Impacto do Verão no Sudeste Pode Afetar Produção de Café e Pressionar Preços

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O verão de 2025 no Sudeste do Brasil promete trazer desafios climáticos significativos para a produção de café arábica e conilon, com consequências diretas para o agronegócio e a economia nacional. A cafeicultura, que desempenha um papel central na economia brasileira, foi recentemente apontada como um dos principais fatores da inflação em 2024. O cenário climático adverso, com chuvas acima da média e alta umidade, pode gerar pressões adicionais sobre os preços no mercado interno, afetando diretamente o consumidor.

De acordo com a AtmosMarine, empresa especializada em meteorologia e oceanografia, o fenômeno La Niña foi oficialmente confirmado, embora com intensidade fraca. O índice Niño 3.4 atingiu -0.5, com previsão de permanência até março ou abril. Apesar de sua influência ser limitada devido à sua atuação tardia, o fenômeno pode trazer anomalias negativas de temperatura e anomalias positivas de precipitação, especialmente em função da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), afetando diretamente a cafeicultura.

A ZCAS, característica do verão brasileiro, transporta grandes volumes de umidade da Amazônia para o Sudeste, gerando chuvas persistentes e nebulosidade por vários dias. Esse excesso de precipitação, combinado com temperaturas mais amenas, cria condições ideais para o surgimento de doenças fúngicas, como a ferrugem-do-cafeeiro (Hemileia vastatrix) e a mancha de phoma, que se desenvolvem em ambientes de alta umidade.

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Segundo Luiz do Carmo, meteorologista da AtmosMarine, “além do risco fitossanitário, solos saturados podem comprometer o sistema radicular das plantas, prejudicando a absorção de nutrientes e causando o amarelamento das folhas, o que impacta diretamente a produtividade. O excesso de chuvas também dificulta práticas essenciais de manejo, como a aplicação de defensivos, e aumenta o risco de erosão, especialmente em áreas montanhosas”.

Por outro lado, o especialista destaca que as temperaturas mais amenas podem ter um efeito benéfico, favorecendo um desenvolvimento vegetativo mais lento, o que contribui para uma maturação mais uniforme dos grãos – uma característica desejável para a qualidade do café.

Em resumo, o cenário climático do verão no Sudeste do Brasil apresenta riscos e oportunidades para a produção de café, com a possibilidade de impactar tanto a oferta quanto os preços do produto no mercado interno.

Fonte: Portal do Agronegócio

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China Desenvolve Batatas Adaptadas ao Clima Quente

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Com o aquecimento global ameaçando a produtividade agrícola, cientistas chineses estão empenhados no desenvolvimento de variedades de batata capazes de prosperar em temperaturas elevadas. O projeto visa mitigar os impactos climáticos sobre a agricultura e garantir a segurança alimentar em um cenário de crise, onde as mudanças climáticas ameaçam afetar a produção de alimentos essenciais.

A pesquisa está sendo conduzida em uma instalação no noroeste de Pequim, onde as plantas são cultivadas sob temperaturas simuladas, três graus acima da média das principais regiões produtoras de batata da China, como Hebei e Mongólia Interior. Os primeiros resultados indicam que o calor acelera o crescimento das batatas em até 10 dias, mas, ao mesmo tempo, pode reduzir consideravelmente sua produtividade, o que exige o desenvolvimento de novas estratégias para garantir a viabilidade da cultura.

O projeto faz parte de um esforço global e conta com a colaboração do Centro Internacional da Batata (CIP), no Peru, além do apoio do governo chinês. Os pesquisadores não apenas buscam variedades mais resistentes ao calor, mas também investigam formas de adaptação agrícola para enfrentar eventos climáticos extremos, como secas e inundações, com o objetivo de assegurar a continuidade da produção.

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Diante dos desafios impostos pela crise climática, a China, maior produtora mundial de batatas, aposta na inovação científica para enfrentar os efeitos do aquecimento global. Este esforço evidencia a crescente necessidade de investimentos em tecnologia agrícola para proteger cultivos essenciais à segurança alimentar mundial. As informações foram divulgadas pelo portal Brasil Amazônia Agora, em uma publicação no LinkedIn.

Fonte: Portal do Agronegócio

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