Goiás se consolida como líder nacional no cultivo de grãos

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Goiás, responsável por 10,5% da produção agrícola nacional, se firmou como o quarto maior produtor de grãos do Brasil, com destaque crescente no cenário agrícola nacional. Em 2025, o estado deve bater o recorde histórico de produção, com uma estimativa de 33,7 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, o que representa um aumento de 11,4% em comparação à safra anterior, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O milho, por sua vez, tem sido uma das culturas que mais se destacam no estado. A estimativa para a safra 2024/25 aponta um crescimento de 12,7% na produção de milho, somando 12,7 milhões de toneladas. No contexto nacional, espera-se um aumento de apenas 3,3% na produção total de milho, com uma previsão de 119,5 milhões de toneladas.

Esse protagonismo foi evidenciado durante a 7ª edição do Fórum Getap, que premiou os vencedores do Concurso de Produtividade no Milho Inverno 2024. O concurso contou com a participação de 183 produtores de 10 estados, dos quais 119 foram auditados até o início de novembro, competindo em duas categorias: cultivo irrigado e sequeiro. Curiosamente, metade dos seis vencedores de ambas as categorias eram do estado de Goiás.

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Destaques goianos no cultivo de milho

Entre os vencedores, o produtor e engenheiro agrônomo Kaio Fiorese, de Água Fria de Goiás, se destacou ao alcançar 232,1 sacas por hectare (sc/ha), ficando com a segunda colocação na categoria irrigado. Fiorese ressaltou o compromisso com a sustentabilidade e as práticas de manejo diferenciado adotadas nos últimos seis anos. “Toda a produção de soja e milho da fazenda é certificada. Buscamos conciliar produtividade com ações de preservação ambiental, cuidando do solo e praticando o manejo racional”, explicou.

A propriedade do grupo Fiorese abrange 5.750 hectares, dos quais 2.500 são irrigados. Além de milho e soja, a fazenda também cultiva feijão e trigo, e a irrigação permite a realização de até três safras por ano, com um giro de 11,5 mil hectares cultivados. Fiorese atribui o sucesso à dedicação em todas as fases do cultivo, desde o plantio até a colheita, bem como ao uso de novas tecnologias e pesquisas que garantem maior eficiência e controle de doenças e pragas.

Outro destaque foi a produtora Avanilda Santeiro, de Mineiros, que obteve a segunda colocação na categoria sequeiro, com a Fazenda Invernadinha alcançando 230 sc/ha. Rodrigo de Souza Magalhães, consultor da fazenda, atribui o bom desempenho a uma combinação de clima favorável, manejo cuidadoso e escolha de materiais adaptados à região. “O milho é uma cultura técnica que não permite erros. Investimos em fertilidade, manejo e controle de pragas para garantir a melhor produtividade”, afirmou.

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Investimentos contínuos e desafios climáticos

Luis Carlos Granemann, de Portelândia, também se destacou, conquistando a terceira colocação no concurso com 228,6 sc/ha na categoria sequeiro. Granemann, responsável pela Fazenda Flores de Rio Verde, atribui os bons resultados a investimentos contínuos em micronutrientes, manejo adequado e máquinas de alta tecnologia. Ele também destaca o apoio das condições climáticas, com a altitude da região favorecendo a produtividade.

Apesar dos desafios climáticos, especialmente a instabilidade no clima e o controle de pragas, o manejo preventivo e o uso de biológicos têm proporcionado bons resultados no controle da cigarrinha, um problema recorrente em safras anteriores. Para Granemann, o potencial de Goiás é inegável: “A topografia, o clima e as terras de excelente qualidade são diferenciais que ajudam no desenvolvimento das culturas, especialmente do milho”, concluiu.

