Impacto das Tarifas no Etanol: Nordeste Pouco Afetado pelas Medidas dos EUA

A recente política de equiparação tarifária implementada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem gerado discussões sobre o impacto nas exportações de etanol. No entanto, as exportações do biocombustível produzido no Nordeste brasileiro não deverão ser significativamente afetadas. Em 2024, o Brasil exportou 2,7 bilhões de litros de etanol, de um total de 35 bilhões produzidos. A Coreia do Sul foi o maior destino, com 41,8% das exportações, seguida pelos Estados Unidos, com 16,3%, e pela Holanda, com 8%.
As exportações nordestinas representam uma pequena parcela do total, abaixo de 0,5% da produção nacional. A região produz cerca de 2,4 bilhões de litros anualmente, e, em determinados períodos, exporta até 1 bilhão de litros, com destaque para os mercados asiáticos. Caso ocorra uma redução na demanda dos Estados Unidos, o Brasil manterá sua presença em outros mercados, como Nigéria, Filipinas, Singapura, Japão, Índia e Gana.
A Renewable Fuels Association (RFA), entidade que representa o setor de biocombustíveis nos Estados Unidos, defende que a tarifa visa restabelecer uma relação comercial mais equilibrada. O presidente da RFA, Geoff Cooper, critica as tarifas impostas pelo Brasil desde 2017, que teriam causado uma queda nas exportações de etanol dos EUA, de 489 milhões de galões em 2018 para apenas 28 milhões de galões em 2024. Contudo, especialistas como Renato Cunha, presidente do Sindaçúcar-PE, destacam que a desvalorização do real também contribuiu para essa redução.
Para as entidades brasileiras do setor, a tarifa norte-americana não leva em consideração o diferencial ambiental do etanol brasileiro. A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) e a Bioenergia Brasil ressaltam que o etanol de cana tem uma pegada de carbono significativamente inferior à do etanol de milho produzido nos Estados Unidos. Além disso, enquanto os EUA subsidiam sua produção com a Farm Bill, o Brasil adota um modelo baseado em incentivos ambientais, por meio do RenovaBio, que visa reduzir as emissões de carbono sem impor barreiras comerciais.
O RenovaBio, instituído pela Lei 13.576/2017, busca incentivar a produção de biocombustíveis de forma sustentável, ao passo que a Farm Bill dos EUA concede subsídios diretos aos produtores agrícolas, gerando distorções no mercado internacional. Antes da desvalorização do real, os Estados Unidos exportavam mais de 1 bilhão de litros de etanol para o Brasil, sendo 90% destinados ao Nordeste. Esse volume, geralmente, chega em plena safra, impactando a economia local e gerando desemprego. Renato Cunha destaca: “A produção poderia ser facilmente absorvida pelo mercado norte-americano se o etanol fosse incorporado à gasolina, como ocorre no Brasil”.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Rumo Anuncia Emissão de R$ 1,8 Bilhão em Debêntures

A Rumo Logística comunicou a realização de uma oferta pública de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor de R$ 1,8 bilhão. A oitava emissão, que pode ser dividida em até duas séries, será feita por meio de sua subsidiária, a Rumo Malha Paulista S.A. O procedimento de bookbuilding está previsto para o dia 26 de março, com liquidação das debêntures marcada para 28 de março.
Os recursos arrecadados com a emissão serão exclusivamente destinados ao pagamento ou reembolso de despesas e acordos relacionados a outorgas, concessões e arrendamentos realizados nos últimos 36 meses.
O projeto “Prorrogação Antecipada da Concessão da Rumo Malha Paulista” teve início em 2020, quando foi realizado o pré-pagamento da outorga, quitando 70 parcelas trimestrais entre 5 de dezembro de 2020 e 5 de março de 2038, totalizando R$ 2,823 bilhões. Atualmente, o projeto se encontra na fase de investimentos e cumprimento das obrigações contratuais previstas no Contrato de Concessão, cujo valor estimado para sua execução é de R$ 3,495 bilhões, com previsão de conclusão em 2058.
A Rumo destacou ainda que o contrato inclui uma série de investimentos voltados à modernização da infraestrutura ferroviária, como a duplicação de trechos, ampliação de pátios de cruzamento, e a automação da circulação dos trens. Essas melhorias visam aumentar a eficiência operacional e contribuir para a redução dos gases de efeito estufa (GEE).
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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