Insumos Biológicos: Uma Solução Sustentável para os Desafios da Cafeicultura

A cafeicultura brasileira, constantemente desafiada por questões como mudanças climáticas e o aumento dos custos de insumos, encontra nos insumos biológicos uma estratégia cada vez mais eficiente para garantir a sustentabilidade e a produtividade do setor. Em um cenário de crescente adoção de práticas sustentáveis no campo, o Brasil se destaca como líder global no uso de bioinsumos, que englobam biofertilizantes, biodefensivos, inoculantes e bioestimulantes.
A pesquisa “Global Farmer Insights 2024”, realizada pela McKinsey & Company, revela que produtores de diversas partes do mundo, incluindo o Brasil, estão priorizando a melhora da produtividade como resposta aos desafios globais, como a volatilidade nos preços das commodities e eventos climáticos extremos. A adoção de tecnologias agrícolas sustentáveis, como os insumos biológicos, surge como uma alternativa viável para reduzir custos e aumentar a eficiência na proteção das lavouras, promovendo uma agricultura mais eficiente e com menor impacto ambiental.
A aplicação de produtos biológicos no Brasil tem mostrado resultados expressivos. De acordo com dados da CropLife Brasil, o mercado de bioinsumos cresceu 15% na safra 2023/24, atingindo um faturamento de R$ 5 bilhões. O país se beneficia de um robusto programa de pesquisa e desenvolvimento, aliado a políticas públicas como o Programa Nacional de Bioinsumos, lançado em 2020, que visam reduzir a dependência de insumos importados e incentivar o uso de práticas agrícolas mais sustentáveis.
No entanto, para que o setor possa avançar ainda mais, era necessário um marco regulatório claro, o que foi conquistado no final de 2024 com a aprovação da Lei nº 15.070/2024, que estabelece diretrizes específicas para a produção, comercialização e uso de bioinsumos no país. Essa legislação é um marco importante para a cafeicultura, especialmente por permitir e regulamentar a produção de bioinsumos diretamente nas propriedades rurais, incentivando a autossuficiência dos produtores e a redução de custos.
No controle biológico das pragas do café, o uso de fungos como o Beauveria bassiana, eficaz no combate à broca do café e cochonilhas, e o controle da ferrugem e nematóides por meio de fungos do gênero Trichoderma, são exemplos de práticas que vêm sendo aplicadas com sucesso nas lavouras. O uso de predadores naturais também tem sido amplamente adotado, como no caso do bicho mineiro, controle realizado com a liberação de crisopídeos. Esses agentes biológicos podem ser produzidos nas propriedades rurais, atendendo aos requisitos técnicos necessários, consolidando a prática do “on farm” como uma tendência crescente na cafeicultura.
Com a regulamentação do uso de bioinsumos, a segurança jurídica foi fortalecida, oferecendo maior credibilidade e confiança para os produtores. Contudo, para que esses produtos sejam aplicados com sucesso, é essencial que os cafeicultores busquem orientação técnica, garantindo a eficácia e a segurança no uso dos bioinsumos, além de integrá-los em um sistema de produção sustentável, que envolva práticas como o manejo adequado do solo, o uso de variedades resistentes e o controle cultural e químico racional.
O uso de bioinsumos representa um avanço para a cafeicultura brasileira, atendendo à crescente demanda do mercado por produtos mais saudáveis e sustentáveis, ao mesmo tempo em que contribui para o aumento da produtividade, a qualidade dos grãos e a redução do impacto ambiental.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Previsão do IBGE para Safra 2025: Aumento de 10,6% em Relação a 2024

Em fevereiro, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou suas projeções para a safra de 2025, que totaliza 323,8 milhões de toneladas de cereais, leguminosas e oleaginosas, representando um aumento de 10,6% em comparação à produção de 2024, que foi de 292,7 milhões de toneladas. A previsão é de um acréscimo de 31,1 milhões de toneladas, embora a estimativa seja 0,5% inferior à de janeiro, com uma queda de 1,6 milhão de toneladas.
A área a ser colhida em 2025 será de 81,0 milhões de hectares, um crescimento de 2,4% em relação ao ano anterior, o que equivale a 1,9 milhão de hectares a mais. Em comparação a janeiro, houve um pequeno aumento de 28.921 hectares, ou 0,0%.
Os três principais produtos que compõem a estimativa de safra são arroz, milho e soja, os quais, somados, representam 92,9% da produção prevista e ocupam 87,5% da área a ser colhida. A área destinada à produção de algodão herbáceo (em caroço) cresceu 3,2%, enquanto o arroz em casca teve um aumento de 7,1%. Outros produtos, como feijão, soja e milho, também apresentaram variações significativas em suas áreas cultivadas e estimativas de produção.