Com uma combinação de inovação tecnológica, práticas sustentáveis e condições naturais favoráveis, Goiás se consolida como um dos principais polos agrícolas do país, apresentando um futuro promissor no cultivo de grãos e na produção de milho.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Santa Catarina reforça controle sanitário e avança na erradicação da brucelose e tuberculose

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Santa Catarina segue avançando no controle sanitário dos rebanhos, consolidando-se como referência em sanidade animal no Brasil. Com medidas eficazes que impactam positivamente a saúde pública, a competitividade do agronegócio e a qualidade dos produtos, o estado alcançou, em 2024, a marca de 3,5 mil propriedades certificadas como livres de brucelose e tuberculose. Esse resultado é fruto das ações conduzidas pelo Serviço Veterinário Oficial, por meio do Governo do Estado, da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária e da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), com a participação ativa da cadeia produtiva.

Classificação sanitária e avanços na pecuária leiteira

Santa Catarina detém a menor incidência de brucelose no país, sendo o único estado brasileiro classificado como “A” pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no grau de risco para a doença. A mesma classificação também se aplica à tuberculose bovina, status compartilhado com outros quatro estados.

Os avanços no setor leiteiro são impulsionados pela evolução do monitoramento sanitário, regulamentado pela Portaria 44/2020. Essa norma estabelece regras complementares para o cadastramento da produção leiteira e exige o controle da brucelose e tuberculose nas propriedades leiteiras. A partir de janeiro de 2025, a coleta de amostras de leite dos tanques de refrigeração, antes realizada a cada dois anos, passará a ser anual, reforçando o controle sanitário e a segurança alimentar.

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Redução da incidência de brucelose

Em 2024, foram colhidas amostras de leite de 13.970 propriedades, das quais 402 testaram positivo para brucelose, representando 2,88% do total. Esse índice reflete uma queda significativa em relação a 2021, quando a taxa de positividade foi de 5,89%. Importante ressaltar que nem todas as propriedades com resultado positivo tornaram-se focos da doença, pois a confirmação depende de exames sorológicos individuais nos animais.

Nos exames individuais, o índice de positividade também apresentou redução expressiva, passando de 1,36% em 2021 para 0,60% em 2024. Esses dados, coletados até novembro de 2024, demonstram a eficácia das medidas preventivas, de controle, saneamento de focos e vigilância ativa implementadas no estado.

Compromisso com a sanidade animal e o agronegócio

O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Valdir Colatto, destaca que os resultados são fruto de um esforço conjunto. “Isso reflete o compromisso do estado com a saúde pública, a qualidade sanitária e a valorização do agronegócio, tanto no Brasil quanto no mercado internacional, evidenciando o impacto das políticas públicas no fortalecimento do setor produtivo catarinense”, afirma.

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Para reforçar esse compromisso, cerca de 540 médicos veterinários habilitados pelo Mapa atuaram em Santa Catarina ao longo de 2024 na realização de exames de diagnóstico de brucelose e tuberculose, garantindo que o estado mantenha a baixa prevalência dessas doenças nos rebanhos.

Fundesa: investimentos na sanidade animal

O Fundo Estadual de Sanidade Animal (Fundesa) também desempenha um papel crucial no controle sanitário. Em 2024, foram destinados aproximadamente R$ 15,6 milhões para a sanidade animal, dos quais R$ 13,2 milhões foram utilizados para indenizações relacionadas ao abate sanitário de 4.935 animais doentes.

A diretora de Qualidade e Defesa Agropecuária da Secretaria da Agricultura de Santa Catarina, Daniela Carneiro do Carmo, ressalta a importância desses recursos para a sustentabilidade do setor. “Esse apoio é essencial para permitir que os produtores reparem seus rebanhos, preservando o equilíbrio econômico e prevenindo a disseminação de doenças”, conclui.

Com a implementação de medidas cada vez mais rigorosas e avanços significativos no controle sanitário, Santa Catarina reafirma seu compromisso com a sanidade animal, garantindo maior segurança para os produtores e consumidores e fortalecendo sua posição no cenário agropecuário nacional e internacional.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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