Faturamento da Indústria de Transformação recua 3,4% em agosto

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O faturamento real da indústria de transformação apresentou queda de 3,4% no mês de agosto em relação a julho, informou hoje (4) a Confederação Nacional da Indústria (CNI). No período de janeiro a agosto deste ano o índice acumulou queda de 6,4%. Em relação a agosto de 2020, a queda foi de 0,2%. Os números se referem à série dessazonalizada, que exclui os efeitos das variações sazonais do conjunto de dados.

Os dados constam da publicação Indicadores Industriais, produzida pela CNI. Além do faturamento na indústria de transformação, o índice de horas trabalhadas na produção também apresentou queda de 0,3% em agosto na comparação com julho. De acordo com a CNI, desde fevereiro de 2021, o indicador tem apresentado quedas consecutivas na série de variação mensal, com exceção do mês de julho, em que houve estabilidade. Os valores se referem às séries dessazonalizadas.

Com o resultado de agosto, o índice volta a um patamar ligeiramente abaixo do observado em fevereiro de 2020 (-0,8 ponto percentual), antes da crise causada pela pandemia de covid-19. Em 2021, a retração acumulada é de 4,7%”, informou a confederação.

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Os números mostram também que o indicador de rendimento médio real vem consolidando uma tendência de queda, apesar do crescimento de 0,5% em agosto em relação ao mês anterior, na série livre de efeitos sazonais. Com isso, a variação acumulada no ano de 2021 é de -2,0%. A CNI disse que alta da inflação contribui para a redução do rendimento médio real dos trabalhadores.

A CNI informou que o emprego da indústria de transformação apresentou, em agosto, crescimento de 0,1% em relação ao mês anterior. Com isso, a variação acumulada do emprego industrial em 2021 ficou em 3,8%.

Ainda de acordo com a CNI, os indicadores apontam que a utilização da capacidade instalada da indústria segue elevada no país, apesar da queda de 0,1% em relação a julho ficando em 82,3%, na série livre de efeitos sazonais. Desde março de 2021, o indicador se encontra acima de 80%, em um patamar superior à média histórica.

Além disso, em agosto, o indicador de massa salarial também apresentou crescimento, ficando superior em 0,8% em relação a julho, na série dessazonalizada. O indicador acumula crescimento de 0,7% em 2021.

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“A massa salarial real se encontra 2,6% abaixo do nível observado em fevereiro de 2020, antes da pandemia. Apesar da forte recuperação das horas trabalhadas no segundo semestre de 2020, em nenhum momento a massa salarial real voltou ao nível de antes da pandemia”, disse a CNI.

Edição: Valéria Aguiar

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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