Impacto do Aumento da Mistura de Etanol na Gasolina no Brasil

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O relatório da Consultoria Agro do Itaú BBA traz projeções detalhadas sobre os efeitos do aumento do teor de etanol anidro na gasolina, conforme previsto na Lei “Combustível do Futuro”. O estudo foca no cenário de elevação da mistura de etanol anidro de 27% (E27) para 30% (E30), prevista para o ano-safra 2025/26, analisando tanto os impactos no consumo quanto nos preços dos combustíveis.

Segundo as estimativas, a medida poderia elevar o consumo de etanol anidro no Brasil em 1,7 bilhão de litros no período, enquanto o preço médio do etanol hidratado no estado de São Paulo subiria 4,3%, atingindo R$ 3,19/L na média da safra.

Impactos no mercado de combustíveis

No cenário E30, o consumo total do Ciclo Otto se mantém em 61,5 bilhões de litros equivalentes de gasolina. Contudo, a alocação entre os tipos de combustível sofreria alterações:

O consumo de etanol hidratado cairia 1,8 bilhão de litros, totalizando 21,6 bilhões de litros.

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Já a “gasolina C” (gasolina misturada com etanol) teria um aumento de 1,3 bilhão de litros, alcançando 46,4 bilhões de litros.

O consumo de gasolina pura (gasolina A) apresentaria uma redução de 460 milhões de litros, fechando em 32,5 bilhões de litros.

Política de biocombustíveis e avanços técnicos

A implementação do aumento do teor de etanol na gasolina depende da conclusão de testes técnicos de viabilidade, cujo resultado é aguardado até fevereiro de 2025. Caso aprovado pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), a nova regra pode entrar em vigor já em abril, coincidindo com o início da safra de etanol.

Embora a mudança não deva aumentar a oferta total de etanol no curto prazo, ela está alinhada com a política de incentivo aos biocombustíveis, que visa fortalecer a demanda e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.

Conclusão

O aumento do teor de etanol na gasolina promove avanços na sustentabilidade e incentiva investimentos no setor de biocombustíveis. Apesar de desafios como a oferta limitada de etanol hidratado, a iniciativa reforça a transição para uma matriz energética mais limpa, com ganhos econômicos e ambientais significativos para o Brasil.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Sistema Faemg Senar alerta para desafios da cafeicultura na safra 25

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A cafeicultura mineira enfrenta um cenário desafiador para a safra 2025, com impacto do clima adverso na produção e forte volatilidade no mercado. Segundo um informativo do Sistema Faemg Senar, a falta de chuvas e as altas temperaturas prejudicaram o desenvolvimento das lavouras, enquanto os preços futuros do café oscilaram diante da incerteza sobre a oferta brasileira. O relatório também aponta que as exportações no Sudeste Asiático seguem aquecidas, o que pode influenciar a competitividade do produto nacional.

De acordo com o levantamento, o desempenho das exportações de café no Vietnã e na Indonésia tem apresentado resultados contrastantes. No Vietnã, entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, os embarques totalizaram 11,44 milhões de sacas, embora ainda abaixo dos 13,24 milhões de sacas registrados na safra anterior. A principal razão dessa queda está relacionada à menor produção e estoques reduzidos. Já na Indonésia, o cenário é mais positivo. As exportações da temporada 2024/2025, entre abril de 2024 e janeiro de 2025, somaram 6,49 milhões de sacas, superando as expectativas e refletindo um aumento de 20% em relação ao ano anterior. A recuperação da safra e os preços atrativos ajudaram a impulsionar os embarques, e a estimativa é que as exportações alcancem 7,9 milhões de sacas.

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No Brasil, as incertezas sobre a produção continuam a afetar o mercado. O contrato de café para maio de 2025, que atingiu 410 c/lb, reflete o impacto de um clima adverso e a redução da oferta. Embora as previsões de chuvas possam suavizar a pressão sobre os preços, a alta volatilidade no mercado continua a ser um fator de preocupação para os produtores. No mercado físico de Minas Gerais, em fevereiro de 2025, o preço do café arábica tipo 6 registrou um aumento de 2,7%, com as regiões produtoras apresentando variações significativas: a Chapada de Minas teve uma alta de 13,8%, atingindo R$ 2.730/sc, enquanto o Cerrado Mineiro registrou R$ 2.701/sc, com um aumento de 5,7%.

Os desafios climáticos, como as altas temperaturas e a falta de chuvas, também afetaram a fase crítica da granação dos frutos, que define a qualidade e a produtividade da safra. A previsão para março é de retorno das chuvas em volumes acima da média histórica, especialmente nas regiões Sul de Minas, Campos das Vertentes e Montanhas de Minas. Com isso, a recomendação para os cafeicultores é seguir as previsões meteorológicas e intensificar o manejo fitossanitário das lavouras, controlando pragas e investindo em práticas nutricionais para garantir um bom desenvolvimento das plantas.

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A expectativa é que os preços do café fiquem entre R$ 2.500 e R$ 3.000 por saca até a entrada da safra, mas com uma possibilidade de queda devido à colheita. A orientação é que os produtores se atentem ao gerenciamento da produção, para mitigar perdas e otimizar os resultados durante este período de incerteza.

Fonte: Pensar Agro

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