Goiás avança na captação de órgãos para transplantes

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As ações da Central de Transplantes de Goiás na Campanha Setembro Verde têm refletido na maior adesão pela doação de órgãos. Tanto que a central teve número recorde de captação de órgãos neste ano. No Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo), foram 49 doadores efetivos em menos de 9 meses, contra 48 em todo o ano de 2016. Nesta quinta-feira, dia 21, no Hugo foram captados três órgãos.

“Ao se iniciar a captação de hoje atingirmos o maior número de doações efetivas por ano, ainda estando em setembro, e levando-se em consideração toda a série histórica da Central”, diz o gerente da Central de Transplantes, Fernando Castro. Dos 49 doadores de 2017, foram captados 139 órgãos, entre rins (94), fígado (27), coração (12), pâncreas (4), córneas (1016) e pulmões (2). Em 2016 foram 124 durante todo o ano.

De julho até o dia 20 de setembro houve uma maior quantidade de doações em comparação a todo o primeiro semestre de 2017 (25 contra 24). Somente em setembro foram nove doadores ativos, com a captação de 23 órgãos. A variação de idade dos doadores está entre 3 meses a 61 anos. Além do Hugo, outros hospitais também realizaram captação, entre eles o Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol), Hospital de Urgências da Região Sudoeste (Hugol), Hospital de Urgências Dr. Henrique Santillo (Huana), dentre outros.

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“Como gerente da central só tenho a agradecer o empenho de todos que, diuturnamente, tem trabalhado em prol das doações e transplantes, doando-se um pouco a cada dia”, agradece Fernando aos colaboradores. Ele pontua que pacientes de São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, além de Goiás, receberam os órgãos captados nesse mês em Goiás.

Na última sexta-feira, dia 15, um bebê de apenas três meses de idade tornou-se o doador de órgãos mais jovem de Goiás em captação realizada no Hospital de Urgências Governador Otávio Lage de Siqueira (Hugol). A família do pequeno paciente consentiu com a doação após a criança ser vítima de um traumatismo cranioencefálico (TCE) que, apesar de todos os esforços da equipe multidisciplinar do hospital, foi fatal.

Doação de Órgãos Transformando Vidas. Esse é o tema da Campanha Setembro Verde deste ano para conscientizar a população sobre a importância de se tornar doador de órgãos e tecidos. “Precisamos alertar a sociedade que é preciso doar órgãos e tecidos e compartilhar esperança a pessoas que esperam por uma nova oportunidade de retomar suas vidas”, diz o secretário Leonardo Vilela. Durante todo o mês de setembro está acontecendo atividades em hospitais e parques da capital em alusão a campanha.

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SAÚDE

Dia Mundial do Rim: cuidado com a saúde renal deve começar na infância

Somente em 2024, o maior hospital pediátrico do país realizou mais de cinco mil sessões de hemodiálise em crianças e adolescentes.

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Dia Mundial do Rim: cuidado com a saúde renal deve começar na infância. Foto:

A doença renal crônica afeta mais de dez milhões de brasileiros e 850 milhões de pessoas no mundo, além de causar 2,4 milhões de mortes todos os anos, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 157 mil pessoas dependem de terapia renal substitutiva, conforme dados do Censo Brasileiro de Nefrologia de 2023. Só no Hospital Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, foram mais de cinco mil sessões de hemodiálise em crianças e adolescentes em 2024.

Embora seja mais comum em adultos, a doença renal crônica também acomete o público infantojuvenil. Estima-se que sejam 20 casos a cada um milhão de crianças, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Por isso, no Dia Mundial do Rim, lembrado em 13 de março, o Hospital Pequeno Príncipe reforça a importância dos cuidados com a saúde renal desde a infância.

Além da produção de urina, os rins desempenham funções essenciais no organismo, como filtrar impurezas do sangue, controlar a pressão arterial e produzir hormônios. “Muitas pessoas pensam que os rins são responsáveis apenas pela urina, mas eles também são fundamentais para o bom funcionamento do metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. Por isso é tão importante que o cuidado com a saúde renal e os bons hábitos iniciem ainda na infância, pois eles interferem na saúde por toda a vida”, enfatiza a nefrologista pediátrica Lucimary Sylvestre, do Hospital Pequeno Príncipe.

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A ingestão adequada de líquidos, a alimentação balanceada (evitando processados e excesso de sal) e a prática regular de atividades físicas são fundamentais para manter os rins saudáveis ao longo da vida. Também é importante controlar o peso e a glicose e aferir a pressão arterial regularmente a partir dos 3 anos de idade.

Quando suspeitar de problemas renais?

Existem diferentes doenças renais e que não se limitam apenas aos rins, atingindo todo o trato urinário. Elas se apresentam por malformações congênitas, condições hereditárias ou adquiridas. “Algumas doenças se manifestam com sinais como perda de urina, infecção urinária de repetição, presença de sangue ou proteína na urina, mas outras são silenciosas até que atinjam um estágio mais avançado de alteração na função renal”, explica a nefrologista pediátrica. Além desses sinais, também é importante estar atento para:

  • alteração na pressão arterial;
  • anemia que não melhora com reposição de ferro;
  • alterações ou fraqueza óssea;
  • cansaço excessivo;
  • inchaço nos pés e no rosto;
  • histórico familiar de doenças renais.

Ao observar qualquer sinal ou sintoma, é fundamental passar por avaliação médica. Se não tratada adequadamente, a doença renal crônica pode levar a complicações graves, como insuficiência renal e necessidade de realização de diálise ou até mesmo de transplante de rim. Os problemas renais também podem resultar em edemas, dificuldades respiratórias e problemas cardiovasculares, como hipertensão e aumento do risco de infarto.

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Cor da urina como alerta para a saúde

A urina é um indicativo relevante da saúde dos rins, pois a coloração reflete o estado de hidratação e pode sinalizar problemas que exigem atenção médica. “É importante que seja avaliado o aspecto da urina como um todo e sempre buscar para que ela não seja muito escura, concentrada demais e que não tenha alterações do cheiro. Ao observar alguma dessas alterações, é importante buscar por atendimento médico para verificar se existe algum problema renal ou se é algo secundário, causado por desidratação, consumo de alimentos que podem mudar a coloração da urina ou pelo uso de alguma medicação”, realça Lucimary.

Saiba o que cada cor da urina pode indicar

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