Governo Federal lança guia sobre o uso de dispositivos digitais por crianças e adolescentes

O Governo Federal lançou, nesta terça-feira (11), em Brasília, a publicação “Crianças, Adolescentes e Telas: Guia sobre Uso de Dispositivos Digitais”. O documento tem como objetivo fornecer ferramentas às famílias e educadores para promover uso seguro, equilibrado e saudável das ferramentas digitais, com proteção aos direitos da infância e prevenção de riscos à saúde física e mental.
Desenvolvido em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e diversas instituições do governo brasileiro, sociedade civil e especialistas, o guia foi construído com base nos relatos de crianças e adolescentes e instrumentos para a vigilância do desenvolvimento infantil como a Caderneta da Criança. Ele traz diretrizes para um uso saudável dos dispositivos digitais, considerando as consequências do excesso de telas.
O secretário de Políticas Digitais da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, João Brant, destacou que a iniciativa é uma resposta ao anseio social em relação à proteção de crianças e adolescentes. “Estamos aqui hoje não apenas para apresentar uma nova iniciativa, mas para dar continuidade a um trabalho que já vem sendo construído com a colaboração de diversos profissionais e entidades”, pontuou.
Durante o evento de lançamento, também esteve presente a secretária-adjunta de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde, Maria Aparecida Cina.
Impactos na saúde
O guia aponta que a literatura científica evidencia diversos riscos à saúde, como atrasos no desenvolvimento da fala e cognitivo; sedentarismo e obesidade; problemas de visão, como miopia e fadiga visual; sintomas depressivos, dificuldades de sono, transtornos alimentares. Além disso, o guia destaca o aumento da vulnerabilidade a riscos online, como cyberbullying e desinformação.
O uso inadequado das tecnologias também está relacionado a sintomas de ansiedade, depressão, agressividade, comportamentos impulsivos. Adolescentes, em particular, são mais suscetíveis a conteúdos perigosos, como desafios que incentivam a autolesão, devido ao estágio de desenvolvimento cerebral que aumenta a busca por riscos e a sensibilidade à pressão dos pares.
O pediatra Ricardo Becker, que participou da elaboração do guia pela Sociedade Brasileira de Pediatria e também esteve presente no evento de lançamento, destacou a importância da publicação. “Estou muito feliz por trabalhar com um governo que se preocupa com as aflições da população. Estamos devolvendo a infância às nossas crianças, um processo sem volta. A infância é fundamental para o bem-estar, a criatividade, a saúde física, mental e emocional, além da formação da cidadania. Devemos isso às nossas crianças, que são prioridade garantida pela Constituição”.
Recomendações de tempo de tela
A publicação também orienta sobre o tempo de uso de dispositivos digitais e sugere que a exposição seja progressiva conforme a criança ou adolescente ganhe mais autonomia:
- Crianças com menos de 2 anos não sejam expostas às telas.
- Entre 2 e 5 anos, o tempo de tela deve ser limitado a uma hora por dia, preferencialmente com a presença de adultos.
- De 6 a 10 anos, recomenda-se duas horas por dia.
- Para a faixa etária entre 11 e 17 anos, a recomendação é até três horas diárias.
O guia também orienta que crianças não possuam aparelhos celulares próprios antes dos 12 anos.
Políticas públicas e proteção digital
O Governo Federal também propõe ações para fortalecer a proteção das crianças no ambiente digital, incluindo programas de educação midiática nas escolas, campanhas de conscientização para pais e famílias e o desenvolvimento de políticas públicas que garantam um espaço digital mais seguro e saudável.
Uso de celular em escolas
O guia também dialoga com a Lei Federal 15.100/2025, que restringe o uso de celulares por estudantes nas escolas públicas e privadas de educação básica. A nova legislação estabelece exceções apenas para fins pedagógicos ou didáticos, desde que supervisionadas por professores, ou para estudantes que necessitam de recursos de acessibilidade. A medida tem como objetivo assegurar que os dispositivos móveis sejam utilizados de maneira equilibrada e vantajosa para o aprendizado dos alunos.
A lei prevê, inclusive, que o sofrimento psíquico e a saúde mental dos estudantes, na sua relação com experiências que envolvam o ambiente digital, sejam alvo de estratégias preventivas e protetivas geridas nos ambientes escolares.
Ampla colaboração
A elaboração da publicação foi coordenada pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom-PR) e envolveu a participação de outros seis ministérios – Casa Civil da Presidência, ministérios da Saúde, da Justiça e Segurança Pública, dos Direitos Humanos e da Cidadania, da Educação e do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome. Além de representantes do governo, o grupo de trabalho envolveu o sistema de justiça, organizações da sociedade civil, especialistas, e teve o apoio da Unesco e do Instituto Veredas.
O guia também foi embasado por um processo de escuta qualificada de crianças, adolescentes, familiares e educadores, promovido pelo Instituto Alana com o apoio da Embaixada Britânica no Brasil. A iniciativa contou com a participação de crianças e adolescentes de 43 municípios de todas as regiões do Brasil, provenientes de escolas públicas e privadas, localizadas tanto em áreas urbanas quanto rurais.
Acesse também o press kit com o Guia, resumo executivo, vídeo e banco de imagens
Simone Sampaio
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde


SAÚDE
Ministério da Saúde apresenta resultados de pesquisa de avaliação do Proadi-SUS
O objetivo principal foi avaliar o Proadi-SUS, identificando as melhores práticas, os desafios e as oportunidades de aprimoramento do programa.

