Ipea reduz previsão de PIB agropecuário de 2022 do país para 1%

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O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reduziu sua previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do setor agropecuário brasileiro. A estimativa de alta do valor adicionado recuou de 2,8%, segundo a previsão divulgada em dezembro de 2021 pelo Ipea, para 1%, de acordo com os dados divulgados hoje (22).

A queda foi provocada principalmente pela previsão do valor adicionado do setor agrícola, que caiu de 2,6% em dezembro para 0,3% neste mês, devido a fatores como a estiagem no sul do país, São Paulo e Mato Grosso do Sul, que causou impacto na produção de soja.

A queda na produção de soja este ano deve chegar a 35,8% no Rio Grande do Sul e a 40,7% no Paraná.

As altas estimadas nas produções de milho (23,9%) e cana-de-açúcar (20,6%) evitaram uma queda maior na previsão do PIB agropecuário. No entanto, segundo o Ipea, um possível problema climático que afete essas lavouras pode resultar em queda do valor adicionado agrícola.4

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A estimativa de crescimento do valor adicionado pecuário também caiu, mas de forma mais moderada, de 3,6% em dezembro para 3% neste mês.

O documento divulgado pelo Ipea considerado que o maior risco para o setor pecuário é a redução da demanda por proteínas animais devido ao aumento dos preços e da expectativa de uma atividade econômica pouco aquecida em 2022.

Edição: Maria Claudia

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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