Opinião

Limpeza interior

A bondade de Deus está justamente em nos perdoar e dar a chance do recomeço; de crescer a partir de nossa conscientização. A consciência que desperta para a situação sabe que a organização interna é vital para que as boas obras aconteçam e que por meio delas, a vida saudável e feliz pode ser recondicionada em novas perspectivas. Não dos erros ou aparências, mas daquilo que importa. Sem ela, seria como querer construir um prédio elevado, mas com alicerces e fundações frágeis. O Cristo interior é o arrimo da vida benquista maior.

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Paulo Hayashi Jr. é Doutor em Administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

As dificuldades, os problemas e os invernos da vida podem deixar marcas profundas em almas menos avisadas. Todavia, para o completo reerguimento, para que a primavera volte a florir de modo intenso e pleno, é essencial que se faça a limpeza interior. Perdoar àqueles que não te compreenderam em outra hora, bem como pedir perdão aos que foram feridos pelas tuas lanças da imprudência e da amargura. É essencial esta harmonização com destaque para o autoperdão.

Não se pode trilhar a felicidade interior se há motivos pessoais para se boicotar. A higiene dos erros próprios é tão valiosa quanto perdoar as falhas alheias. Em todos os casos, como nos lembra o mestre Nazareno, é fundamental perceber que ninguém é perfeito e, com a perspectiva certa da compaixão e da caridade, todos podem se levantar e se ajudar. Não é necessário o martírio da carne, tampouco da alma, mas o arrependimento e a caridade para o refazimento e a suavização dos equívocos.

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A bondade de Deus está justamente em nos perdoar e dar a chance do recomeço; de crescer a partir de nossa conscientização. A consciência que desperta para a situação sabe que a organização interna é vital para que as boas obras aconteçam e que por meio delas, a vida saudável e feliz pode ser recondicionada em novas perspectivas. Não dos erros ou aparências, mas daquilo que importa. Sem ela, seria como querer construir um prédio elevado, mas com alicerces e fundações frágeis. O Cristo interior é o arrimo da vida benquista maior.

Paulo Hayashi Jr. é doutor em administração. Professor e pesquisador da Unicamp.

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ARTIGO

Independência ou morte

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Carlos Nina é advogado e jornalista

São decorridos, neste setembro de 2024, 202 anos do “brado retumbante” ao qual se referiu Joaquim Osório Duque-Estrada nos versos que se consolidaram como o Hino Nacional e que estão na primeira estrofe: Ouviram do Ipiranga, as margens plácidas / De um povo heroico, o brado retumbante / E o Sol da liberdade, em raios fúlgidos / Brilhou no céu da pátria nesse instante.

Mas a imagem que nos vem à mente é a tela do pintor paraibano de Areia, Pedro Américo de Figueiredo e Melo, que, contratado pelo Governo do Estado de São Paulo, produziu Independência ou Morte!, tela  que deveria corresponder ao grito do príncipe Pedro, às margens do Ipiranga.

É evidente que, apesar de todo o trabalho de pesquisa feito pelo artista – que, além de pintor, tinha outros talentos e atividades, como cientista, poeta, romancista e professor -, a tela, pintada mais de 60 anos depois, não estaria imune às polêmicas que inevitavelmente viriam. Assim como quanto à obra de Pedro Américo, a própria independência seria alvo de polêmica, não só pela divergência entre os que desejavam uma nação independente e os que defendiam a manutenção do vínculo de domínio à Corte portuguesa.

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Pintura à parte, o que representou aquele rompimento de Pedro, que viria a ser o primeiro Imperador do Brasil?

É relevante para essa reflexão que se saiba que o príncipe fora instado a deixar o Brasil e ir para Portugal. Foi convencido a ficar por D. Leopoldina, então esposa de Pedro, que “via a conjuntura política com clarividência maior.” (CALÓGERAS, 1966, p. 89). Afinal, assinala o historiador, como pensamento íntimo de Pedro: “Com ele ou sem ele, o país se tornaria independente por qualquer forma”.

Daí a história do Fico, ocorrido dia 9 de janeiro de 1822, quando o Príncipe-regente, contrariando as ordens de Portugal, teria declarado: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto. Digam ao povo que fico.”

Essa história de bem de todos e felicidade geral da Nação, portanto, é antiga. E as constituições brasileiras a repetiriam em seus preâmbulos. A primeira, de 1824, não se refere explicitamente à motivação expressa na célebre declaração de Pedro, mas, ao dissolver a Assembleia Constituinte, o já Imperador, em Manifesto de 16 de novembro de 1823, anuncia o quanto está “empenhado em promover a felicidade e a tranquilidade nacional” e almeja “paz, tranquilidade e prosperidade que a Constituição afiança e assegura.”

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Sete Constituições depois (1824, 1891, 1934, 1937, 1946, 1967/1969), a de 1988 proclama a intenção dos Constituintes: “instituir um Estado Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus.”

É o que temos?

Carlos Nina é advogado e jornalista

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