Economia

Exportações minerais somam US$ 11,62 bi no terceiro trimestre

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As exportações minerais brasileiras somaram US$ 11,62 bilhões no terceiro trimestre deste ano, o que indica uma retração de 36,8% em relação ao mesmo período do ano passado. Em comparação ao trimestre anterior de 2022, houve aumento de 0,4%. 

As importações somaram US$ 4,77 bilhões no terceiro trimestre deste ano, com aumento de 86,7% sobre o resultado apurado em igual trimestre de 2021. Na comparação com o segundo trimestre de 2022, a queda atingiu 23,2%.

Os números foram divulgados hoje (20) pelo Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram). O saldo mineral (a diferença entre exportações e importações de minérios), é de 51% do saldo Brasil no terceiro trimestre de 2022, o que representa US$ 13,4 bilhões. Em relação ao segundo trimestre, houve uma queda de 56,4% em dólar.

O diretor de Sustentabilidade e Assuntos Regulatórios do Ibram, Julio Nery, atribuiu essa forte queda nas importações ao aumento do preço internacional das commodities minerais, principalmente do potássio, em função da guerra na Ucrânia. O potássio representa grande potencial nas importações brasileiras. Contribuiu também para a redução das compras no exterior o aumento do câmbio.

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As exportações minerais para a China, principal comprador do Brasil, tiveram queda de 43,6% em valor, em relação ao terceiro trimestre de 2021, e aumento de 2,9% em toneladas. Já na comparação com o segundo trimestre deste ano, houve expansão de 34,3% em toneladas e de 6,9% em valor.

Minério de ferro

O minério de ferro, principal produto do setor exportado pelo Brasil, teve redução no preço de 37,3% no terceiro trimestre de 2022, comparativamente a igual período do ano passado, e queda de 25,8% ante o segundo trimestre deste ano. Os dados do Ibram revelam que, à exceção de níquel e zinco, as demais commodities minerais também apresentam preços inferiores aos do terceiro trimestre de 2021.

No que tange às exportações de minério de ferro em especial, a queda em valor atingiu 44,7% no terceiro trimestre em comparação ao mesmo período do ano passado. Houve retração também em valor de 3,2% em relação ao segundo trimestre de 2022. Em termos de toneladas, foi registrada aumento de 1,5% e de 23,3%, respectivamente. As exportações de minério de ferro corresponderam a 70,5% das exportações brasileiras em dólar.

Em tonelagem, a redução nas importações minerais feitas pelo Brasil atingiu 20,5% em relação ao terceiro trimestre do ano passado e 23,3% ante o segundo trimestre deste ano. Também ocorreu aumento significativo em valor nas importações de potássio em relação ao terceiro trimestre de 2021 da ordem de 132,96%, de acordo com o Ibram. O potássio respondeu pela maior parcela das importações minerais (62,1%), seguido pelo carvão (24,3%).

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Aplicativo

O diretor-presidente do Ibram, Raul Jungmann, anunciou para o dia 17 de novembro o lançamento de um aplicativo, disponível para download na loja Google Play e App Store, que vai permitir às comunidades próximas às barragens do setor e também a “qualquer cidadão do Brasil e do exterior” tomar conhecimento da situação em que se encontram as barragens no país. Além disso, o aplicativo ficará à disposição do celular de qualquer pessoa e indicará onde buscar informações se algo acontecer, além de combater fake news (notícias falsas), e para saber rotas de fuga, por exemplo.

Foi aprovada hoje em reunião da direção do Ibram a constituição de um comitê de crise, que atuará não só em crises relacionadas aos associados, como também ao setor.

Edição: Fábio Massalli

Fonte: EBC Economia

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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