Livro sobre direito agrário e ambiental da Amazônia será lançado em evento virtual

Publicados

A obra coletiva “Direito Agrário e Ambiental da Amazônia Brasileira” será lançada no dia 27 de março de 2025, às 19h, em um evento virtual. O livro reúne especialistas do meio jurídico que atuam em áreas como advocacia agrária, docência, órgãos públicos de terras e meio ambiente, serviços notariais e judiciais.

Coordenado por Paulo Sérgio Sampaio Figueira e Rogério Reis Devisate, o livro que reúne textos de 36 coautores (entre eles, Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio e da Federação dos Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso – Feagro-MT), traz uma abordagem aprofundada sobre temas como reforma agrária, regularização fundiária, agronegócio, licenciamento ambiental e desafios jurídicos da Amazônia Brasileira. A obra também discute os entraves que dificultam o desenvolvimento sustentável na região e propõe reflexões sobre o papel da segurança jurídica na ocupação territorial.

Entre os temas abordados no livro, destacam-se:

  • Política pública da reforma agrária e da regularização fundiária, explorando os impactos sociais, econômicos e jurídicos dessas medidas na Amazônia Legal;
  • Segurança jurídica e direitos reais sobre bens imóveis e posse rural, abordando a importância dos registros fundiários para o desenvolvimento do setor;
  • Impactos do licenciamento ambiental e dos contratos agrários na proteção da Amazônia, analisando como a legislação influencia as cadeias produtivas e as comunidades tradicionais;
  • Desafios da regularização fundiária na Amazônia Legal, incluindo a ocupação de terras públicas e a titulação de assentamentos agroextrativistas;
  • Conflitos fundiários e a grilagem de terras em unidades de conservação, discutindo os impactos ambientais e jurídicos dessas práticas;
  • Influência externa na gestão ambiental da Amazônia, questionando o papel de organizações internacionais e governos estrangeiros na formulação de políticas para a região;
  • A importância da Amazônia para o agronegócio e para a segurança alimentar, reforçando a necessidade de um equilíbrio entre produção sustentável e preservação ambiental.
Leia Também:  Progresso da Colheita de Soja no Paraná Chega a 23%; Plantio de Milho Avança para 28%

A obra reúne análises críticas e reflexões sobre os desafios que ainda prendem o Brasil a um modelo agrário ultrapassado. Segundo os autores, a regularização fundiária, o fortalecimento da empresa agrária e a segurança jurídica são fundamentais para garantir a soberania nacional e o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Lançamento virtual

📅 Data: 27 de março de 2025
🕖 Horário: A partir das 19h
📍 Local: Evento online

🔹 Programação:

  • 19h – Abertura: Albenir Querubini
  • 19h10 – Palestra sobre a importância do livro no contexto da COP 30: Paulo Figueira
  • 19h30 – Palestra: Paulo Roberto Kohl
  • 19h40 – Palestra: Adriana Vargas Dezan
  • 19h50 – Encerramento: Rogério Reis Devisate

O evento é aberto ao público e promete ser um espaço de debate fundamental para quem deseja compreender os desafios e soluções jurídicas para a Amazônia Brasileira.

Fonte: Pensar Agro

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

Agronegócio

Expansão da citricultura: avanço do greening impulsiona migração de pomares no Brasil

Publicados

em

A disseminação do huanglongbing (HLB), conhecido como greening, tem remodelado o mapa da citricultura brasileira. A doença, considerada a mais devastadora para os pomares de citros, está impulsionando o deslocamento da produção para novas regiões do país. O tradicional Cinturão Citrícola, que abrange o estado de São Paulo (exceto o litoral), o Triângulo Mineiro e o sudoeste de Minas Gerais, agora inclui também Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e o Distrito Federal, formando o chamado Cinturão Citrícola Expandido (CCE).

Pesquisadores da Embrapa e do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) estão desenvolvendo estudos sobre zoneamento de riscos climáticos e fitossanitários para auxiliar citricultores nesse processo de transição. “A Embrapa está empenhada em apoiar os produtores na mitigação e controle do HLB, mas também em avaliar novas áreas com potencial para a citricultura”, destaca Francisco Laranjeira, chefe-geral da Embrapa Mandioca e Fruticultura e especialista em fitopatologia.

