Impacto das Tarifas Internacionais e da Política Monetária na Economia Brasileira

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O recente estudo do Rabobank, elaborado pelos economistas Maurício Une e Renan Alves, oferece uma análise detalhada do cenário macroeconômico do Brasil, destacando o impacto das decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) e das tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos. O relatório, intitulado “Vêm as tarifas…?”, explora como esses fatores influenciam a economia nacional e suas perspectivas para 2025.

Cenário Externo: Tarifas dos EUA e Política Monetária

Em consonância com promessas de campanha, o governo de Donald Trump anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre produtos provenientes do Canadá e do México, com início previsto para 4 de fevereiro. Paralelamente, o Federal Reserve (Fed) optou por manter suas taxas de juros inalteradas, variando entre 4,25% e 4,50%. O Rabobank antecipa um único corte nos juros americanos, projetado para junho de 2025. Essas decisões ampliam a incerteza nos mercados globais, impactando diretamente o desempenho do real brasileiro, que, mesmo assim, apresentou uma valorização de 1,2% na última semana, encerrando a cotação em R$ 5,8443 por dólar.

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Cenário Interno: Política Monetária e Indicadores Econômicos

No Brasil, a primeira reunião do Copom sob a presidência de Gabriel Galípolo resultou em um aumento de 100 pontos-base na taxa Selic, que passou para 13,25%. O Rabobank estima que a Selic poderá chegar a 15% ao longo de 2025, refletindo um possível desaquecimento da atividade econômica. Em relação ao setor fiscal, o resultado primário do setor público em 2024 foi um déficit de R$ 47,6 bilhões, o que representa -0,40% do PIB. Excluindo as despesas extraordinárias, o governo central conseguiu cumprir a meta fiscal, com um déficit ajustado de -0,1% do PIB.

No mercado de trabalho, os indicadores foram mistos. A taxa de desemprego fechou 2024 em 6,2%, um leve aumento em relação ao mês anterior, mas ainda abaixo dos 7,4% registrados em dezembro de 2023. A massa salarial, por sua vez, continuou sua trajetória de crescimento, com um aumento anual de 7,4% em dezembro, o maior registrado desde o início da série histórica.

Perspectivas para 2025: Desafios e Expectativas

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O Rabobank projeta que o dólar deve encerrar 2025 cotado a R$ 5,94, refletindo tanto as incertezas globais quanto os desafios internos do Brasil. O mercado aguardará com atenção a ata da última reunião do Copom, prevista para ser divulgada nesta semana, com o objetivo de compreender a estratégia do Banco Central diante das pressões inflacionárias. Além disso, serão divulgados os dados da produção industrial de dezembro e da balança comercial de janeiro, enquanto o Chile e a Colômbia apresentarão seus índices de preços ao consumidor e exportações.

Com um cenário global ainda volátil e desafios econômicos internos significativos, a condução das políticas monetária e fiscal será crucial para o desempenho da economia brasileira em 2025.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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Expodireto 2025: Estratégias para Maximizar a Rentabilidade da Produção de Erva-Mate

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Durante a Expodireto Cotrijal 2025, o 17º Fórum Florestal trouxe à tona debates sobre como valorizar a erva-mate do Rio Grande do Sul e explorar o potencial da geração de créditos de carbono. O evento destacou, ainda, a realização de um concurso para premiar a maior árvore da espécie no estado.

Enio Schroeder, vice-presidente da Cotrijal, sublinhou a importância da preservação ambiental e os impactos positivos da iniciativa. “O Fórum Florestal é fundamental porque aborda questões essenciais para a nossa vida, como a necessidade de preservarmos as florestas e a natureza. É um espaço de reconhecimento para aqueles que, muitas vezes sem visibilidade, fazem uma enorme diferença”, afirmou.

Selia Felizari, coordenadora do Polo Ervateiro do Nordeste Gaúcho e presidente da Apromate, anunciou a concessão do Registro de Indicação Geográfica “Erva-mate Região de Machadinho”, conferido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 4 de fevereiro. “Este registro é um marco na valorização da erva-mate e no reconhecimento da história da colonização da região, com imigrantes italianos que chegaram em busca do ‘ouro-verde’, a erva-mate nativa”, explicou.

Os estudos para essa certificação começaram em 2014 e resultaram no registro da cultivar Cambona 4 no Ministério da Agricultura e Pecuária. A iniciativa visa conciliar produção e sustentabilidade, com práticas que incorporam espécies nativas nas áreas de cultivo. Segundo Selia, a erva-mate, quando bem manejada, oferece maior rentabilidade do que culturas como a soja. “Plantamos erva-mate junto a outras espécies nativas, e a produtividade é excelente, já que essas terras são de fácil manejo”, afirmou.

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A Apromate, que reúne 591 produtores, espera que a certificação contribua para valorizar ainda mais o produto, além de incentivar o turismo e ampliar os mercados. Entre os principais importadores da erva-mate gaúcha estão Uruguai, Síria, Estados Unidos e países europeus.

Outro ponto importante abordado no fórum foi a geração de créditos de carbono por meio do cultivo de erva-mate. Gabriel Dedini, engenheiro agrônomo da Fundação Solidaridad, apresentou um projeto que visa conectar a produção agrícola ao sequestro de carbono. “Estamos trabalhando com a cultura da erva-mate no Sul do Brasil desde 2014, desenvolvendo modelos agrícolas de baixo carbono com assistência técnica responsável”, explicou Dedini.

O projeto busca criar uma rede de produção sustentável e promover a erva-mate no mercado internacional, além de gerar pagamentos por serviços ambientais. Dedini mencionou que investimentos de milhões de euros estão sendo considerados para implementar o projeto em três polos ervateiros do estado.

No encerramento do evento, foi lançado o concurso “Árvores Gigantes do Rio Grande do Sul – 2025: o ano da erva-mate”. Jaime Martinez, professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), explicou que o concurso visa identificar a maior árvore da espécie Ilex paraguariensis do estado. “Queremos despertar nos proprietários rurais o interesse pelas árvores de suas propriedades, valorizando as árvores mais antigas e geneticamente resistentes”, disse.

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As inscrições para o concurso serão realizadas nos escritórios da Emater/RS, com o resultado sendo anunciado no Dia da Árvore, em 21 de setembro de 2025. O concurso será coordenado pelo Laboratório de Manejo da Vida Silvestre (LAMVis) da UPF, com apoio da Emater/RS e participação de entidades do setor ervateiro.

O Fórum Florestal contou com a promoção da Emater/RS, Cotrijal, Programa Gaúcho para a Qualidade e Valorização da Erva-Mate, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Embrapa Florestas, Sindimate/RS, Sindimadeira/RS, Ageflor, Ibramate e Apromate.

Fonte: Portal do Agronegócio

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