Guedes nomeia Daniella Marques como nova secretária especial

O ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciou remanejamentos no cargo nesta noite. A assessoria especial Daniella Marques Consentino, que integra a equipe econômica desde que Guedes assumiu o ministério, será a nova secretária especial de Produtividade, Emprego e Competitividade.
Ela substituirá Carlos da Costa, que assumirá o recém-criado cargo de adido do Ministério da Economia em Washington. Desde o início do governo, Daniella ocupava a Assessoria Especial para Assuntos Estratégicos do ministério.
Para o lugar de Daniella, Guedes remanejou o atual secretário de Política Econômica, Adolfo Sachsida. Ele também estava na função desde 2019.
Sócia-fundadora e diretora de fundos de investimento antes de ingressar no governo, Daniella é formada em administração pela Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro e tem MBA em Finanças pelo Ibmec. Ela atuou por 20 anos no mercado financeiro, na área de gestão independente de fundos de investimentos.
Com doutorado em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) e pós-doutorado pela Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, Sachsida deu aula na Universidade do Texas. Autor de publicações sobre política econômica, monetária, fiscal, avaliação de políticas públicas e tributação, ele também é advogado especializado em direito tributário. Antes de chegar ao governo, trabalhava como pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), onde é servidor de carreira.
A Secretaria Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade é responsável por programas de qualificação profissional e pela elaboração de políticas que melhorem a produtividade da economia. Nos próximos meses, o órgão pretende lançar um painel de acompanhamento de investimentos privados, gerados por concessões e privatizações.
Além de publicar estudos com os efeitos das políticas e das reformas promovidas pelo governo, a Secretaria de Política Econômica elabora as previsões oficiais do Ministério da Economia para variáveis econômicas como Produto Interno Bruto (PIB) e inflação. Essas estimativas são usadas na elaboração do Orçamento e são revisadas a cada dois meses, uma semana antes de o governo anunciar o contingenciamento (bloqueio) ou a liberação de verbas.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira


ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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