Haddad descarta taxar big techs em resposta a tarifas dos EUA sobre o aço

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou nesta segunda-feira (data) que o governo brasileiro esteja considerando taxar plataformas digitais norte-americanas caso o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, oficialize o aumento das tarifas sobre importações de aço e alumínio. A possibilidade foi noticiada pelo jornal Folha de S.Paulo.
No domingo, Trump declarou que pretende impor uma nova tarifa de 25% sobre todas as importações desses produtos para os EUA, intensificando sua política comercial protecionista. O Brasil, um dos principais fornecedores de aço para o mercado norte-americano, poderia ser diretamente impactado.
“Para não deixar dúvidas, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia caso os Estados Unidos imponham tarifas ao Brasil”, afirmou Haddad em uma publicação na rede social X (antigo Twitter).
O ministro destacou que o governo brasileiro só se manifestará com base em decisões concretas, evitando reagir a anúncios que podem ser “mal interpretados ou revistos”. “Vamos aguardar a orientação do presidente”, acrescentou.
Segundo a colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo, o governo federal adota uma postura de cautela diante das declarações de Trump e avalia que o melhor caminho é evitar um confronto comercial direto com os EUA.
A discussão sobre a taxação de plataformas digitais estrangeiras não é recente. Em setembro, o Ministério da Fazenda informou que poderia encaminhar ao Congresso uma proposta de tributação das “big techs” caso houvesse frustração de receitas no orçamento.
De acordo com a Folha, a avaliação é de que essa medida poderia ser implementada rapidamente, caso Trump amplie sua guerra comercial global e atinja o Brasil.
Consultado pela Reuters, o Palácio do Planalto afirmou que não vai comentar o assunto no momento. Os Ministérios da Fazenda, das Relações Exteriores e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços também não responderam imediatamente aos pedidos de posicionamento.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Fungo Antártico pode Contribuir para o Desenvolvimento de Biopesticidas Naturais

Pesquisadores brasileiros e americanos descobriram que um fungo isolado de sedimentos marinhos profundos do Oceano Austral, na Antártica, possui substâncias bioativas com grande potencial para o desenvolvimento de biopesticidas naturais (bioinsumos). O estudo, realizado por instituições como a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Embrapa Meio Ambiente (SP) e o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), identificou compostos antifúngicos e fitotóxicos que podem representar alternativas sustentáveis aos agroquímicos sintéticos.
O fungo em questão, Penicillium palitans, foi coletado a mais de 400 metros de profundidade e submetido a uma série de análises laboratoriais. Como resultado, os cientistas identificaram duas substâncias principais: penienona e palitantina. A penienona demonstrou forte atividade antifúngica e fitotóxica, conseguindo inibir a germinação de sementes de grama-bentgrass, mesmo em baixas concentrações. Além disso, o composto foi eficaz contra Colletotrichum fragariae, fungo causador de antracnose em várias culturas agrícolas. Por sua vez, a palitantina apresentou efeito fitotóxico moderado.
Débora Barreto, pesquisadora da UFMG, destaca que a Antártica, com sua biodiversidade microbiana pouco explorada e organismos adaptados a condições extremas, como baixíssimas temperaturas e alta salinidade, representa um ambiente promissor para a descoberta de novos compostos biotecnológicos.
Desafios das Expedições Polares e Alternativas aos Pesticidas Sintéticos
A coleta de amostras na Antártica é um desafio logístico considerável. As expedições necessitam de até um ano de preparação e treinamentos especializados. O deslocamento até a região pode levar até 10 dias, e a coleta de sedimentos marinhos profundos pode demandar até 24 horas ininterruptas de trabalho.
O estudo propõe uma alternativa ao uso excessivo de pesticidas sintéticos, cuja aplicação inadequada tem causado o aumento da resistência de pragas e impactos ambientais negativos. Luiz Rosa, professor do Departamento de Microbiologia da UFMG e coordenador da pesquisa, afirma que fungos extremófilos como o P. palitans podem se tornar fontes valiosas para a formulação de soluções sustentáveis para a agricultura.
Impacto Ambiental e Desafios Comerciais
A descoberta de novas moléculas bioativas com origem natural não só tem o potencial de reduzir a dependência de agroquímicos, mas também contribui para a promoção do conceito de Saúde Única. Contudo, transformar essas substâncias em produtos comerciais requer uma série de testes adicionais, especialmente para garantir a segurança, estabilidade e eficácia em condições reais de campo.
Sonia Queiroz, pesquisadora da Embrapa, destaca que, apesar do potencial das substâncias, é necessário avançar nas fases de testes toxicológicos e ecotoxicológicos antes de avaliar a viabilidade de produção em larga escala. “Nosso próximo passo será ampliar esses estudos e explorar a possibilidade de uma colaboração entre instituições de pesquisa e empresas do setor agrícola”, explica Luiz Rosa.
O avanço da biotecnologia no campo pode ser impulsionado pela bioprospecção de organismos extremófilos, como o P. palitans, que abre novas possibilidades para o desenvolvimento de biopesticidas naturais e outras substâncias bioativas. A conservação dos ecossistemas antárticos é essencial para o futuro dessas pesquisas, sendo um passo importante para o progresso da biotecnologia na agricultura global.
O estudo, parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), é financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e conta com o apoio logístico da Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (Secirm) da Marinha do Brasil.
Equipe de Pesquisa
A pesquisa é conduzida por uma equipe composta por Débora Luiza Costa Barreto (UFMG), Charles Lowell Cantrell (Departamento de Agricultura dos EUA), Mayanne Karla da Silva (UFMG), Camila Rodrigues de Carvalho (UFMG), Sonia Claudia do Nascimento de Queiroz (Embrapa Meio Ambiente), Joanna Bajsa-Hirschel (Departamento de Agricultura dos EUA), Prabin Tamang (Departamento de Agricultura dos EUA), Stephen Oscar Duque (Universidade do Mississippi), Alysson Wagner Fernandes Duarte (Universidade Federal de Alagoas) e Luiz Henrique Rosa (UFMG).
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
- 5 dias atrás
Em São José dos Bandeirantes, guia de pesca pega peixe de 120 quilos e com cerca de 2 metros no Rio Araguaia
- ESTADO4 dias atrás
Como está a ponte que liga Rialma a Nova Glória na BR-153? Assista
- PLANTÃO POLICIAL3 dias atrás
Resgatados 40 cavalos em abatedouro clandestino especialista em “hambúrgueres”, em Anápolis
- PLANTÃO POLICIAL3 dias atrás
Homem mata esposa e se mata em seguida
- CIDADES4 dias atrás
Agricultora de Ceres colhe manga com 2 quilos
- Acidente1 dia atrás
Acidente com carro de luxo tira vida de médico na BR-060, em Anápolis; Assista
- 6 dias atrás
Polícia encontra jornalista morto e com mãos amarradas e amordoçado
- ESTADO4 dias atrás
Nota de pesar pela morte do policial civil Rafael da Gama Pinheiro