Entre os destaques da estimativa estão a soja, com uma previsão de 164,4 milhões de toneladas, e o milho, que deve alcançar 124,8 milhões de toneladas (com 25,3 milhões de toneladas na primeira safra e 99,5 milhões de toneladas na segunda safra). Já a produção de arroz é estimada em 11,5 milhões de toneladas, a de trigo em 7,2 milhões de toneladas, a de algodão herbáceo (em caroço) em 9,0 milhões de toneladas, e a de sorgo em 4,1 milhões de toneladas.
Variação Regional da Produção e Participação por Estado
Em relação às variações anuais de produção por região, o Centro-Oeste, Sul, Sudeste, Nordeste e Norte apresentaram aumentos na produção, destacando-se o Sul, com 11,7% de crescimento. No entanto, as variações mensais indicaram declínios nas produções do Norte e Sul, enquanto o Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste registraram acréscimos.
Mato Grosso segue como o maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 29,8%, seguido por Paraná (13,6%), Goiás (11,5%), Rio Grande do Sul (11,4%), Mato Grosso do Sul (7,9%) e Minas Gerais (5,6%). Esses estados juntos respondem por 79,8% da produção total do país. As regiões Centro-Oeste e Sul dominam a produção, com participações de 49,4% e 27,0%, respectivamente.
Destaques por Produto na Estimativa de Fevereiro de 2025
Em relação ao mês de janeiro, a produção de diversos produtos apresentou variações. O café canephora teve um aumento de 1,5%, e a produção de arroz cresceu 0,7%. Já a produção de milho da segunda safra aumentou 0,6%, enquanto a batata da segunda safra teve uma pequena elevação de 0,3%. Por outro lado, houve quedas na produção de batata da primeira safra (-4,8%), feijão da primeira safra (-1,9%) e soja (-1,3%).
As estimativas de produção também variaram significativamente entre os estados. Goiás, Minas Gerais e Paraná foram os estados com as maiores variações absolutas positivas, enquanto o Rio Grande do Sul, Rondônia e Alagoas registraram quedas em suas previsões.
Perspectivas para Produtos Específicos
- Arroz (em casca): A produção foi estimada em 11,5 milhões de toneladas, um aumento de 0,7% em relação ao mês anterior e de 9,0% em relação a 2024. O crescimento na área plantada se deve à atratividade dos preços da cultura.
- Batata-inglesa: A produção deve alcançar 4,3 milhões de toneladas, uma redução de 2,2% em relação ao mês de janeiro, com São Paulo apresentando uma queda de 16,8% na estimativa de produção.
- Café (em grão): A produção total de café, considerando as espécies arábica e canephora, foi estimada em 3,2 milhões de toneladas. A produção de café arábica teve uma queda de 12,8% em relação a 2024, refletindo uma bienalidade negativa. Já o café canephora apresentou crescimento de 4,9%.
- Cereais de inverno (em grão): Para o trigo, a produção foi estimada em 7,2 milhões de toneladas, com uma queda de 3,8% em relação ao ano passado. A produção de aveia e cevada, por outro lado, mostrou um pequeno aumento.
- Feijão (em grão): A produção de feijão foi estimada em 3,4 milhões de toneladas, um crescimento de 9,6% em relação a 2024, atendendo completamente ao consumo interno do Brasil.
Essas estimativas refletem a dinâmica da agricultura brasileira, com variações importantes tanto em termos de área plantada quanto de produção, com destaque para a soja e o milho, que continuam a dominar o cenário agrícola nacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
- 6 dias atrás
Em São José dos Bandeirantes, guia de pesca pega peixe de 120 quilos e com cerca de 2 metros no Rio Araguaia
- ESTADO5 dias atrás
Como está a ponte que liga Rialma a Nova Glória na BR-153? Assista
- PLANTÃO POLICIAL4 dias atrás
Resgatados 40 cavalos em abatedouro clandestino especialista em “hambúrgueres”, em Anápolis
- PLANTÃO POLICIAL4 dias atrás
Homem mata esposa e se mata em seguida
- CIDADES4 dias atrás
Agricultora de Ceres colhe manga com 2 quilos
- Acidente2 dias atrás
Acidente com carro de luxo tira vida de médico na BR-060, em Anápolis; Assista
- ESTADO5 dias atrás
Nota de pesar pela morte do policial civil Rafael da Gama Pinheiro
- 7 dias atrás
Polícia encontra jornalista morto e com mãos amarradas e amordoçado