Saúde

Goiás adere à campanha contra Aedes aegypti e orienta população sobre como combater mosquito

Inseto é transmissor da dengue, zika e chikungunya, doenças que têm registrado aumento de casos em território goiano. Período chuvoso requer atenção dobrada.

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O início do período chuvoso em Goiás reforça a necessidade de combater o Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Este é, inclusive, o foco da campanha do Ministério da Saúde lançada nesta semana, com inserções em rádio, TV e internet. Com o tema “Todo dia é dia de combater o mosquito”, a ação educativa visa conscientizar os cidadãos de que a prevenção é a melhor forma de se proteger das doenças causadas pelo inseto.

Diante do aumento no número de casos das doenças em território goiano neste ano – com ênfase na dengue, que acumula mais de 169 mil, sendo 135 óbitos até outubro –, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) adere à campanha e reforça que ações simples e caseiras podem ajudar no controle do mosquito. Todo local onde há água parada deve ser eliminado, já que ali é o ambiente em que o inseto transmissor coloca os seus ovos.

Por isso, a população deve adotar alguns cuidados em casa, como: evitar água parada em pequenos objetos, pneus, garrafas e vasos de planta; manter a caixa d’água fechada e realizar limpezas periódicas em calhas e no quintal; vedar poços e cisternas e descartar o lixo de forma adequada. O mesmo vale para prédios, galpões e outras instalações de uso comercial.

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Números e perfil dos pacientes

Uma análise dos óbitos provocados pela dengue e chikungunya em Goiás foi apresentada recentemente pela secretaria aos gestores dos municípios goianos com um alerta para os cuidados com a aplicação dos protocolos assistenciais. O objetivo é reduzir a taxa de mortalidade, que está em 1,68/100 mil pessoas. Os dados revelam a influência das comorbidades e a idade como fatores de risco para óbito.

Das 121 mortes por dengue registradas até 26 de setembro, 73 vítimas são mulheres, com mortalidade crescente após 60 anos de idade e presença de comorbidades como diabetes, doenças cardiovasculares e hipertensão. De uma forma inédita historicamente, ainda houve um registro de sete óbitos por chikungunya. A SES mantém registros atualizados de casos, óbitos, distribuição territorial, série histórica e várias outras informações sobre as arboviroses no endereço eletrônico https://indicadores.saude.go.gov.br/public/dengue.html.

Protocolos de atendimento

O coordenador estadual de Arboviroses, Murilo do Carmo, constatou aumento de casos entre adultos jovens. Os dados foram apresentados na reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) de quinta-feira, 20, no Auditório da Escola de Saúde Pública de Goiás. A recomendação da Vigilância em Saúde é que os municípios estejam atentos à aplicação inicial de protocolos assistenciais, como a hidratação venosa nos pacientes, em especial nos que apresentam fatores de risco.

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“Reforçamos o alerta para que os gestores intensifiquem as ações de combate ao vetor e priorizem as intervenções junto à população para a adesão à eliminação dos criadouros”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde, Flúvia Amorim. Ela destaca que a secretaria dispõe de todos os recursos, como larvicidas, inseticidas e veículos apropriados para apoiar as ações.

Visando uma melhora na qualidade de atendimento ao paciente com suspeita de dengue, chikungunya e zika, a SES já realizou oito capacitações em manejo clínico para profissionais de saúde de toda rede, tanto pública quanto privada. Estão programadas mais duas até dezembro. Foram realizadas, ainda, capacitações para os agentes de controle de endemias dos 246 municípios, para um melhor desempenho das ações de controle e otimização dos recursos disponíveis, como uso correto de larvicidas e inseticidas.

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SAÚDE

“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

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Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.

Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).

“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.

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A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.

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364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)

Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.

Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.

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Ana Freire
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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