Governo inclui CPRs, “engorda” o plano safra em R$ 106,5 bi e chega a R$ 582 bilhões

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O governo federal anuncia nesta quarta-feira (03.04), no Palácio do Planalto, um Plano Safra 2024/25, “engordado” em R$ 106,5 bilhões. Isso foi possível incluindo recursos das Cédulas de Produto Rural (CPRs). Com isso, o montante total de recursos para a próxima temporada será de R$ 582 bilhões, superando o reivindicado pelo agronegócio, que estiva que serão necessários pelo menos R$ 570 bilhões para a próxima safra.

A maior parte dos recursos das CPRs será destinada a médios e grandes produtores, na agricultura empresarial, com juros livres. Assim, o valor final do Plano Safra do Ministério da Agricultura poderá ficar em R$ 507,1 bilhões, enquanto a agricultura familiar receberá R$ 74,98 bilhões no ciclo 2024/25.

A inclusão desses recursos no Plano Safra representa uma mudança significativa em relação a gestões anteriores, que não consideravam esses valores no cálculo total. As CPRs se tornaram um instrumento de financiamento ao agronegócio, sendo usadas para diversos fins, incluindo a aquisição de produtos processados. O governo pretende controlar a aplicação de recursos em operações diretas na produção, garantindo que os fundos sejam utilizados de forma eficiente.

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O governo defende a medida como uma forma de direcionar recursos obrigatórios especificamente para operações a agricultores e cooperativas, com incentivos governamentais, ajudando a fortalecer o setor agropecuário brasileiro.

Atualmente, duas principais fontes de crédito exigem a aplicação de recursos em CPRs. As Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) são a principal fonte, com metade dos recursos captados pelos bancos sendo destinados a financiamentos rurais. Desses, 50% vão para linhas de crédito rural tradicionais e os outros 50% para CPRs. As LCAs têm isenção tributária na emissão e venda, destacada pelo governo como um incentivo adicional para impulsionar o crédito rural.

Além das LCAs, o Manual de Crédito Rural (MCR) permite a aplicação de 5% da exigibilidade da poupança rural em CPRs. Os bancos e cooperativas de crédito devem direcionar 65% do montante captado nessa fonte para operações de financiamento rural, sendo 95% do valor para linhas tradicionais e 5% para CPRs emitidas por produtores e cooperativas agropecuárias.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Em Cáceres, ministro Carlos Fávaro inaugura primeiro espaço de inovação Agro Maker

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Na manhã deste sábado (15), o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, inaugurou o primeiro espaço de inovação Agro Maker do Brasil, no Distrito Nova Cáceres (Sadia), em Cáceres. A iniciativa do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) junto ao Instituto Besouro busca investir na capacitação e qualificação de profissionais do agro para impulsionar a agricultura com tecnologias avançadas e práticas mais eficientes.

“O Agro Maker é um dos vários projetos que o Ministério da Agricultura está desenvolvendo para combater as desigualdades no campo. Temos muito orgulho da nossa agropecuária forte e pujante, que bate recordes, exporta e garante o superávit da balança comercial. No entanto, é fundamental que também olhemos com atenção para a agricultura familiar, para os homens e mulheres que produzem nas pequenas propriedades, mas não têm acesso às grandes tecnologias”, declarou o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante a inauguração do espaço.

Voltado aos jovens de 12 a 29 anos que já tenham alguma relação com o agro ou que queiram introduzir neste mercado de trabalho, o Agro Maker visa contribuir para um setor agrícola mais produtivo, sustentável e resiliente diante dos desafios globais.

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O curso tem duração de três meses e é dividido em oito módulos: introdução ao agro e tech; produtores rurais; modernização na agricultura; manejo de pastagens; agroecologia; operador de drone; agrofinanças; e empreende agro.

Durante as aulas, os alunos aprendem os principais conceitos de agronegócios, técnicas de inovação e tecnologia, relações da produção rural com o mercado, identificar oportunidades de crescimento e de investimento, operacionalizar drones, recursos de administração financeira e orçamentária, entre outros.

“Este espaço é de vocês. A tecnologia chegou para auxiliar o campo, e agora vocês estão sendo beneficiados pela educação tecnológica, que permitirá produzir mais e melhor, de forma sustentável, o que já fazem aqui no assentamento. Com o conhecimento adquirido, poderão multiplicar esse saber, permitindo que a juventude aproveite esses recursos e permaneça no campo, enriquecendo ainda mais a região de vocês. Tudo isso só é possível graças ao trabalho do governo federal”, destacou Vinicius Mendes, presidente do Instituto Besouro.

A primeira turma começou em fevereiro e conta com 14 alunos. Para o estudante Gean França, de 17 anos, esta tem sido uma oportunidade de se aprofundar no agro. “Estamos aprendendo sobre novas tecnologias, formas de cultivo e manejo que eu não conhecia e já podendo ajudar meus pais no campo”, disse.

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“O curso tem sido uma experiência única, e eu tento aproveitar ao máximo. A cada dia, aprendo mais e me conecto ainda mais com o campo. Se depender de mim, farei todos os cursos que forem disponibilizados na Agro Maker”, completou Evela Reiner, de 17 anos, também estudante da primeira turma.

“Vamos trabalhar muito para mudar a história da agricultura familiar em Mato Grosso. E já conseguimos, pela primeira vez, graças à sensibilidade do ministro Carlos Fávaro que teve a oportunidade de se tornar ministro da República de uma das pastas mais importantes do Brasil e, com isso, viabilizou o maior investimento na agricultura familiar que o estado já presenciou. Estamos entregando mais de R$ 500 milhões aqui em Mato Grosso nos assentamentos”, disse o secretário-executivo, Irajá Lacerda.

Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária

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