Expurgo dos prefeitos do PMDB
A Executiva estadual do PMDB, em reunião marcada hoje, às 18:00 hora, na sede do partido, apreciará proposta do líder da bancada estadual, José Nelto, de expulsão de 17 prefeitos que trocaram o palanque de Iris Rezende pelo o de Marconi Perillo (PSDB), nas eleições para o governo do Estado, ano passado, sob a justificativa de “infidelidade partidária.”
Anteriormente, a direção peemedebista havia deliberado pela troca dos diretórios municipais nos 246 municípios goianos, exatamente para promover o “limpa dos infiéis”, conforme definiu o presidente Samuel Belchior. Sem o controle dos diretórios, os prefeitos dissidentes ficariam sem legenda para concorrer à reeleição ou mesmo lançar um aliado ao pleito do ano que vem.
José Nelto diz que não há espaço no PMDB para “políticos traidores” e adianta que o partido iniciou o expurgo com a expulsão do empresário José Batista Júnior, o Júnior Friboi, que, também, declarou apoio à reeleição do governador Marconi Perillo, no segundo turno da sucessão estadual. “Quem trai uma vez, trai três, quatro, cinco mil vezes. Até hoje a sociedade não perdoou Judas, que traiu Jesus Cristo. Friboi, esses prefeitos são iguais a Judas.”
O deputado José Nelto ressalta que a expulsão antecipa qualquer estratégia dos prefeitos marconistas. “Temos que expelir do PMDB esse câncer, para evitar que se transforme em metástase e contamine todo o corpo partidário. É uma expulsão profilática, pedagógica e preventiva. Quem trai uma vez, trai mil. Será uma expulsão sumária, com deliberação rápida”
A proposta a ser apresentada ao comando partidário por José Nelto, de expurgo dos prefeitos do PMDB, conta com o respaldo de Iris Rezende, virtual candidato do partido à Prefeitura de Goiânia em 2016, segundo um membro da executiva. “Iris concorda, em número e grau, com a exclusão da legenda dos peemedebistas que seguem a orientação do Palácio das Esmeraldas”, revelou um deputado estadual.
Já amanhã a Executiva estadual do PMDB deverá abrir os processos de expulsão dos prefeitos, abrir prazo para a defesa, designar relator e apresentar o veredicto em 30 dias. “Só vai disputar as eleições de prefeito e vereador, pelo PMDB, o político que tiver comprometimento com os projetos do partido, ser oposição ao governador Marconi Perillo”, explica o presidente Samuel Belchior.
O secretário estadual de Articulação Política Sérgio Cardoso já formalizou convite aos 17 prefeitos do PMDB a filiarem-se ao PSDB ou a outro partido da base do governo Marconi. “O PSDB e partidos aliados estão com as portas abertas para receber os prefeitos peemedebistas. Esses prefeitos optaram pelo melhor projeto administrativo para Goiás, o de Marconi Perillo, nas eleições do ano passado. São políticos idealistas e comprometidos com os verdadeiros interesses do povo goiano.”
De acordo com a legislação eleitoral, os prefeitos peemedebistas têm prazo até 30 de setembro para mudar de partido e concorrer à reeleição nas eleições de 2016.
Vale do São Patrício
Três prefeitos do Vale do São Patrício aparecem na lista, João Esutáqio Cordeiro, o Ziquinho do município de São Patrício; Francisco Olizete Agra de Itapaci e Luiz Antônio da Paixão de São Francisco de Goiás (fotos no final da matéria).
Venda do partido
Em entrevista à Rádio 730/AM, Samuel Belchior disse que só irão permanecer no PMDB que tiver o “perfil oposicionista” e que estiver comprometido com o “projeto de mudança”, em clara oposição ao PSDB do governador Marconi Perillo. “Só vai dirigir ou candidatar-se pelo PMDB quem estiver comprometido com esse perfil de exercer oposição ao grupo que comanda o Estado há 16 anos.”
O dirigente adiantou que, com a renovação dos quadros partidários, o PMDB “se oxigena, atrai novas lideranças e se prepara para enfrentar as eleições municipais e as estaduais em condições de alcançar expressivas vitórias.” E acrescenta: “Vamos fazer alianças com o DEM, PT, Solidariedade e demais partidos que estiverem comprometidos com esse projeto de construir uma oposição sustentável, competitiva e eleitoralmente viário para 2016 e 2018.”