O Ministério da Saúde está realizando, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a primeira pesquisa de avaliação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS), com foco nos 169 projetos desenvolvidos durante o 5º triênio (2021-2023). Os resultados da 1ª etapa do estudo foram apresentados em evento realizado na sexta-feira (14), em Brasília
O objetivo principal foi avaliar o Proadi-SUS, identificando as melhores práticas, os desafios e as oportunidades de aprimoramento do programa. “Queremos tornar o Proadi-SUS ainda mais potente, garantindo que os projetos desenvolvidos no âmbito do programa estejam alinhados com as prioridades do SUS e as necessidades de saúde da população”, afirmou o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, durante a mesa de abertura do evento.
Também participaram da mesa, a coordenadora do projeto e professora da UFMG, Telma Maria Gonçalves Menicucci; o coordenador do núcleo de acompanhamento de projetos estratégicos do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Nilo Bretas; e o diretor de Cuidado Público e Responsabilidade Social do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE), Guilherme de Paula Pinto Schettino.
Resultados gerais
A pesquisa avaliou processos, entregas e potenciais efeitos no desenvolvimento institucional do SUS. De acordo com as análises, 70% do total de projetos é focado na área de gestão e pesquisa. A maioria das ações tem abrangência nacional, com concentração nas regiões Sul, Sudeste e Nordeste. A vigência média dos projetos foi de 25,2 meses, com valor médio executado de R$ 13,2 milhões.
As áreas temáticas mais presentes foram doenças crônicas, gestão em saúde e formação de profissionais. Já os objetivos do Plano Nacional de Saúde mais contemplados foram qualificação da força de trabalho, melhoria da gestão e ampliação do acesso. Outro destaque é para os níveis de atenção em saúde mais frequentes, como a atenção especializada e atenção primária.
Os projetos do Proadi-SUS apresentaram 890 entregas que foram organizadas em nove categorias de análise: ações relacionadas à infraestrutura; assessoria; atendimento ou procedimento em saúde; monitoramento e avaliação; coleta, processamento e análise de dados; desenvolvimento de produtos; divulgação e publicação; gestão do projeto e da pesquisa; e treinamento e capacitação.
Também foram percebidos melhora da qualidade do cuidado, como o fortalecimento às linhas de atenção do SUS, a ampliação da qualificação de gestores e profissionais de saúde que atuam no SUS, fomento à pesquisa e inovação, a criação de protocolos clínicos; e redução de custos ao sistema, uma vez que contribuiu para a diminuição do número de internações e de atendimentos de emergência.
Recomendações
O relatório apresenta um conjunto de recomendações para o aprimoramento contínuo do Proadi-SUS, considerando desafios e oportunidades, e ampliação do seu impacto no SUS:
- Utilização de Novas Tecnologias;
- Fortalecimento da Articulação do Programa com as demais políticas do SUS;
- Ampliação do alcance dos projetos;
- Sustentabilidade das Ações;
- Monitoramento e avaliação contínuos;
- Transparência e Prestação de Contas;
- Inovação e Criatividade;
- Resultados e Impacto mensuráveis;
- Comunicação e Disseminação;
- Foco no Usuário do SUS;
- Avaliação de Impacto a Longo Prazo;
- Incorporação do conhecimento e das tecnologias para o SUS.
Próximas etapas
A pesquisa de avaliação terá mais duas etapas que envolverá trabalho de campo com os autores envolvidos na execução e acompanhamentos dos projetos (hospitais de excelência e secretarias do Ministério da Saúde), e seus beneficiados (serviços de saúde do SUS), além de uma proposta estruturada de monitoramento e avaliação do programa.
O relatório da primeira etapa da pesquisa com os ajustes finais será disponibilizado na página do Ministério da Saúde.
Sobre o programa
O Proadi-SUS é uma iniciativa do Ministério da Saúde que visa fortalecer o SUS por meio de parcerias com hospitais de excelência.
Criado em 2009, o programa financia projetos de capacitação, pesquisa, inovação e gestão em saúde, utilizando recursos provenientes da imunidade tributária concedida atualmente a seis hospitais filantrópicos, sendo: Hospital Alemão Oswaldo Cruz; BP-Beneficência Portuguesa de São Paulo; HCor-Hospital do Coração; Hospital Israelita Albert Einstein; Hospital Moinhos de Vento; e Hospital Sírio Libanês.
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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