Importações de Pera Crescem para US$ 164 Milhões em 2024

De acordo com o Boletim Semanal de Conjuntura Agropecuária, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) nesta quinta-feira (23), a produção de pera no Brasil alcançou 15,7 mil toneladas em 2023. Esse volume posiciona o país no 22º lugar em termos de produção entre as frutas cultivadas e no 21º em Valor Bruto da Produção (VBP), com uma estimativa de R$ 55,8 milhões, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O cultivo de pera no Brasil ocupa 1.019 hectares, uma parcela pequena do total de 3,1 milhões de hectares destinados à fruticultura nacional.
O Rio Grande do Sul é o maior produtor do país, com 47,5% da produção, seguido por Santa Catarina, com 31,3%, e Paraná, com 10,1%. Caxias do Sul, no Rio Grande do Sul, destaca-se como o maior produtor individual, representando 26% do volume total colhido no Brasil.
No Paraná, o terceiro maior produtor do Brasil, a produção de pera foi de 1,6 mil toneladas em 2023, distribuídas por 110 hectares. Nos últimos dez anos, a área cultivada na região diminuiu em 36,4%, e a produção caiu 32,3%. A região metropolitana de Curitiba concentra 60,3% da produção do estado, com destaque para Araucária, que responde por quase metade (49,6%) do total.
Preços e Importações de Pera
Com o início da colheita, os preços das peras comuns nas Ceasas de Curitiba atingiram R$ 90,00 por caixa de 20 kg. Para a variedade Yari, os preços sobem para R$ 140,00, impulsionados pela oferta de pomares em Santa Catarina e Paraná. As peras importadas da Argentina e dos Estados Unidos têm preços variando entre R$ 130,00 e R$ 170,00 por caixa de 18 kg.
Em 2024, as importações brasileiras de pera representaram 22,6% do volume e 14,4% dos custos totais das frutas importadas, sendo a pera a segunda fruta mais comprada do exterior. O Brasil importou 169,2 mil toneladas de peras, no valor de US$ 164,3 milhões, principalmente da Argentina (73,5%) e de Portugal (17,7%), conforme dados da Agrostat/Mapa.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.
A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
Exportações em Perspectiva
Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.
No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.
Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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