Irrigação impulsiona cultivo de soja no extremo noroeste do Paraná

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Localizada no município de Icaraíma, a 60 quilômetros de Umuarama, no noroeste do Paraná, a Fazenda Estrela e Monte Azul reúne seis propriedades, totalizando 2.600 alqueires. Dessa área, 100 alqueires são destinados à produção de soja sob irrigação, com o uso de três pivôs. Além disso, 500 alqueires são ocupados por lavouras de mandioca, enquanto os 2 mil alqueires restantes são destinados a pastagens, onde um rebanho de 10 mil cabeças de gado passa por programas de cria, recria e engorda, sendo 5 mil animais mantidos em confinamento.

Na última terça-feira (18/02), o Rally Cocamar de Produtividade visitou a propriedade, acompanhado pelo gerente das unidades da Cocamar em Umuarama e Icaraíma, Alisson Rodrigues Nunes, e pela engenheira agrônoma Mariane Carvalho.

Garantia de alta produtividade

Desde 2020, a soja cultivada na fazenda conta com irrigação por pivôs da Lindsay. Segundo o administrador da propriedade, Alexandre Rios, essa tecnologia tem garantido uma produtividade média de 160 a 180 sacas por alqueire. Para efeito de comparação, nas áreas não irrigadas, a produção cai drasticamente para 50 sacas por alqueire.

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A sucessão com o milho também se beneficia da irrigação. Cultivado no inverno, o cereal apresenta produtividade média de 250 sacas por alqueire, podendo chegar a 280 sacas.

“Sem irrigação, a produção não seria viável”, destaca Alexandre, que planeja ampliar os investimentos na tecnologia para incluir também as pastagens e até mesmo a área de confinamento, com a instalação de aspersores para reduzir o estresse térmico dos animais.

Pecuária de alto desempenho

A fazenda trabalha com gado Nelore e rebanho misto em confinamento. Os animais entram com peso médio entre 400 e 450 quilos e, após 80 a 90 dias, atingem cerca de 550 quilos. O ganho médio diário por animal é de 1,6 quilo, podendo chegar a 1,8 quilo. Toda a produção de carne é voltada para o mercado externo.

Segurança hídrica e custos de operação

Com solos que apresentam 21% de teor médio de argila e localizados a uma altitude de 350 metros, a região enfrenta períodos de baixa pluviosidade. No entanto, a irrigação garante estabilidade na produção. “Temos a tranquilidade de contar com a irrigação, aplicando pelo menos 10 milímetros de água nas lavouras todas as noites”, explica Alexandre.

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Apesar disso, períodos de temperaturas elevadas exigem a operação diurna dos pivôs, o que impacta os custos. Enquanto o valor da energia para irrigação noturna (das 21h às 6h) é de 12 centavos por quilowatt-hora (kWh), durante o dia o custo sobe para 48 centavos por kWh.

Retorno sobre o investimento

O investimento nos três pivôs, feito em 2020, foi quitado ainda durante a pandemia, impulsionado pela valorização da soja. “Valeu a pena e já planejamos expandir a irrigação”, afirma Alexandre. A ideia é incluir as pastagens no sistema, garantindo alimentação para o gado mesmo no inverno.

Além de assegurar maior produtividade, a irrigação também valoriza as propriedades. “Trata-se de uma tecnologia acessível, e o produtor precisa estar preparado para aproveitar todo o seu potencial”, conclui Alexandre.

Sobre o Rally Cocamar de Produtividade

Em sua 10ª edição, o Rally Cocamar de Produtividade busca promover e divulgar iniciativas que impulsionam a agropecuária paranaense. A ação conta com o apoio de empresas do setor, incluindo Ourofino Agrociência, Sicredi Dexis, Seguradora Sombrero, Fertilizantes Viridian, Nissan Bonsai Motors e Texaco.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Expodireto 2025: Estratégias para Maximizar a Rentabilidade da Produção de Erva-Mate

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Durante a Expodireto Cotrijal 2025, o 17º Fórum Florestal trouxe à tona debates sobre como valorizar a erva-mate do Rio Grande do Sul e explorar o potencial da geração de créditos de carbono. O evento destacou, ainda, a realização de um concurso para premiar a maior árvore da espécie no estado.

Enio Schroeder, vice-presidente da Cotrijal, sublinhou a importância da preservação ambiental e os impactos positivos da iniciativa. “O Fórum Florestal é fundamental porque aborda questões essenciais para a nossa vida, como a necessidade de preservarmos as florestas e a natureza. É um espaço de reconhecimento para aqueles que, muitas vezes sem visibilidade, fazem uma enorme diferença”, afirmou.

Selia Felizari, coordenadora do Polo Ervateiro do Nordeste Gaúcho e presidente da Apromate, anunciou a concessão do Registro de Indicação Geográfica “Erva-mate Região de Machadinho”, conferido pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) em 4 de fevereiro. “Este registro é um marco na valorização da erva-mate e no reconhecimento da história da colonização da região, com imigrantes italianos que chegaram em busca do ‘ouro-verde’, a erva-mate nativa”, explicou.

Os estudos para essa certificação começaram em 2014 e resultaram no registro da cultivar Cambona 4 no Ministério da Agricultura e Pecuária. A iniciativa visa conciliar produção e sustentabilidade, com práticas que incorporam espécies nativas nas áreas de cultivo. Segundo Selia, a erva-mate, quando bem manejada, oferece maior rentabilidade do que culturas como a soja. “Plantamos erva-mate junto a outras espécies nativas, e a produtividade é excelente, já que essas terras são de fácil manejo”, afirmou.

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A Apromate, que reúne 591 produtores, espera que a certificação contribua para valorizar ainda mais o produto, além de incentivar o turismo e ampliar os mercados. Entre os principais importadores da erva-mate gaúcha estão Uruguai, Síria, Estados Unidos e países europeus.

Outro ponto importante abordado no fórum foi a geração de créditos de carbono por meio do cultivo de erva-mate. Gabriel Dedini, engenheiro agrônomo da Fundação Solidaridad, apresentou um projeto que visa conectar a produção agrícola ao sequestro de carbono. “Estamos trabalhando com a cultura da erva-mate no Sul do Brasil desde 2014, desenvolvendo modelos agrícolas de baixo carbono com assistência técnica responsável”, explicou Dedini.

O projeto busca criar uma rede de produção sustentável e promover a erva-mate no mercado internacional, além de gerar pagamentos por serviços ambientais. Dedini mencionou que investimentos de milhões de euros estão sendo considerados para implementar o projeto em três polos ervateiros do estado.

No encerramento do evento, foi lançado o concurso “Árvores Gigantes do Rio Grande do Sul – 2025: o ano da erva-mate”. Jaime Martinez, professor da Universidade de Passo Fundo (UPF), explicou que o concurso visa identificar a maior árvore da espécie Ilex paraguariensis do estado. “Queremos despertar nos proprietários rurais o interesse pelas árvores de suas propriedades, valorizando as árvores mais antigas e geneticamente resistentes”, disse.

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As inscrições para o concurso serão realizadas nos escritórios da Emater/RS, com o resultado sendo anunciado no Dia da Árvore, em 21 de setembro de 2025. O concurso será coordenado pelo Laboratório de Manejo da Vida Silvestre (LAMVis) da UPF, com apoio da Emater/RS e participação de entidades do setor ervateiro.

O Fórum Florestal contou com a promoção da Emater/RS, Cotrijal, Programa Gaúcho para a Qualidade e Valorização da Erva-Mate, Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Embrapa Florestas, Sindimate/RS, Sindimadeira/RS, Ageflor, Ibramate e Apromate.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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