Economia

Lula e Campos Neto passarão a se encontrar periodicamente, diz Haddad

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O primeiro encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, transcorreu em clima cordial, disse nesta quarta-feira (27) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Segundo o titular da Fazenda, Lula combinou reuniões periódicas com Campos Neto daqui para a frente.

“A reunião foi excelente, uma reunião de trabalho, muito boa, muito produtiva, cordial. A conversa transcorreu muito bem”, disse Haddad, que participou do encontro, ao retornar ao Ministério da Fazenda. Com uma hora de atraso, a reunião começou por volta das 18h30 e acabou por volta de 19h45.

Essa foi o primeiro encontro entre Lula e Campos Neto desde que o presidente da República tomou posse. A conversa ocorreu por iniciativa do presidente do BC e foi mediada por Haddad, que se reúnem em média uma vez a cada 45 dias.

Classificando a conversa “de alto nível”, Haddad disse que o encontro serviu para construir relações. “Foi um encontro institucional, de construção de relação, de pactuação em torno de conversas periódicas”, disse.

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Sobre uma possível conversa em relação aos juros básicos, objeto de críticas públicas de Lula a Campos Neto desde o início do ano, o ministro desconversou e disse que os dois não trataram de tópicos específicos. “O presidente [Lula] deixou claro o respeito que tem pela instituição [Banco Central]. A reciprocidade foi muito boa da parte do Campos Neto”, limitou-se a dizer o ministro.

No início do ano, Lula e Campos Neto tiveram uma relação tensa, com o presidente da República criticando a demora do Banco Central em baixar a Taxa Selic (juros básicos da economia), que ficou em 13,75% ao ano entre agosto de 2022 e agosto deste ano e atualmente está em 12,75%. Em junho, Lula tinha classificado de “irracional” o nível dos juros.

A crítica mais recente ocorreu no início deste mês. Em evento em Fortaleza, o presidente afirmou que ia “continuar brigando” para os juros caírem.

Fonte: EBC Economia

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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