Honda CR-V 2021 fica mais equipado e seguro. Mas será o suficiente?
A Honda começa a oferecer a linha 2021 do SUV médio CR-V no Brasil quase ao mesmo tempo em que chegam outros cinco rivais, cujos preços mínimos sugeridos são os seguintes: VW Taos ( R$ 154.990), Toyota Corolla Cross ( R$ 143.990), Ford Bronco Sport (R$ 256.900), Jeep Compass R$ 148.264) e Peugeot 3008 (R$ 229.990). Em versão única, o modelo da marca japonesa custa R$ 264.900, o mais caro de todos.
Mas será que o carro faz jus ao preço mais alto? Depois de uma volta rápida no Honda CR-V 2021 quase não dá para notar diferença, uma vez que o conjunto mecânico não mudou desde que a nova geração do SUV chegou ao Brasil, no início de 2018.
As principais mudanças ficam por conta do novo pacote tecnológico que inclui controle de cruzeiro adaptativo (ACC) com ajuste de velocidade (LSF), sistema de frenagem (CMBS) para mitigação de colisão (FCW), sistema de assistência de faixa (LKAS), além do sistema para mitigação de evasão de pista (RDM com LDW – Lane Departure Warning).
Toda essa parafernália é auxiliada por uma câmera posicionada acima do para-brisas e um sistema de radar , localizado na grade frontal. Por meio dessa combinação, com a detecção de objetos pelo radar e o seu reconhecimento pela câmera, o Honda Sensing auxilia o motorista na prevenção de acidentes.
Ele ajuda a manter maior atenção sobre as condições de tráfego, alertando o motorista e, em determinadas condições, ajudando a evitar ou reduzir a gravidade de uma colisão. Fora isso, o novo CR-V está mais moderno, a começar pela parte dianteira, que traz uma nova grade frontal e para-choque com desenho mais arrojado. Já os faróis full LED também são novos, bem como os de neblina que também ganharam a tecnologia dos LEDs.
As rodas de liga leve de 18 polegadas são escurecidas e contam com novo friso cromado . Na parte traseira, a mudança se resume à tampa traseira com um friso “dark chrome”, às lanternas que receberam acabamento fumê enquanto e ás saídas de escapamento ganharam o formato retangular.
Todos esses elementos revisados garantiram ao conjunto um visual mais moderno. Outra novidade é o teto solar panorâmico . Ainda na parte interna, o modelo traz console central redesenhado com acabamento que imita madeira e conta com bandeja retrátil, permitindo a acomodação de diferentes objetos O acabamento amadeirado é estendido às linhas do painel e laterais de portas e abriga no console um inédito carregador de celular por indução, sem fios, além de portas USB .
O sistema de áudio também recebeu aprimoramentos com a inclusão de um subwoofer adicional no porta-malas, reforçando as frequências graves de som e totalizando nove alto falantes no SUV .
A central multimídia de 7 polegadas com GPS nativo integrado , compatível com Apple CarPlay e Android Auto, passa a ter botão físico giratório para o controle de volume. Tanto na frente quanto atrás, há sobra de espaço para cinco ocupantes e duas bagagens no porta-malas de carvernosos 522 litros. Completando as novidades, o modelo ganha a tecnologia Idle Stop , que desliga automaticamente o motor em paradas, reduzindo o consumo de combustível.
A linha 2021 do Honda CR-V conta com motor turbo 1.5 com injeção direta e quatro cilindros em linha com duplo controle de tempo de abertura das válvulas (Valve Timing Control – VTC) de 190 cv e um torque final de 24,5 kgfm, entre 2.000 e 5.000 rpm.
Ainda no trem de força fica o câmbio automático continuamente variável (CVT). Já o sistema de tração é integral e atua em conjunto com o VSA (analisa constantemente os dados dos sensores que monitora a velocidade de cada roda, o ângulo do volante, as forças de aceleração lateral e longitudinal e o grau de desvio) e o Motion-Adaptive Electric Power Steering (EPS – direção elétrica adaptada ao movimento).
A tração integral ajuda a aumentar a sensação de segurança no Honda, com direito a uma animação no quadro de instrumentos digital, onde é possível ver a distribuição da força para cada uma das rodas. O CR-V anda bem e corresponde com vigor às exigências do pedal do acelerador, tanto em acelerações quanto em retomadas de velocidade.
Mas no dia a dia, a câmera que fica no retrovisor do lado direito acaba não funcionando tão bem quanto aquela luz que detecta ponto cego (como a que aparece na versão vendida na Europa, no vídeo acima), uma vez que com o carro em movimento é mais prático olhar no próprio espelho mesmo.
Silencioso e confortável, o Honda CR-V 2021 também vai bem nas curvas, mas é bom não ir muito animado, já que estamos falando de um SUV com 1607 kg e que tem 20,8 cm de distância livre do solo. Além disso, a marca já deveria ter trazido a versão híbrida, o que daria mais apelo ao modelo diante de tantos rivais de peso.
Ficha técnica
Honda CR-V 2021
Preço: R$ 264.900 Motor: 1.5, turbo, gasolina Potência: 190 cv a 5.600 rpm Torque: 24,5 kgfm a 2.000 rpm Transmissão: automático, CVT, simula 7 marchas Freios: discos ventilados (dianteira), discos sólidos (traseira) Suspensão: McPherson (dianteira), multibraço (traseira) Pneus: 235/60 R18 Porta-malas: 522 litros Tanque de combustível: 57 litros Consumo: 10,4 km/l (cidade), 11,9 km/l (estrada) 0 a 100 km/h: 10,1 segundos
Vel. Max: 201 km/h
CARROS E MOTOS
Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Fonte: Carros
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