IPCA de fevereiro atinge 1,31% e pressiona consumo, com destaque para a alimentação e combustíveis

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O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou uma variação de 1,31% em fevereiro, marcando uma aceleração significativa em relação ao mês anterior, quando o índice foi de apenas 0,16%. Esse resultado representa a maior alta para o mês de fevereiro desde 2003, quando o índice alcançou 1,57%. No acumulado do ano, o IPCA atinge 1,47%, enquanto no período de 12 meses o índice somou 5,06%, superando os 4,56% registrados no intervalo de 12 meses anteriores. Em comparação com fevereiro de 2024, quando o índice foi de 0,83%, a alta deste ano é ainda mais expressiva.

Entre os nove grupos de produtos e serviços avaliados, os destaques ficaram para a Educação, que apresentou alta de 4,70%, e a Habitação, com variação de 4,44%. Esses setores impactaram de forma significativa o índice de fevereiro, com destaque para a energia elétrica residencial, que teve um aumento expressivo de 16,80%, após a queda observada em janeiro, decorrente da incorporação do Bônus de Itaipu.

O aumento das tarifas de energia elétrica foi um dos fatores de pressão sobre o índice, com especial atenção para a elevação de 4,44% nas tarifas residenciais. Além disso, os reajustes em cursos regulares, com destaque para o ensino fundamental e médio, também contribuíram para o aumento da Educação. O impacto desse aumento foi de 0,28 p.p. no índice de fevereiro.

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No setor de Alimentação e Bebidas, a alta foi de 0,70%, com destaque para os aumentos nos preços do ovo de galinha (15,39%) e do café moído (10,77%). Por outro lado, produtos como a batata-inglesa (-4,10%) e o arroz (-1,61%) apresentaram quedas. Esses movimentos de preços refletem a dinâmica de oferta e demanda nos mercados de produtos agrícolas, diretamente ligados aos custos de produção e fatores climáticos.

O grupo Transportes também exerceu pressão sobre o IPCA, com variação de 0,61%, sendo influenciado principalmente pelos aumentos nos combustíveis: óleo diesel (4,35%), etanol (3,62%) e gasolina (2,78%). Além disso, os reajustes nas tarifas de transporte público nas grandes cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, também impactaram o índice.

Em termos regionais, a maior variação foi observada em Aracaju (1,64%), onde a alta da energia elétrica residencial e dos combustíveis, como a gasolina, contribuiu para o aumento do custo de vida. A menor variação ocorreu em Fortaleza (1,03%), onde a queda nos preços das passagens aéreas e da gasolina ajudou a mitigar a alta nos custos.

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O IPCA é calculado mensalmente pelo IBGE e reflete a variação de preços para as famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos, abrangendo diversas regiões metropolitanas e cidades de grande porte em todo o Brasil. Para o cálculo de fevereiro, foram comparados os preços coletados entre 30 de janeiro e 26 de fevereiro de 2025 com os preços vigentes de 28 de dezembro de 2024 a 29 de janeiro de 2025.

Além disso, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a variação de preços para famílias com rendimentos de 1 a 5 salários mínimos, também apresentou alta de 1,48% em fevereiro. O INPC acumulou 1,48% no ano e 4,87% nos últimos 12 meses, refletindo aumentos em produtos alimentícios, como carnes e combustíveis, que pressionaram o custo de vida de boa parte da população.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Inovação no Cerrado: Startup Desenvolve Índice de Maturidade Microbiológica para Latossolos

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A startup Biotech B4A, que integra o projeto Agro Bioma Brasil, concluiu um estudo inovador sobre a avaliação microbiológica dos latossolos do cerrado brasileiro. A pesquisa resultou na criação de um banco de dados abrangente e no desenvolvimento do primeiro índice de qualidade microbiológica do solo, fundamentado em metagenômica, no Brasil. Esta conquista traz avanços significativos para o biomonitoramento da microbiota do solo nos sistemas de soja presentes nesse bioma.

O estudo, realizado ao longo de um ano em colaboração com produtores rurais e consultorias, envolveu a coleta de amostras de solo de diversas regiões do cerrado, incluindo áreas com solos saudáveis e degradados. As coletas foram feitas com base na indicação dos próprios produtores, que apontaram talhões mais produtivos, aqueles que já adotam práticas de manejo regenerativo, bem como as áreas em processo de degradação, que passaram por uso intenso de defensivos, fertilizantes químicos e pastagem. Além disso, a pesquisa incluiu a obtenção de dados físico-químicos e imagens de satélite.

De acordo com Robert Cardoso de Freitas, Chief Technology Officer (CTO) da B4A e Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental, uma análise multivariada foi realizada para entender as variações possíveis nos microbiomas do cerrado. “Essa análise nos revelou diferentes composições que se assemelham em aspectos ecológicos. Utilizando os dados fornecidos pelos produtores, associamos essas composições ao histórico de uso das áreas, a fim de entender se são reflexo de práticas regenerativas ou tradicionais”, explicou Cardoso.

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O estudo avançou ainda mais ao classificar os microbiomas em uma escala que indica o grau de maturidade microbiológica do solo, variando de C- a A+. A comparação entre talhões classificados como C e A revelou diferenças de produtividade de até 30%, além de uma relação linear com o acúmulo de matéria orgânica e fósforo disponível para as plantas.

Essa classificação permitirá que os produtores realizem manejos mais assertivos do solo. “Solos classificados no nível C apresentam fortes evidências de impactos físicos e químicos inadequados que prejudicam diversos microrganismos benéficos. Tais solos são caracterizados por problemas como acidificação, salinização e compactação. Já microbiomas no nível B não apresentam sinais de degradação severa, mas têm desbalanceamentos no uso de nutrientes e carbono, prejudicando a maturação completa. Por fim, no nível A, as comunidades microbiológicas são altamente resilientes e capazes de se autorregular, inibindo patógenos”, detalhou Cardoso. O especialista enfatizou que características edafoclimáticas sempre devem ser consideradas ao classificar a maturidade microbiológica, o que torna a estratificação de dados tão relevante para a precisão dos diagnósticos e manejos.

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A análise do microbioma do solo já é uma prática consolidada entre os produtores rurais, sendo um parâmetro fundamental para a adoção de práticas regenerativas e o uso de bioinsumos. “O diagnóstico é simples: enviamos um kit para o produtor, que coleta as amostras e as envia de volta. Realizamos a extração de DNA e sequenciamento de fungos e bactérias. Esse processo evolui o trabalho laboratorial com a inteligência de análise de dados, tornando os resultados mais aplicáveis na prática”, explicou Cardoso.

A coleta pode ser feita em qualquer período da operação agrícola, mas, por questões práticas, os momentos de entressafra são os mais indicados. Os resultados laboratoriais ficam disponíveis para os produtores entre 30 e 45 dias após o envio das amostras.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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