IBGE e ANA lançam dados para orientar análises de recursos hídricos

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, hoje (24), em parceria com a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), duas bases de dados para orientar as análises sobre recursos hídricos no Brasil. Uma é a inédita base de dados geográficos das Bacias Hidrográficas do Brasil (BHB250) e a outra, a rediscussão da base da Divisão Hidrográfica Nacional (DHN250).

O IBGE informou que a publicação Série Relatórios Metodológicos v.48 | Bacias e Divisões Hidrográficas do Brasil descreve detalhadamente os procedimentos adotados para a realização das bases. Para o órgão, isso permite a possibilidade de organizar a geração de informações das diversas temáticas por bacias e regiões hidrográficas.

De acordo com o gerente de Dinâmicas Ambientais e Territoriais do IBGE, André Polly Assumpção, as publicações apresentam, de maneira sistematizada, os recortes hidrográficos espaciais do país para realização de cruzamentos de informações e análises. 

Assumpção disse que a parceria com a ANA é fundamental, porque estabelece códigos, nomes e limites comuns. O gerente acrescentou que com essas bases de dados comuns, será possível aprimorar o intercâmbio de dados entre IBGE e a ANA. “A sociedade passa a contar com uma referência integrada chancelada pela agência reguladora de recursos hídricos e o instituto nacional de estatística do Brasil”, disse.

A base da Divisão Hidrográfica Nacional detalha as 12 regiões hidrográficas do país, estabelecidas em 2003 pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH). Conforme o IBGE, o produto foi feito a partir da Base Hidrográfica Ottocodificada (BHO) da ANA e anexou mais dois níveis hierárquicos, com seus limites espaciais, nomes e códigos. 

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“Dessa forma, além das 12 macrorregiões hidrográficas, também foram estabelecidas 54 mesorregiões e 302 microrregiões, que passarão a integrar o Quadro Geográfico de Referência para Produção, Análise e Disseminação de Estatísticas, divulgado pelo IBGE desde 2019”, informou o IBGE.

Regiões hidrográficas

A DHN250 divide o território brasileiro em regiões hidrográficas. Aspectos do espaço, como a ocupação e a gestão de recursos hídricos são considerados junto com o limite natural das bacias. As regiões hidrográficas podem compreender uma ou mais bacias hidrográficas contíguas com características naturais, sociais e econômicas homogêneas. 

“Com esse detalhamento, será possível aprimorar a análise de dados e a produção de informações sobre os recursos hídricos, fornecendo subsídios para a gestão da água e do saneamento básico de cada região, bem como para a realização de outros estudos”, explicou.

No outro conjunto de informações, a BHB250 mostra as principais bacias hidrográficas do Brasil, representando a área da superfície terrestre delimitada por divisores de águas que capta e escoa as águas das chuvas por rios e córregos para um único ponto de saída. “Essa base de dados é voltada para o aspecto geomorfológico na delimitação das suas unidades”, disse.

Esse estudo apresenta dados para a caracterização geral de 5.353 bacias hidrográficas com mais de 100 quilômetros quadrados (km²) que cortam o território nacional. É possível verificar a estimativa de população residente, a disponibilidade hídrica e as estimativas do uso de água por diferentes setores. 

“Isso contribuirá bastante para a sistematização e a disseminação de estatísticas e indicadores relacionados às diferentes bacias, em prol da melhoria no planejamento e na gestão hídrica no Brasil”, disse o gerente do IBGE.

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Segundo o IBGE, a BHB250 foi desenvolvida também a partir da Base Hidrográfica Ottocodificada (BHO) da ANA, selecionando bacias hidrográficas em cinco diferentes níveis hierárquicos, desde as bacias menores, que abastecem as maiores.

Parceria

Para a gerente geral de Meio Ambiente do IBGE, Maria Luisa Pimenta, a divulgação das bases é uma continuidade da parceria do IBGE com a ANA, que se consolida a cada ano. “Há uma ampla colaboração e a Agência se tornou um parceiro que vem sendo cada vez mais estratégico e relevante para o instituto”, revelou.

Já o coordenador de Conjuntura e Gestão da Informação da ANA, Marcus Fuckner, destacou que a junção de esforços técnicos e a experiência das instituições resultam em ganhos para a sociedade. “A ANA é uma instituição mais jovem, tem 21 anos, mas desde o início tem um papel importante na produção de base de dados e informações dos recursos hídricos brasileiros. Ao trabalhar a partir da cartografia oficial produzida pelo IBGE, conseguimos avançar delimitando as bacias, e produzindo estatísticas e subsídios para a sociedade entender melhor a questão dos recursos hídricos”, completou.

A ANA e o IBGE também elaboram conjuntamente as Contas Econômicas Ambientais da Água, que integra as bases de dados das Contas Nacionais do IBGE aos dados de usos e estoques de água produzidos pela ANA.

Edição: Fernando Fraga

Fonte: EBC Geral

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Ministro diz que governo atendeu reivindicação do MST em Pernambuco

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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta segunda-feira (15) que o governo deu andamento às reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco. Na madrugada de ontem (14), integrantes do movimento ocuparam duas áreas da Embrapa em Petrolina, no interior pernambucano.

Uma das áreas ocupadas pelo movimento, de acordo com a Embrapa, faz parte do Campo Experimental de Caatinga e é destinado aos rebanhos de criação extensiva. No entanto, o MST alega que o terreno de 1,5 mil hectares é improdutivo. É a terceira vez que o MST ocupa uma área da Embrapa Seminário, unidade com sede em Petrolina.

“Sobre a Embrapa de Petrolina, nós vamos assinar essa semana uma transferência de recurso para que a empresa possa produzir sementes para agricultores familiares daquela região, que é uma das reivindicações [do MST]. Uma segunda reivindicação é o assentamento no perímetro irrigado. E a terceira reivindicação é sobre a abertura de um escritório do Incra, que fica a 600 quilômetros [de Recife]. Essas três já estão em andamento no âmbito do Incra. Assim, entendemos que atendemos às reinvindicações e o protesto já está atendido”, afirmou Teixeira, durante coletiva de imprensa para detalhar o lançamento do programa Terra da Gente, que pretende retomar a destinação de terras para a reforma agrária.

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As ocupações do MST fazem parte do Abril Vermelho, uma série de ações realizadas neste mês para lembrar o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, quando 21 trabalhadores foram executados por policiais militares durante uma marcha por reforma agrária. A jornada de lutas começou no fim de semana e prossegue até a próxima sexta-feira (19). Segundo o MST, foram realizadas, até o momento, cerca de 30 ações, incluindo 24 ocupações de terras em 11 estados.    

Fonte: EBC GERAL

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