Inmet prevê um abril com chuvas abaixo e calor acima da média

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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou suas previsões para o mês de abril, apontando uma tendência de chuvas abaixo ou próximas da média em várias regiões do Brasil.

A transição do fenômeno El Niño para a neutralidade é esperada para este período, o que poderá impactar as condições climáticas em todo o país. Entretanto, espera-se que as temperaturas se mantenham significativamente acima da média em áreas centrais do território nacional.

Uma das regiões que pode sentir os efeitos desse cenário é o Matopiba, que engloba partes do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Nos últimos meses, essa região tem desfrutado de níveis satisfatórios de umidade no solo, favorecendo o desenvolvimento das culturas agrícolas.

No entanto, a previsão de chuvas abaixo da média para abril pode impactar o potencial produtivo das lavouras em crescimento, embora possa beneficiar o processo de colheita. Situação semelhante é esperada para os estados de Mato Grosso e Goiás, que também podem enfrentar uma redução nas precipitações durante este período de transição.

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A irregularidade das chuvas em março já trouxe preocupações para diversos setores agrícolas em todo o país. A maioria das regiões brasileiras registrou condições de chuvas abaixo da média ao longo do mês, com exceção de áreas específicas no norte do país, que experimentaram acumulados expressivos. O sul do Rio Grande do Sul, por exemplo, foi uma das áreas que se destacaram pelas chuvas mais intensas.

As projeções climáticas indicam que as águas do Oceano Pacífico Equatorial continuarão a esfriar nas próximas semanas, apontando para uma possível neutralidade até o final de abril. Esse enfraquecimento do fenômeno El Niño pode persistir nos próximos meses, com a probabilidade de uma La Niña emergir entre julho e setembro.

Em termos de temperatura, espera-se que abril apresente marcas acima da média em praticamente todo o país, com exceção de algumas áreas do sul do Rio Grande do Sul. Quanto às chuvas, a entrada da Neutralidade climática pode trazer variações pontuais, influenciadas por outros fenômenos atmosféricos. No entanto, as projeções apontam para chuvas acima da média em algumas áreas do norte e nordeste do país, enquanto regiões do centro-oeste e sudeste podem enfrentar uma redução nas precipitações.

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Diante desse cenário, diferentes setores agrícolas estarão atentos às condições climáticas, especialmente aqueles envolvidos com o milho safrinha, soja em fase final de ciclo, trigo, sorgo, algodão e café, cujas produções podem ser afetadas pelas variações climáticas previstas para abril. A atenção dos produtores será crucial para garantir o manejo adequado das lavouras e minimizar os impactos dessas condições climáticas sobre a produção agrícola brasileira.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Sistema Faemg Senar alerta para desafios da cafeicultura na safra 25

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A cafeicultura mineira enfrenta um cenário desafiador para a safra 2025, com impacto do clima adverso na produção e forte volatilidade no mercado. Segundo um informativo do Sistema Faemg Senar, a falta de chuvas e as altas temperaturas prejudicaram o desenvolvimento das lavouras, enquanto os preços futuros do café oscilaram diante da incerteza sobre a oferta brasileira. O relatório também aponta que as exportações no Sudeste Asiático seguem aquecidas, o que pode influenciar a competitividade do produto nacional.

De acordo com o levantamento, o desempenho das exportações de café no Vietnã e na Indonésia tem apresentado resultados contrastantes. No Vietnã, entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, os embarques totalizaram 11,44 milhões de sacas, embora ainda abaixo dos 13,24 milhões de sacas registrados na safra anterior. A principal razão dessa queda está relacionada à menor produção e estoques reduzidos. Já na Indonésia, o cenário é mais positivo. As exportações da temporada 2024/2025, entre abril de 2024 e janeiro de 2025, somaram 6,49 milhões de sacas, superando as expectativas e refletindo um aumento de 20% em relação ao ano anterior. A recuperação da safra e os preços atrativos ajudaram a impulsionar os embarques, e a estimativa é que as exportações alcancem 7,9 milhões de sacas.

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No Brasil, as incertezas sobre a produção continuam a afetar o mercado. O contrato de café para maio de 2025, que atingiu 410 c/lb, reflete o impacto de um clima adverso e a redução da oferta. Embora as previsões de chuvas possam suavizar a pressão sobre os preços, a alta volatilidade no mercado continua a ser um fator de preocupação para os produtores. No mercado físico de Minas Gerais, em fevereiro de 2025, o preço do café arábica tipo 6 registrou um aumento de 2,7%, com as regiões produtoras apresentando variações significativas: a Chapada de Minas teve uma alta de 13,8%, atingindo R$ 2.730/sc, enquanto o Cerrado Mineiro registrou R$ 2.701/sc, com um aumento de 5,7%.

Os desafios climáticos, como as altas temperaturas e a falta de chuvas, também afetaram a fase crítica da granação dos frutos, que define a qualidade e a produtividade da safra. A previsão para março é de retorno das chuvas em volumes acima da média histórica, especialmente nas regiões Sul de Minas, Campos das Vertentes e Montanhas de Minas. Com isso, a recomendação para os cafeicultores é seguir as previsões meteorológicas e intensificar o manejo fitossanitário das lavouras, controlando pragas e investindo em práticas nutricionais para garantir um bom desenvolvimento das plantas.

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A expectativa é que os preços do café fiquem entre R$ 2.500 e R$ 3.000 por saca até a entrada da safra, mas com uma possibilidade de queda devido à colheita. A orientação é que os produtores se atentem ao gerenciamento da produção, para mitigar perdas e otimizar os resultados durante este período de incerteza.

Fonte: Pensar Agro

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