às gestantes, puérperas e seus bebês, bem como para o fortalecimento da Rede Alyne” destacou a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência (DAHU), Aline Costa.

Para muitas mulheres, especialmente as que vivem em regiões mais afastadas ou em situação de vulnerabilidade, a falta de estrutura adequada pode transformar o momento do nascimento em um desafio. Com as novas maternidades e centros de parto normal, a proposta é ampliar a oferta de espaços equipados e com profissionais qualificados para garantir um atendimento mais humanizado e seguro.

Além das maternidades e dos Centros de Parto Normal, o Novo PAC Saúde também prevê investimentos na modernização de hospitais e Unidades Básicas de Saúde, ampliando a capacidade do SUS em atender as mulheres ao longo de toda a sua vida. O objetivo é fortalecer não apenas o atendimento ao parto, mas toda a rede de saúde da mulher, desde a adolescência até a terceira idade.

Adicionalmente, nos próximos anos, as mulheres terão acesso a 90 novas Policlínicas Regionais espalhadas por todo o país. Com a implantação das unidades, o SUS se fortalece, assegurando o acesso a consultas especializadas e exames de média e alta complexidade, necessários para diagnósticos de diversas doenças como o câncer de mama. Além disso, a iniciativa vai expandir o acesso das mulheres aos Núcleos de Atendimento às Vítimas de Violência, fortalecendo a rede de suporte e proporcionando serviços especializados para mulheres, crianças e outros grupos em situação de vulnerabilidade. Estes núcleos são compostos por equipes multidisciplinares treinadas para lidar com situações de violência física, psicológica e sexual, assegurando um apoio completo às vítimas.

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Bem-estar de toda a sociedade

Entre as inovações previstas no Novo PAC Saúde, está o fortalecimento da atenção básica, com a construção de 1.809 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Para muitas mulheres, essas unidades representam o primeiro contato com a assistência médica, seja para consultas de rotina, exames preventivos, pré-natal ou acompanhamento de doenças crônicas. Em um país onde a maioria dos atendimentos na rede pública de saúde é voltada para as mulheres, investir na modernização das UBSs significa investir na saúde e no bem-estar de toda a sociedade.

Com as novas UBSs, está previsto um crescimento no número de salas lilás, espaços dentro das unidades destinados ao acolhimento humanizado de mulheres que sofreram violência conforme a Lei 14.847 de 2024 aprovada no governo do presidente Lula. Estas salas proporcionam um espaço seguro e especializado para um cuidado integral assistência psicológica, social e jurídica, essenciais para romper o ciclo de violência doméstica. 

Neste mês das mulheres, o Novo PAC Saúde se apresenta como um símbolo de avanço na luta por direitos e equidade. Investir na saúde das mulheres é investir no futuro do país, garantindo que cada brasileira tenha acesso a um atendimento digno e de qualidade. Com essas novas estruturas, o SUS se fortalece e se torna ainda mais acessível para quem mais precisa. 

Maternidades 

O Novo PAC Saúde vai investir R$4,4 bilhões na construção de 36 novas maternidades distribuídas em todo o Brasil. A medida vai beneficiar 26,7 milhões de mulheres em idade fértil por ano, totalizando mais de 583 mil novos atendimentos realizados no SUS. 

As maternidades são estabelecimentos de saúde de média e alta complexidade que prestam assistência à mulher, gestante, puérpera e ao recém-nascido, realizando internação hospitalar, atendimento ambulatorial e de urgência e emergência ginecológica e obstétrica durante 24 horas. 

Os leitos de UTI nas maternidades desempenham um papel fundamental na assistência intensiva a mulheres e bebês que enfrentam complicações durante a gestação, o parto ou o pós-parto. Esses leitos garantem um suporte vital imediato para recém-nascidos prematuros ou com condições graves, além de oferecer cuidados especializados para mães que possam apresentar complicações, como hemorragias, hipertensão grave ou infecções. A presença de UTIs materna e infantil nas maternidades reduz riscos, aumenta as chances de recuperação e melhora significativamente os desfechos clínicos, assegurando um atendimento seguro e humanizado em momentos críticos.  

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Centro de Parto Normal – CPN 

O Governo Federal vai beneficiar, também, dois milhões de mulheres em idade fértil, com a construção de 31 novos Centros de Parto Normal (CPNs). As unidades de saúde são destinadas à assistência ao parto de risco habitual, fora de estabelecimento hospitalar, e preveem atendimento no pré-parto, assistência ao trabalho de parto, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido. Ao todo, serão investidos na infraestrutura dos centros R$97 milhões, com previsão de atender 2 milhões mulheres em idade fértil por ano nas unidades.  O CPN é um serviço projetado para oferecer um ambiente acolhedor e assistência humanizada às gestantes que desejam o parto normal. 

Policlínicas

O Novo PAC Saúde vai investir na construção de 90 Policlínicas Regionais. Essas unidades desempenham um papel fundamental na ampliação do acesso a serviços especializados. A medida vai beneficiar mais de 19 milhões de pessoas em todo o país, com a oferta de serviços de diagnóstico, exames de imagem e gráficos e consultas clínicas com cardiologistas, endócrinos e outras especialidades, definidas com base no perfil epidemiológico da população da região. As policlínicas funcionam como um complemento às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), recebendo pacientes encaminhados pelos médicos da atenção primária quando há necessidade de avaliação especializada. A construção dessas unidades fortalece a prevenção e o acompanhamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além de facilitar a detecção precoce de problemas de saúde.

UBS

As iniciativas do PAC Saúde têm como objetivo estruturar a rede de assistência ao cidadão do SUS, sendo as mulheres as maiores usuárias do sistema público de saúde. Sobretudo, quando abordamos o acesso às UBSs. Portanto, o Governo Federal vai destinar R$ 4,2 bilhões para a construção de 1.809 novas unidades em todo o país. As UBSs representam a principal porta de entrada para o SUS, atendendo a necessidade individual e coletiva. O Novo PAC Saúde busca modernizar essas unidades, promovendo sustentabilidade e integrando tecnologias como teleconsulta.

O Novo PAC Saúde integra um conjunto de ações estratégicas para modernizar e expandir os serviços do SUS, reafirmando o compromisso do governo com a melhoria do atendimento e a promoção da equidade no acesso à saúde no Brasil. 

Canais de apoio aos gestores

Para facilitar a comunicação, o Ministério da Saúde disponibiliza canais exclusivos:

Alexandre Penido
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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