Agronegócio

Fabricantes de máquinas agrícolas projetam crescimento para o próximo ano

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Os fabricantes de máquinas agrícolas estão otimistas com um crescimento projetado de 8,2% no faturamento do setor em 2025, segundo uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

“Estamos começando a retornar a um nível normal, especialmente após a queda que enfrentamos nos últimos anos”, comentou o presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), Pedro Estevão Bastos.

Desde 2019, o setor vem passando por dificuldades significativas, mas a crise tem se agravado nos últimos anos, principalmente por conta dos problemas climáticos enfrentados pelos produtores.

Em 2022 o faturamentos foi de R$ 94 bilhões; caiu para R$ 74 bilhões em 2023. Para 2024, a previsão é de uma retração ainda maior, com o faturamento esperado em apenas R$ 56 bilhões. E nos primeiros oito meses deste ano, as vendas totais de máquinas caíram 25,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, refletindo a crise no setor. “A seca afetou nossas previsões de forma inesperada. Não estávamos prontos para a intensidade com que ela se manifestou este ano”, destaca Bastos.

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Além da seca, a queda nos preços das commodities, especialmente dos grãos, também teve um impacto significativo. A abundância de oferta levou a uma diminuição acentuada nos preços, resultando em menos rentabilidade para os produtores. “Quando os preços dos grãos caem, as vendas de máquinas também são afetadas, pois os produtores adiam seus investimentos”, explica.

A expectativa para 2025 é de um cenário relativamente estável, com poucos sinais de mudanças significativas. Segundo Bastos, a possibilidade de um crescimento expressivo é remota, já que não se espera um aumento na área plantada e os preços das commodities devem se manter constantes. “Se o clima for favorável, podemos ter um ano estável ou um pequeno crescimento, mas nada muito além disso”, comenta.

Outro ponto importante é a renovação da frota de máquinas. A retração nas vendas sugere que muitos produtores estão hesitando em investir em novas tecnologias, resultando em uma frota de máquinas cada vez mais obsoleta. Bastos observa que, embora muitos agricultores tenham atualizado seus equipamentos entre 2020 e 2023, ainda há uma parcela considerável usando máquinas defasadas, o que pode comprometer a eficiência das operações.

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Os agricultores que reconhecem a importância de atualizar sua frota têm obtido melhores resultados. “As novas tecnologias proporcionam benefícios em termos de produtividade e eficiência operacional. Nos últimos anos, a obsolescência das máquinas tem se acelerado, e os agricultores que não investem em inovação acabam ficando para trás”, conclui Bastos.

Ele ressalta que o desempenho de máquinas modernas, como os pulverizadores de última geração, pode reduzir significativamente o desperdício de produtos químicos e melhorar a cobertura das lavouras.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

MDA e Embrapa lançam programa de capacitação online voltado para o fortalecimento da agricultura

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Com o crescimento do mercado de trabalho formal no Brasil, o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) lançaram um programa de capacitação online voltado para o fortalecimento da agricultura familiar e o incentivo a práticas sustentáveis no campo. A iniciativa é uma resposta ao aumento da competitividade no setor, com a crescente demanda por técnicas mais eficientes e ambientalmente responsáveis.

O programa oferece uma série de cursos online gratuitos, que já podem ser acessados na plataforma e-Campo. O primeiro curso disponível, “Bem-estar animal para produção sustentável de leite”, marca o início da sequência de treinamentos que seguirão até dezembro. Entre os temas que serão abordados, destacam-se também “Boas práticas de fabricação no beneficiamento da castanha-de-caju”, “Processamento de mandioca de mesa pela agricultura familiar” e “Produção de ovos na agricultura familiar”.

O formato digital das capacitações permite alcançar um número maior de produtores e técnicos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater) em todo o Brasil, ampliando o alcance do conhecimento gerado pelas pesquisas da Embrapa. Através dessas aulas, agentes de Ater poderão aprimorar suas habilidades e aplicar práticas inovadoras e sustentáveis no campo, com foco no aumento da produção e na redução de impactos ambientais.

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Com a participação de diversos grupos, incluindo assentados da reforma agrária, povos indígenas e comunidades quilombolas, o programa visa promover uma agricultura mais inclusiva e eficiente, proporcionando acesso a capacitação de qualidade. O diretor de Inovação, Negócios e Transferência de Tecnologia da Embrapa, Ana Euler, destaca que a digitalização dessas capacitações é uma forma de garantir que as soluções desenvolvidas no campo da pesquisa cheguem a quem mais precisa.

A série de cursos, com início em outubro e término previsto para 6 de dezembro, representa um avanço significativo para o setor agrícola brasileiro, que continua a buscar alternativas mais sustentáveis e rentáveis, ao mesmo tempo em que gera oportunidades de crescimento para os produtores rurais em diversas regiões do país.

Fonte: Pensar Agro

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