Exportadoras Brasileiras de Proteína Animal Marcam Presença na Maior Feira de Alimentos do México

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A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), levará agroindústrias exportadoras de aves e suínos para a Expo Carnes y Lácteos 2025, a maior feira do setor alimentício no mercado mexicano. O evento acontecerá entre os dias 4 e 6 de março, na cidade de Monterrey, reunindo grandes players da indústria global de carnes e laticínios.

Ao todo, dez agroindústrias brasileiras estarão presentes na feira: Avenorte, Bello Alimentos, BRF, Coasul, Copacol, GTFoods, Cooperativa Lar Agroindustrial, Pamplona Alimentos, Zanchetta Alimentos e Vibra Foods. A ação contará com a participação da coordenadora de marketing e promoção comercial da ABPA, Nayara Dalmolin, e do gerente de acesso a mercados, Gabriel Morelli.

Brasil Fortalece Parceria Comercial com o México

Além das rodadas de negócios com potenciais compradores e importadores do setor alimentício, a iniciativa visa reforçar a posição do Brasil como um parceiro comercial confiável para o mercado mexicano. Para isso, além dos encontros estratégicos com stakeholders, serão distribuídos materiais promocionais destacando a qualidade e a competitividade da produção brasileira.

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A participação das agroindústrias brasileiras na feira ocorre pouco mais de dois meses após a renovação do “Pacote contra a Inflação e a Fome” (PACIC), realizada em 31 de dezembro de 2024. O programa, criado para mitigar os impactos inflacionários e evitar a escassez de alimentos, incentiva a importação de produtos essenciais, como carne de frango e suína, sem restrições de cotas e com tarifa zero.

Os efeitos dessa política já são visíveis: as exportações de carne de frango do Brasil para o México cresceram impressionantes 651% em janeiro de 2025, saltando de 1,4 mil toneladas no mesmo período do ano anterior para 10,7 mil toneladas. O mesmo movimento foi observado na carne suína, cujas exportações passaram de apenas 25 toneladas em janeiro de 2024 para 1,3 mil toneladas no início deste ano.

“O México é um parceiro estratégico de longa data, e essa relação tem se fortalecido ainda mais em 2025. Estamos otimistas com as oportunidades que essa ação em Monterrey trará para expandirmos nossa presença no mercado mexicano, complementando a produção local e consolidando o Brasil como um dos principais fornecedores do setor”, afirma Ricardo Santin, presidente da ABPA.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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“Biocombustíveis não são vilões da inflação”, diz presidente da CTE na Câmara

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O debate sobre os impactos dos biocombustíveis na inflação voltou à tona nos primeiros meses de 2025, com o governo atribuindo parte da alta de preços a esses produtos. Para o deputado federal e presidente da Comissão de Transição Energética da Câmara dos Deputados, essa narrativa é equivocada e pode prejudicar a implementação de políticas estratégicas para o setor.

Ele destacou que a tentativa de vincular biocombustíveis ao aumento do custo de vida contrasta com a recente sanção da Lei do Combustível do Futuro, que atraiu R$ 200 bilhões em investimentos para ampliar a participação de combustíveis renováveis na matriz energética brasileira. “Não podemos deixar que a polêmica ‘food versus fuel’, criada na Europa, atrapalhe o avanço das energias renováveis no Brasil”, afirmou.

O parlamentar rebateu a ideia de que o Brasil enfrenta uma competição por terras agricultáveis como ocorre na União Europeia. Ele apontou que, enquanto países como Dinamarca, Irlanda e Países Baixos destinam mais de 60% de seus territórios à agricultura, o Brasil utilizou apenas 9% de sua área para a produção agropecuária em 2024. Além disso, há cerca de 159 milhões de hectares degradados, dos quais 36 milhões poderiam ser recuperados para a produção de alimentos sem comprometer biomas preservados.

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A alta do óleo de soja, segundo o deputado, não tem relação com a produção de biodiesel, mas sim com fatores como a quebra de safra devido a questões climáticas e a valorização do dólar. Ele lembrou que, durante a pandemia, o preço do óleo de soja disparou e, em 2023, registrou uma deflação de 36%. No entanto, com a safra recorde de 2024/25, a tendência é de acomodação nos preços, o que deve aliviar a pressão sobre os custos dos alimentos.

O mesmo ocorre com o milho. O parlamentar destacou que o aumento da produção de etanol de milho não impactou os preços dos alimentos, pois os estoques do grão no Brasil permanecem em níveis confortáveis. “Nosso mercado segue alinhado ao internacional, e o crescimento da produção de biocombustíveis não compromete a oferta alimentar”, ressaltou. Ele também destacou a importância da “safrinha”, que aumenta a oferta do grão sem afetar os preços e permite que o país produza energia renovável sem prejudicar a segurança alimentar.

Outro ponto criticado foi a decisão do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) de reduzir a adição de biodiesel ao diesel fóssil de 15% para 14% (B14), medida que entrará em vigor em março. Segundo o deputado, o argumento de que essa redução evitaria impactos nos preços dos alimentos não se sustenta, uma vez que há oferta suficiente de soja no mercado. “O Brasil produziu 147,38 milhões de toneladas de soja em 2024, mas apenas 54 milhões foram esmagadas para biodiesel. Além disso, o biocombustível reduz as emissões de gases de efeito estufa em até 80%”, afirmou.

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O parlamentar também mencionou a importância do aumento da mistura de etanol na gasolina. No dia 17 de março, o Ministério de Minas e Energia apresentará os estudos do E30, que prevê a elevação do percentual de etanol na gasolina de 27% para 30%. “Isso tornará o Brasil autossuficiente em gasolina. Manter o percentual atual passa uma mensagem negativa ao mercado e pode frear investimentos em biocombustíveis”, alertou.

Para o presidente da Comissão de Transição Energética, os biocombustíveis são a alternativa mais custo-efetiva para a descarbonização e representam uma grande oportunidade para investimentos e geração de riqueza. “Não abriremos mão disso. O Brasil tem uma vantagem competitiva única no setor, e precisamos consolidá-la”, concluiu.

Fonte: Pensar Agro

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