No interior do Estado, as comissões provisórias do PMDB estão sendo formadas sob rigoroso controle dos dirigentes e deputados federais e estaduais. “Queremos formar um partido competitivo e com políticos legais ao projeto do PMDB de retornar ao poder em Goiás”, sustenta o deputado estadual Adib Elias.
O também deputado estadual Ernerso Roller respalda as decisões que estão sendo tomadas pelo comando partidário com o objetivo de “sanear a legenda em Goiás.”
POLÍTICA
Caiado propõe indexação da dívida dos estados a IPCA mais 1%
Encontro de governadores e representantes de cincos estados com o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco, em Brasília, resulta em acordo para apresentação de proposta de reajuste no IPCA ao Ministério da Fazenda.
O governador Ronaldo Caiado apresentou nesta segunda-feira (15) propostas para renegociação das dívidas dos estados, com foco na indexação. A reunião com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em Brasília, contou com a participação de governadores e representantes de outros quatro estados. No encontro ficou acordado que os governadores vão propor ao Ministério da Fazenda a correção das dívidas pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) mais 1% ao ano.
“O que nós estamos pedindo são indexadores justos e uma renegociação também para que haja flexibilização no teto de investimento e não sejamos engessados, como está hoje a maioria dos estados brasileiros”, pontuou Caiado ao final do encontro.
O indexador da dívida atualmente é o CAM que, somado a mais 4% de juros ao ano, dá a taxa Selic de 11% ao ano. Já a proposta apresentada pelo gestor goiano, em parceria com os governadores Cláudio Castro (RJ), Tarcísio de Freitas (SP), Romeu Zema, (MG), além do vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza, visa a redução do indexador para IPCA mais 1% ao ano, tornando o índice mais vantajoso para a correção dos valores devidos pelos estados à União, possibilitando o investimento em outras áreas.
Ronaldo Caiado ressaltou que dívidas acrescidas por indexadores extorsivos inviabilizam o investimento nos estados. “O parcelamento da dívida chega a percentuais que impossibilitam investir em infraestrutura. Os entes federativos estão imobilizados devido a essas correções das dívidas que chegam a níveis estratosféricos, não restando nada para que os governos possam atender à necessidade de crescimento”, disse.
“Temos que exigir responsabilidade fiscal dos estados, mas também ficar bloqueado com teto de gastos e com esse indexador, com a dívida sendo reajustada nessa proporção, nos inviabiliza de caminhar”, finalizou o governador de Goiás.
A proposta discutida com o presidente do Senado prevê que os estados menos endividados poderão obter acesso a novas operações de crédito. Os que cumprirem todos os compromissos estabelecidos terão reduções de juros permanentes até o prazo final da vigência dos contratos aditivados. Ficam afastados também todos os limites e condições para a realização de operação de crédito ou para a contratação com a União nas celebrações de acordo.
O texto destaca que os estados que apresentarem boa capacidade de pagamento terão tratamento prioritário e célere quanto às análises e avaliações dos pleitos de operação de crédito. Outro item acrescenta pelo menos 50% do PIB ao teto, e exclui as despesas de saúde e educação da limitação de crescimento prevista em Regimes de Recuperação ou de Reequilíbrio Fiscal dos Estados e do Distrito Federal.
O Ministério da Fazenda deve apresentar um projeto até a próxima semana. Entretanto, o presidente do Senado convocou os governadores para ouvir suas sugestões e apresentar seus pontos de vista. Caiado ressaltou que Pacheco deve encaminhar uma proposta que seja compatível com o crescimento dos estados em breve.
Segurança
Durante o almoço, o Chefe do Executivo goiano discutiu também a possibilidade de uma contrapartida financeira às UFs por ações de segurança pública. “Estamos diante de uma luta contra a criminalidade em que assumimos o trabalho sozinhos”, argumentou Caiado, ao lembrar que os estados combatem diretamente crimes federais e não recebem compensação pela atuação das forças policiais. Além disso, os governadores colocaram em pauta a possibilidade de federalização de ativos dos estados.
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