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), desenvolvido pela Embrapa em parceria com o Fundecitrus, é uma das ferramentas que oferecem suporte aos produtores. Esse estudo avalia os riscos climáticos para diferentes regiões do Brasil, permitindo a identificação de áreas com menor susceptibilidade à doença. O Zarc considera probabilidades de perdas entre 20%, 30% e 40% em todas as fases do ciclo produtivo, da floração à colheita.

Segundo Mauricio Coelho, pesquisador da Embrapa e coordenador do Zarc Citros, a iniciativa permite um planejamento estratégico da expansão da citricultura. “Com os dados de risco climático em nível municipal, conseguimos identificar regiões limítrofes ao Cinturão Citrícola e avaliar os riscos para a cultura nas áreas de expansão”, explica.

Leia Também:  Dólar sobe e se aproxima de R$ 5,80 com alta da inflação, declarações de Haddad e tarifas dos EUA
Monitoramento fitossanitário e avanços tecnológicos

Além do clima, há um esforço para mapear os riscos fitossanitários, como a ocorrência do psilídeo Diaphorina citri, vetor do HLB, e da podridão floral dos citros (PFC), que pode comprometer significativamente a produção. O projeto “Zoneamento de favorabilidade à ocorrência de psilídeo e de podridão floral dos citros”, liderado pelo analista da Embrapa Alécio Moreira e financiado pela Fapesp, tem como objetivo mapear a incidência dessas ameaças em cenários de mudanças climáticas. A previsão é que os primeiros mapas sejam divulgados até 2025.

“O controle dessas pragas precisa ser contínuo e preventivo. Condições climáticas, como baixas temperaturas e períodos de estiagem, podem limitar o desenvolvimento das pragas, mas o monitoramento constante é essencial para minimizar os impactos”, alerta Coelho.

Crescimento da migração e desafios logísticos

De acordo com o Fundecitrus, a migração dos pomares teve início em 2023 e se intensificou em 2024. O pesquisador Renato Bassanezi destaca que os produtores têm buscado regiões com menor incidência do greening. Apesar disso, a doença segue avançando no estado de São Paulo, ainda que em um ritmo menor do que o registrado nos anos anteriores.

A mudança territorial, contudo, impõe desafios. Segundo Danilo Yamane, consultor da FortCitrus e membro do Grupo de Consultores em Citros (GConci), os citricultores enfrentam três grandes obstáculos: condições climáticas adversas, dificuldades logísticas e escassez de mão de obra especializada. “O mercado consumidor e as indústrias processadoras estão concentrados em São Paulo, o que eleva os custos de transporte. Além disso, a disponibilidade de trabalhadores para as novas regiões ainda é um desafio”, explica Yamane.

Leia Também:  Clima Adverso Impacta Colheita de Soja e Início da Safrinha de Milho no Brasil
Investimentos em novas áreas

Diante do avanço do greening, empresas do setor estão investindo na expansião para novas regiões. A Cambuhy Agrícola Ltda., com sede em Matão (SP), é uma das companhias que decidiram migrar. A empresa iniciou o plantio de pomares em Ribas do Rio Pardo (MS), gerando 1.200 empregos diretos. “A decisão foi motivada pelo aumento expressivo da doença, e adotamos medidas rigorosas de controle fitossanitário”, afirma Fabrício Lanza, gerente de P&D da empresa.

Outra companhia que está investindo na nova fronteira citrícola é a Agroterenas. Segundo Ezequiel Castilho, diretor agroindustrial da AGT Citrus, a empresa está plantando 1.500 hectares no Mato Grosso do Sul, com previsão de conclusão até 2026. “A laranjeira é uma planta adaptável, assim como a soja e a maçã, que já expandiram para outras regiões. O desafio agora é adequar o manejo ao novo cenário climático”, conclui Castilho.

Com investimentos em tecnologia e monitoramento, a citricultura brasileira busca novas áreas para garantir a produção sustentável e minimizar os impactos do greening, consolidando o Cinturão Citrícola Expandido como uma realidade para o setor.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA