Irrigação assegura estabilidade na produção de arroz no Mercosul

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Enquanto lavouras de soja e milho enfrentam perdas significativas devido à seca na América do Sul, a produção de arroz no Mercosul mantém um cenário positivo, impulsionada pelo uso da irrigação. Segundo Sérgio Cardoso, diretor de operações da Itaobi Representações, essa tecnologia tem sido essencial para garantir a produtividade estável e o abastecimento contínuo da cultura.

No Brasil, a safra de arroz de 2025 deve ultrapassar 11,5 milhões de toneladas, impulsionada especialmente pela produção no Sul do país, onde as condições climáticas favoreceram a qualidade dos grãos. No âmbito do Mercosul, a colheita pode superar 16 milhões de toneladas, reforçando a importância estratégica do arroz para a segurança alimentar regional.

Soja e milho enfrentam desafios climáticos

Enquanto o arroz mantém sua estabilidade, soja e milho vivem um cenário desafiador. A seca impactou fortemente as lavouras, levando a uma revisão para baixo das projeções de produção. No mercado de milho, os preços futuros registraram valorização recente, refletindo as preocupações com a oferta global.

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“Culturas como soja e milho têm sofrido com as condições climáticas adversas na América do Sul, especialmente na Argentina, que reduziu suas estimativas para a safra 2024/2025 devido à seca prolongada”, explica Cardoso.

Diante desse contexto, a capacidade de adaptação dos produtores de arroz, associada ao uso de sistemas de irrigação eficientes, tem sido determinante para a manutenção da produção.

“Essa resiliência reforça a importância do arroz como cultura estratégica para a segurança alimentar da região”, conclui Cardoso.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

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O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

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Exportações em Perspectiva

Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.

No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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