Hidrovia do rio Madeira ganha força com maior comboio de grãos do Brasil

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O escoamento de grãos pelo rio Madeira tem se consolidado como uma alternativa estratégica para produtores das regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil. Essa hidrovia permite o transporte eficiente de soja e milho, reduzindo a dependência das rodovias e facilitando o acesso aos mercados internacionais.

Aproveitando esta alternativa logística, a empresa de logística Bertolini Transporte e Navegação anunciou para amanhã (sábado, 22) a operação do maior comboio fluvial de transporte de grãos já registrado no país. Uma embarcação partirá de Porto Velho (RO) com destino ao Porto de Santarém (PA), carregando 75 mil toneladas de soja e milho — volume equivalente ao de 1.500 caminhões.

Essa operação será possível graças a um novo barco empurrador, projetado para conduzir 30 barcaças em um único comboio, superando o padrão atual de 20 unidades. Construída no estaleiro Beconal, a embarcação está equipada com quatro motores Mitsubishi modelo S12R-MPTA, de 1.180 hp cada, proporcionando maior potência e eficiência no transporte.

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A utilização do rio Madeira para o escoamento de grãos tem ganhado relevância nos últimos anos, especialmente como alternativa aos portos do Sudeste. A produção agrícola da região, que antes percorria longas distâncias por rodovias até Santos (SP) e Paranaguá (PR), agora segue por vias fluviais até portos do Norte, como Santarém (PA), Itacoatiara (AM) e Barcarena (PA), de onde é embarcada para exportação.

No entanto, desafios persistem. Em 2024, a seca severa na região Norte interrompeu temporariamente o transporte de grãos pelo rio Madeira, elevando os custos de exportação e obrigando empresas a buscarem alternativas logísticas mais onerosas. A situação foi agravada pela redução dos níveis dos rios, que inviabilizou a navegação em determinados períodos.

Para mitigar esses desafios e garantir a eficiência do escoamento, iniciativas como a concessão da hidrovia do rio Madeira estão em análise. A expectativa é que, uma vez concedida, a hidrovia se torne a principal rota de escoamento de grãos produzidos em Rondônia e Mato Grosso, reduzindo custos logísticos e fortalecendo a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional.

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A operação do novo comboio fluvial da representa um avanço significativo na logística de transporte de grãos no Brasil, demonstrando o potencial das hidrovias como soluções sustentáveis e eficientes para o agronegócio nacional.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Café recua mais de 1% nas bolsas internacionais nesta sexta-feira

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O mercado futuro do café opera em queda na manhã desta sexta-feira (14), refletindo a volatilidade que tem marcado o setor nos últimos dias.

De acordo com levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado na quinta-feira (12), a safra de café de 2025 foi estimada em 52,8 milhões de sacas de 60 kg. O volume representa um leve avanço de 0,4% em relação à projeção anterior, impulsionado por ajustes na expectativa para os grãos canéforas, mas ainda assim indica uma retração de 7,5% na comparação com 2024. Esse declínio é atribuído à redução de 2,5% na área colhida e a uma queda de 5,1% na produtividade.

Segundo Orlando Editore, head de café da Datagro, a oscilação nos preços está diretamente relacionada à instabilidade do mercado cafeeiro, que envolve desde a produção até o consumo. “Há uma preocupação com a oferta, que está no quinto ano consecutivo de limitações diante de uma demanda estável, além do clima, que pode impactar negativamente a produtividade da safra de 2025 e comprometer o desenvolvimento da temporada de 2026”, explica.

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Relatório da Pine Agronegócios aponta que, apesar das lavouras apresentarem condições semelhantes às de 2024, o déficit hídrico preocupa. Caso a escassez de chuvas persista nos próximos dias, o solo pode atingir uma das piores condições de umidade para o período do inverno, prejudicando a formação das gemas florais. Essa situação eleva o risco de quebra de produtividade para a safra de 2026.

Por volta das 8h50 (horário de Brasília), os contratos do café arábica registravam quedas expressivas:

  • Março/25: recuo de 160 pontos, cotado a 390,60 cents/lbp;
  • Maio/25: baixa de 385 pontos, negociado a 381,85 cents/lbp;
  • Julho/25: perda de 350 pontos, valendo 375,15 cents/lbp;
  • Setembro/25: retração de 325 pontos, cotado a 367,95 cents/lbp.

No mercado do robusta, os contratos apresentavam oscilações mistas:

  • Março/25: alta de US$ 20, negociado a US$ 5.535/tonelada;
  • Maio/25: queda de US$ 67, cotado a US$ 5.461/tonelada;
  • Julho/25: baixa de US$ 65, valendo US$ 5.442/tonelada;
  • Setembro/25: recuo de US$ 57, cotado a US$ 5.385/tonelada.

O mercado segue atento às projeções climáticas e à oferta global, fatores determinantes para o comportamento dos preços nas próximas semanas.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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