Fruticultura Potiguar Marca Presença na Maior Feira do Setor de Frutas do Mundo

De 5 a 7 de fevereiro, a Feira Internacional da Fruticultura Tropical Irrigada (Expofruit) e o Comitê Executivo de Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex-RN) estarão na delegação brasileira que participará da Fruit Logistica 2025, a maior feira do setor frutícola mundial, realizada em Berlim, Alemanha. Este evento representa uma oportunidade única para destacar a qualidade da produção frutícola do estado e divulgar a Expofruit, programada para ocorrer entre 20 e 22 de agosto.
A participação na Fruit Logistica oferece uma plataforma estratégica para expandir mercados, aumentar as vendas e estreitar laços com clientes e parceiros. Fábio Queiroga, presidente do Coex-RN e organizador da Expofruit, enfatiza que este é um momento para mostrar ao mundo a excelência das frutas brasileiras, com destaque para o melão de Mossoró, reconhecido pela sua qualidade, segurança alimentar e ambiental. “Além disso, é importante destacar que o melão de Mossoró é cultivado na única Área Livre de Mosca das Frutas do Brasil”, acrescenta Queiroga.
Ele ainda sublinha que, a cada edição da Fruit Logistica, cresce o reconhecimento das frutas brasileiras nos mercados globais. “Este ano, nosso foco será reforçar os contatos com o mercado chinês, visando estreitar ainda mais nossas relações comerciais com esse importante mercado”, afirma. O Rio Grande do Norte vive um excelente momento na fruticultura, com exportações de frutas que, em 2024, atingiram quase US$ 200 milhões, com um volume de 286 mil toneladas. Para 2025, espera-se um crescimento de 10%.
A Expofruit, por sua vez, representa uma excelente oportunidade para divulgar a feira, reunindo diversos representantes internacionais do setor. “A feira mundial sempre atrai diversas empresas multinacionais ligadas à fruticultura”, destaca Queiroga.
A Fruit Logistica Berlim 2025, que deverá atrair até 90 mil visitantes e cerca de 3.200 empresas de 137 países, é um ponto de encontro essencial para profissionais do setor, proporcionando uma vitrine global para inovações, tendências e novas parcerias comerciais.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Fungo Antártico pode Contribuir para o Desenvolvimento de Biopesticidas Naturais

Pesquisadores brasileiros e americanos descobriram que um fungo isolado de sedimentos marinhos profundos do Oceano Austral, na Antártica, possui substâncias bioativas com grande potencial para o desenvolvimento de biopesticidas naturais (bioinsumos). O estudo, realizado por instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Embrapa Meio Ambiente (SP) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), identificou compostos antifúngicos e fitotóxicos que podem representar alternativas sustentáveis aos agroquímicos sintéticos.
O fungo em questão, Penicillium palitans, foi coletado a mais de 400 metros de profundidade e submetido a uma série de análises laboratoriais. Como resultado, os cientistas identificaram duas substâncias principais: penienona e palitantina. A penienona demonstrou forte atividade antifúngica e fitotóxica, conseguindo inibir a germinação de sementes de grama-bentgrass, mesmo em baixas concentrações. Além disso, o composto foi eficaz contra Colletotrichum fragariae, fungo causador de antracnose em várias culturas agrícolas. Por sua vez, a palitantina apresentou efeito fitotóxico moderado.
Débora Barreto, pesquisadora da UFMG, destaca que a Antártica, com sua biodiversidade microbiana pouco explorada e organismos adaptados a condições extremas, como baixíssimas temperaturas e alta salinidade, representa um ambiente promissor para a descoberta de novos compostos biotecnológicos.
Desafios das Expedições Polares e Alternativas aos Pesticidas Sintéticos
A coleta de amostras na Antártica é um desafio logístico considerável. As expedições necessitam de até um ano de preparação e treinamentos especializados. O deslocamento até a região pode levar até 10 dias, e a coleta de sedimentos marinhos profundos pode demandar até 24 horas ininterruptas de trabalho.
O estudo propõe uma alternativa ao uso excessivo de pesticidas sintéticos, cuja aplicação inadequada tem causado o aumento da resistência de pragas e impactos ambientais negativos. Luiz Rosa, professor do Departamento de Microbiologia da UFMG e coordenador da pesquisa, afirma que fungos extremófilos como o P. palitans podem se tornar fontes valiosas para a formulação de soluções sustentáveis para a agricultura.
Impacto Ambiental e Desafios Comerciais
A descoberta de novas moléculas bioativas com origem natural não só tem o potencial de reduzir a dependência de agroquímicos, mas também contribui para a promoção do conceito de Saúde Única. Contudo, transformar essas substâncias em produtos comerciais requer uma série de testes adicionais, especialmente para garantir a segurança, estabilidade e eficácia em condições reais de campo.
Sonia Queiroz, pesquisadora da Embrapa, destaca que, apesar do potencial das substâncias, é necessário avançar nas fases de testes toxicológicos e ecotoxicológicos antes de avaliar a viabilidade de produção em larga escala. “Nosso próximo passo será ampliar esses estudos e explorar a possibilidade de uma colaboração entre instituições de pesquisa e empresas do setor agrícola”, explica Luiz Rosa.
O avanço da biotecnologia no campo pode ser impulsionado pela bioprospecção de organismos extremófilos, como o P. palitans, que abre novas possibilidades para o desenvolvimento de biopesticidas naturais e outras substâncias bioativas. A conservação dos ecossistemas antárticos é essencial para o futuro dessas pesquisas, sendo um passo importante para o progresso da biotecnologia na agricultura global.
O estudo, parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com o apoio logístico da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) da Marinha do Brasil.
Equipe de Pesquisa
A pesquisa é conduzida por uma equipe composta por Débora Luiza Costa Barreto (UFMG), Charles Lowell Cantrell (Departamento de Agricultura dos EUA), Mayanne Karla da Silva (UFMG), Camila Rodrigues de Carvalho (UFMG), Sonia Claudia do Nascimento de Queiroz (Embrapa Meio Ambiente), Joanna Bajsa-Hirschel (Departamento de Agricultura dos EUA), Prabin Tamang (Departamento de Agricultura dos EUA), Stephen Oscar Duque (Universidade do Mississippi), Alysson Wagner Fernandes Duarte (Universidade Federal de Alagoas) e Luiz Henrique Rosa (UFMG).
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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