Licitação não recebe propostas para vender petróleo da União

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Nenhuma proposta foi apresentada na licitação internacional realizada hoje (28) pela Pré-Sal Petróleo (PPSA) para contratar um agente comercializador para o petróleo da União produzido na Área Individualizada de Tupi. As petrolíferas Petrobras, Equinor e Total se cadastraram para participar da licitação, mas não enviaram documentação.

A Área de Individualizada de Tupi foi definida no Acordo de Individualização da Produção (AIP), celebrado em abril de 2019, porque as reservas do campo de Tupi, na Bacia de Santos, se estendiam para além da área contratada pelo consórcio operado pela Petrobras (65%), com os sócios Shell (25%) e Petrogal (10%).

O campo de Tupi, anteriormente conhecido como campo de Lula, é o maior produtor de petróleo e gás natural do pré-sal, e, por meio do AIP, a União garantiu uma participação de 0,551% na jazida compartilhada.

O agente comercializador que a PPSA buscava contratar com a licitação seria responsável por todo o processo de comercialização da participação da União prevista no AIP, o que incluiria a identificação de um comprador, o carregamento no navio-plataforma (FPSO), o transporte até o ponto de transbordo ou entrega por cabotagem e outras atribuições.

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O contrato de agente comercializador teria duração de cinco anos, durante os quais seriam comercializados quatro milhões de barris de petróleo, a um valor estimado de US$ 218 milhões.

Edição: Denise Griesinger

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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