Indicador de turismo sobe 88% após volta de eventos em São Paulo

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O Índice Mensal de Atividade do Turismo (Imat), medido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo de São Paulo (FecomercioSP), apontou alta de 88% na capital paulista em março, em comparação com março de 2021. Segundo a entidade, a elevação ocorre após o retorno de eventos com público na cidade, como o Festival Lollapalooza, realizado de 25 a 27 de março.

Dentre as variáveis que compõem o índice, a taxa de ocupação hoteleira foi o destaque com elevação de 20,8% na comparação com o mesmo período de 2021. Também avançou, em março, a movimentação nas rodoviárias: cerca de um milhão de passageiros passaram pelos terminais da capital – 600 mil a mais do que em março do ano passado. 

Alta nos aeroportos

Nos aeroportos de São Paulo, Congonhas e Guarulhos, a movimentação em março foi de 3,9 milhões de passageiros, alta de 146% na comparação anual. 

A retomada do turismo também impactou o emprego. As atividades relacionadas ao setor aumentaram as contratações em 5% no contraponto anual, representando 18 mil novos trabalhadores com carteira assinada em relação aos números de março de 2021.

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O Imat é composto por cinco variáveis: estoque de empregos diretos do turismo; faturamento do setor do turismo na cidade de São Paulo; movimentação dos terminais rodoviários de São Paulo; movimentação dos aeroportos de São Paulo, exceto Viracopos; e taxa de ocupação da rede hoteleira de São Paulo.

Edição: Kleber Sampaio

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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