Saúde
Explode procura por testagem para Covid-19 em Goiás
Os dados de sindicato de laboratórios indicam acréscimo de 70% na busca pelo serviço na primeira quinzena deste mês, após período em baixa

A primeira quinzena de dezembro registrou um aumento de 70% na realização de exames do novo coronavírus nos laboratórios no Estado. Os dados são do Sindicato dos Laboratórios de Análises e Banco de Sangue do Estado de Goiás (Sindilabs-GO) que estima aproximadamente 40 mil testes durante o período. Festas de fim de ano, encontros com familiares e amigos além das viagens podem ser alguns dos motivos do crescimento.
A servidora pública Patrícia Vieira de Sousa, de 34 anos, se preparava para passar o Natal com as duas famílias: dela e do marido. No total, 15 pessoas iam participar do encontro. Na noite do dia 23, o esposo começou a sentir a garganta arranhar e no dia seguinte, acordou com uma forte dor de cabeça. Foi aí que ele decidiu fazer um exame e começaram a busca por laboratórios. Com o feriado, muitos já não estavam funcionando, mas a família conseguiu fazer o antígeno e o resultado foi positivo.
“Nossas duas famílias sempre passam juntas. Minha mãe estava mais conformada em passar a data sozinha, mas minha sogra fazia mais questão e estava organizando tudo. Confesso que estava muito incomodada desde o início e acredito que os sintomas foram um livramento. No final, cancelaram e toda a família passou o Natal separada. Sempre fazemos festa reunindo pelo menos minha família e a do meu marido, as vezes os familiares da minha concunhada, fazemos inimigo secreto e até bingo. O Natal é bem animado”, afirma Patrícia.
O Natal de Patrícia foi no sofá de casa com os três filhos: os gêmeos de 13 anos e uma caçula de 3 anos. O marido está isolado na suíte do casal desde o diagnóstico onde deve permanecer até o Réveillon. “Não teve nada de Natal, foi um dia comum, com comida comum, meus filhos e eu vendo um filme na sala. Só fizemos uma chamada de vídeo com todos para dizer feliz Natal. Os sintomas do meu marido foram bem leves. Não me espanta que muitos estejam passando pela doença sem saber. Temos, entretanto, casos conhecidos de pessoas que ficaram muito mal, como um professor dos gêmeos, que ficou muito tempo na UTI. Ainda estamos com medo”.
Presidente do Sindilabs-GO e da Federação dos Hospitais, Laboratórios, Clínicas de Imagem e Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Goiás (Fehoesg), Christiane do Vale acredita que o aumento dos testes é reflexo de uma população mais consciente. Ela explica que a maior procura é de pessoas com idade entre 30 e 45 anos, além dos viajantes. Isso porque para alguns destinos internacionais é exigido teste de Covid-19 com coleta 72h antes do embarque.
“Se a pessoa vai viajar e está assintomática, por exemplo, o ideal é que seja feito o RT-PCR ou o antígeno, ambos com coleta pelo nariz. Nossa percepção é de que as pessoas estão mais conscientes, principalmente com familiares que pertencem ao grupo de risco. No geral, a capacidade dos laboratórios aumentou e o tempo de espera para o resultado dos exames diminuiu. De qualquer forma, as recomendações não mudaram: manter cuidados de higiene, evitar aglomerações e saber que mesmo com um teste negativo, não há sensação de liberdade. As pessoas podem se contaminar e começar a transmitir dois dias depois. O RT-PCR, por exemplo, é indicado entre o 5º e 8º dia de sintomas. Antes do 5º dia – e aí o alerta para assintomáticos – costuma dar falso negativo”, explica a Christiane.
Sócia-proprietária do laboratório Citocenter e professora da Pontifícia Universidade Católica de Goiás, Maria Paula Thees Perillo afirma que o acréscimo foi notado nos últimos dias e que o maior pico havia sido em julho e agosto. “A curva tinha caído, mas desde o início de dezembro foi ascendendo. Estamos inclusive, agendando coleta domiciliar e em uma das unidades montamos o drive thru”.
Médico alerta para segurança
Para o médico infectologista Marcelo Daher, apenas a testagem não é um termômetro que indique plena segurança para encontros. “É uma situação complexa, depende do histórico de cada um”, diz o especialista. Ele explica que no caso de pessoas que já estão em isolamento há muito tempo o teste é um atestado maior de segurança, mas, ainda assim, enfatiza que não é de 100%.
“Se a pessoa já está em rotina de encontrar com amigos um teste pode não servir de nada”, aponta Daher. O médico lembra que os diferentes tipos de testes devem ser observados. “Se ele faz um sorológico rápido e está em estágio inicial da doença vai dar negativo, só depois de três dias vai apresentar os sintomas”.
O especialista indica que mesmo no caso de pessoas com histórico de isolamento, os encontros do fim do ano ocorram seguindo os protocolos básicos. “O ideal é que não haja os encontros. No caso de haver uma reunião que seja com segurança, em ambientes abertos, evitar muitos abraços e beijos”.
Ele chama atenção ainda para os eventos permitidos, de até 150 pessoas. “Nós não temos como saber se há condições mínimas para esses eventos”.
Cuidados com exames
Nas últimas semanas dois casos repercutiram nacionalmente envolvendo infectados pelo coronavírus (Sars-CoV-2). O primeiro deles, a morte da atriz global Nicette Bruno no último dia 20. Isso porque, a filha Beth Goulart afirmou que ela ficou 10 meses isolada e aí recebeu a visita de um familiar, que não sabia que estava infectado, e transmitiu o vírus para Nicette. Dias depois, o influencer e humorista Carlinhos Maia realizou uma festa e um colunista do UOL chegou a afirmar que 47 pessoas que participaram do encontro foram diagnosticadas com Covid-19 após o evento. Uma das participantes que testou positivo foi a influenciadora Mileide Mihaile, ex-mulher de Wesley Safadão.
Diretor-secretário do Conselho Regional de Farmácia de Goiás (CRF-GO) e mestre em farmacologia, Daniel Jesus explica que os testes, ainda que tenham altas taxas de acerto, não estão livres de erros ou falsos negativos. “Pode ser que o vírus esteja em período de incubação e não seja detectado. Nenhum teste para Covid-19 foi feito como forma de liberação para sair de casa e ir a eventos. A sua finalidade correta é diagnosticar os casos para que um especialista indique isolamento e o tratamento adequados”, acrescenta. Com OP
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ESTADO
Receita Estadual autua 11 mil toneladas de grãos sem notas

