Expectativas de Safra Promissora em 2025 Agitam Produtores e Indústria de Noz-Pecã

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O setor de noz-pecã no Brasil vive um momento de otimismo, com as projeções de uma safra cheia em 2025, após o desempenho abaixo do esperado em 2024 devido às condições climáticas adversas. O apetite crescente do mercado internacional pela noz-pecã brasileira impulsiona a produção da fruta, e as estimativas apontam que até 2030, a área cultivada no Brasil pode aumentar em até 50%. Esse cenário traz expectativas positivas tanto para os produtores quanto para a indústria de processamento do fruto.

No entanto, o clima favorável esbarra em um desafio significativo: a estiagem no Rio Grande do Sul, maior produtor de noz-pecã do Brasil. Edson Ortiz, diretor da Divinut – maior processadora do fruto no país e referência em exportações –, alerta para os impactos que a seca, provocada pelo fenômeno climático La Niña, pode trazer para a safra. “A estiagem já está afetando o crescimento dos frutos, e se perdurar, pode comprometer a produção”, afirma Ortiz, que também é presidente do comitê de pesquisa da Associação Brasileira de Nozes e Castanhas (ABNC) e diretor da Divisão de Nozes e Castanhas da FIESP. Ele destaca que a escassez de água pode levar a um abortamento prematuro dos frutos, prejudicando o potencial da safra.

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Outro fator preocupante é a florada feminina em alguns pomares, o que resulta em uma frutificação abaixo do esperado, mesmo em um ano considerado “positivo” para a cultura. Segundo Ortiz, essa situação pode afetar a produção de forma significativa, mesmo em um ano em que se esperava um bom desempenho da pecanicultura.

Mercado Internacional e Expansão das Exportações

A abertura do mercado chinês para a noz-pecã brasileira em 2024 ampliou as possibilidades para a pecanicultura nacional, com as exportações para o país asiático previstas para iniciarem após a safra, entre abril e maio. Além disso, a Divinut, líder no setor de mudas e maior processadora do Hemisfério Sul, está atenta à expansão para novos mercados internacionais. “Estamos em negociações com países como Singapura, Turquia, Grécia e Indonésia, buscando ampliar a presença da noz-pecã brasileira”, revela Ortiz.

Para consolidar sua presença no mercado global, a Divinut está investindo na obtenção das certificações ISO 9001 e FSSC 22000, que possibilitarão o acesso a novos clientes internacionais. “Essas certificações são fundamentais para atender mercados exigentes, que só compram de empresas certificadas”, explica o diretor.

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A empresa também oferece suporte completo aos produtores, desde o planejamento do pomar até a colheita, o que tem atraído profissionais de diversas áreas, como médicos, dentistas e advogados, a investirem na pecanicultura. “Além da rentabilidade, os produtores têm a garantia de que a Divinut comprará toda a sua produção e os incluirá em um projeto de exportação global”, detalha Ortiz.

Em 2024, a Divinut enviou 24 toneladas de noz-pecã para Montreal, no Canadá, e também para os Estados Unidos, maior produtor mundial do fruto. A noz-pecã brasileira também tem ganhado espaço em mercados como Espanha, Israel, Itália, Egito e Arábia Saudita.

Brasil: Quarto Maior Produtor Mundial

Atualmente, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking global de produtores de noz-pecã, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, México e África do Sul. O Rio Grande do Sul responde por cerca de 70% da produção nacional, consolidando-se como o principal polo produtor do fruto no país.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Perspectivas para a Safra de Trigo 2025 em São Paulo: Desafios e Oportunidades no Setor

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A primeira reunião de 2025 da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, promovida pelo Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), aconteceu na quinta-feira, 13 de março, na Cooperativa Capão Bonito, localizada em Capão Bonito (SP). O evento, realizado de forma híbrida, abordou os desafios enfrentados pelo setor, as perspectivas para as safras de 2024/2025 e 2025/2026, além de analisar o mercado internacional do grão.

Para a safra de trigo de 2025, a previsão é de estabilidade na área cultivada, apesar de alguns indícios de redução em algumas cooperativas devido à migração de produtores para outras culturas, como sorgo e milho, motivada pelos custos de produção. No entanto, o trigo continua sendo uma opção atraente para os agricultores paulistas, impulsionado pela forte demanda das indústrias moageiras e pela rapidez na comercialização do grão. O vice-presidente da Câmara Setorial do Trigo, José Reinaldo Oliveira, afirmou: “Existem várias alternativas de cultivo, mas o trigo segue competitivo, pois a demanda permanece constante e o estoque disponível para os moinhos é baixo.”

Embora fatores climáticos ainda apresentem incertezas, Oliveira demonstrou otimismo quanto à produtividade da próxima safra. “Se as condições climáticas forem favoráveis, com chuvas regulares e temperaturas adequadas, podemos alcançar níveis de produção semelhantes aos de anos anteriores. O trigo continua sendo uma opção viável, oferecendo segurança econômica ao produtor”, afirmou.

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O presidente da Câmara Setorial do Trigo, Nelson Montagna, que participou remotamente, reforçou a importância da expansão da produção estadual. “Há mercado e demanda para o trigo paulista. Precisamos focar na qualidade e no crescimento do setor, que enfrentará altos e baixos, mas a tendência é de progresso”, resumiu Montagna.

Impactos Globais: Guerra e Competitividade no Mercado Internacional

O analista de mercado de trigo da Safras & Mercado, Élcio Bento, abordou o cenário internacional, destacando como os fatores globais influenciam diretamente os preços no Brasil. “O Brasil está atrelado ao mercado argentino, que é influenciado pelas flutuações das bolsas norte-americanas”, comparou Bento. Ele ainda ressaltou que a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que em 2018 reduziu drasticamente as exportações de trigo americano para o mercado chinês, pode criar novas oportunidades para o trigo argentino. “Caso os EUA enfrentem restrições, o trigo argentino pode ganhar espaço na China”, explicou Bento.

Outro ponto importante levantado foi o impacto da guerra na Ucrânia, que tem afetado o fluxo de trigo pelo Mar Negro. Bento prevê que, no curto prazo, a normalização desse fluxo poderia aliviar a pressão sobre os preços globais, embora o impacto para a safra de 2025 seja limitado. Ele ainda destacou a crescente competitividade do trigo argentino em relação ao produto americano, apontando que, para atender à demanda paulista, o estado precisará importar o grão.

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Atualizações sobre o Cenário Paulista: Desafios e Inovações no Setor

Raquel Nakazato Pinotti, pesquisadora científica da APTA e assessora de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), representou o coordenador das Câmaras Setoriais da SAA, José Carlos de Faria Cardoso Júnior. Ela enfatizou a necessidade de uma proposta tributária que considere as especificidades do trigo paulista, sem depender de mandatos políticos. “É essencial criar uma política tributária que apoie a produção e garanta que o produtor tenha as condições necessárias para avançar”, afirmou.

A reunião também abordou o panorama atual do plantio no estado, com as maiores cooperativas paulistas compartilhando suas projeções de produção de trigo. Além disso, foram apresentados estudos sobre novas cultivares e alternativas para mitigar problemas fitossanitários. A APTA trouxe um estudo sobre o uso do Tereoil, um composto de terebintina para desinfecção de fungos contaminantes. A Biotrigo Genética, por sua vez, apresentou um panorama sobre o desempenho das principais variedades cultivadas em São Paulo.

O setor segue com desafios a serem superados, mas as perspectivas para o trigo paulista permanecem positivas, com foco na qualidade e na sustentabilidade da produção.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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