A Secretaria de Estado da Economia e a Receita Estadual realizam nesta semana mais uma etapa da fiscalização da safra 24/25 em rodovias estaduais, federais e vicinais. A intenção do trabalho conjunto das Delegacias Fiscais de diversas cidades é evitar a sonegação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e combater fraudes no trânsito irregular de mercadorias.
Desde fevereiro, a Receita Estadual já lavrou autos de infração no valor de R$ 9,5 milhões, parte dos quais foi quitada no momento da abordagem, após identificar 11 mil toneladas de grãos sendo comercializadas em situação irregular. Esses números são resultado de 40 dias de fiscalização intensificada em todo o Estado.
Participam das operações cerca de 20 auditores fiscais, mais pessoal do apoio técnico fiscal e integrantes do Batalhão Fazendário da Polícia Militar. Foram abordados veículos de cargas em várias cidades para conferência da documentação fiscal. A equipe atuou em:
- Itumbiara,
- Rio Verde,
- Jataí,
- Luziânia
- e Formosa.

O superintendente de Fiscalização Regionalizada da Secretaria da Economia, Gustavo Henrique Cardoso, explica que a comercialização sem documento fiscal e com nota fiscal inidônea são os dois principais problemas encontrados pelo fisco nas vistorias de mercadorias em trânsito.
O trabalho seguirá até o final do primeiro semestre, quando a colheita da safra estiver concluída. A Receita Estadual já havia feito um mapeamento preliminar, utilizando imagens de satélite para acompanhar o avanço da colheita e identificar possíveis tentativas de omissão da área plantada.
A Receita Estadual orienta os produtores rurais a negociarem a produção com empresas idôneas e que também exijam documentação fiscal das operações realizadas, para evitar o envolvimento em fraudes cometidas por empresas “noteiras”.
A safra goiana deste ano está estimada em 33,7 milhões de toneladas.
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Fonte: Governo de Goiás
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