Opinião
Maconha: Ela está livre!
Curiosamente, muitos países têm vindo a liberar porções módicas, no máximo, 15 gramas dessa substância que, quando não usada para fins médicos se porta como um legítimo veneno na vida dos usuários. Aqui as autoridades consideraram que 40 gramas é uma quantidade não agressiva para os consumidores. Isso demonstra o apreço que as autoridades têm pela sociedade.
Assistimos, atualmente em nosso país, a legalização e, consequentemente, a liberação para circulação livre de qualquer impedimento, salvo o tamanho da quantidade, da planta Cannabis Sativa, popularmente conhecida como maconha, e que faz a alegria dos infelizes que vivem mergulhados em todo o tipo de miséria, depressão e incapacidade de viver naturalmente.
A planta, em si, não tem rigorosamente nada a ver com o que fazem dela em suas utilizações comuns no dia a dia de cada um. Ela tanto pode ser usada em tratamentos médico com comprovados excelentes resultados como medicamento para doenças específicas, que só ela pode preencher espaços vazios na estrutura orgânica, de um paciente, como só ela pode fazê-lo. Como ser usada para fins recreativos, como é chamada, mas que no fundo nada tem de recreativo, como sabemos.
Usada, por determinadas pessoas com propensão esquizofrênica, pode ser um acelerador de distorções mentais capaz de levar pessoas ao inferno e de lá terem muita dificuldade para sair.
Curiosamente, muitos países têm vindo a liberar porções módicas, no máximo, 15 gramas dessa substância que, quando não usada para fins médicos se porta como um legítimo veneno na vida dos usuários. Aqui as autoridades consideraram que 40 gramas é uma quantidade não agressiva para os consumidores. Isso demonstra o apreço que as autoridades têm pela sociedade.
Como se não bastasse os exemplos dramáticos que assistimos nas cracolãndias do mundo, onde seres que um dia foram humanos e por terem começado com os inofensivos cigarros da erva maldita, hoje são verdadeiros fantasmas vivos nômades que não tem serventia para rigorosamente nada a não ser para alimentar as estatistas da desgraça humana.
A decisão magistral de nossas autoridades ratificou a necessidade da produção em larga escala e a comercialização dela para todos os necessitados, desta feita com um preço mais em conta, dado que, como o aumento do consumo dela se elevou e também o comercio perdeu o estigma de tráfico para tráfego hoje, com a perda do título de criminoso quem portar a quantidade dessa substancia, quem deve passar a se preocupar é o Ministério da Saúde que passará a contar com outro tipo de necessitado que serão os dependentes da erva do amor, como era conhecida quando ainda era proibida.
Será que as autoridades sanitárias estarão preparadas para o que vier pela frente? Esperemos que sim!
Cícero Carlos Maia – artigosbsb@gmail.com
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ARTIGO
A Septuaginta, a Hebraica e Qumran
Há outros manuscritos medievais do Antigo Testamento, o mais antigo é uma cópia do Cairo dos profetas de 895 d.C., enquanto o Codex de Aleppo, de 930 d.C., carrega o selo de aprovação do grande filósofo Maimônides, há um Codex Babilônico dos Profetas (916 d.C.) e uma cópia do Pentateuco do século X no Museu Britânico.
Desde o início da Igreja (ekkesia, comunidade, assembleia) de Jesus Cristo, as Escrituras (Antigo Testamento) utilizadas eram as da Septuaginta (LXX) na língua grega e não a Hebraica. Esta versão somente passou a ser valorizada na época de Jerônimo porque havia grandes diferenças entre as duas Bíblias e julgou-se que a Hebraica fosse original e mais correta. E essa impressão continuou até 1947, quando foram descobertos os pergaminhos do Mar Morto.
Descobri alguns livros que tratam do assunto, de autores como Emanuel Tov, James A. Sanders, Eugene Ulrich, e Ralph W. Klein (autor do livro “Textual – Crítica do Antigo Testamento. A Septuaginta depois de Qumran” e que estou estudando e repasso aqui).
A história da Septuaginta (LXX) começa com a tradução do Pentateuco em Alexandria, Egito, no século III A.C., uma vez que a comunidade judaica de lá encontrou cada vez mais dificuldade em usar o hebraico, traduziu o Pentateuco para o grego koiné para atender às necessidades litúrgicas da sinagoga, e talvez para fins apologéticos e educacionais também.
O Texto Massorético (TM) é versão hebraica do Antigo Testamento, padronizada entre os séculos VI e X d.C., pelos massoretas, usada no judaísmo rabínico e nas traduções modernas da Bíblia.
Há outros manuscritos medievais do Antigo Testamento, o mais antigo é uma cópia do Cairo dos profetas de 895 d.C., enquanto o Codex de Aleppo, de 930 d.C., carrega o selo de aprovação do grande filósofo Maimônides, há um Codex Babilônico dos Profetas (916 d.C.) e uma cópia do Pentateuco do século X no Museu Britânico.
O Pentateuco Samaritano é a versão dos primeiros cinco livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio) usada pela comunidade samaritana e que rejeita o resto da Bíblia Hebraica.
A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto (250 a.C. a 68 d.C.) demonstrou que a Septuaginta mudou menos e está mais próximo do original do que os demais textos. Por exemplo, o fragmento 4QEx de Qumran confirma Ex 1,1-6 da LXX contra o Texto Massorético.
Qumran e LXX acrescentam “seu pai” depois de Jacó; TM não. Qumran e LXX leem “E todas as pessoas de Jacó”; TM lê “E todas as pessoas que saem dos lombos de Jacó”. Qumran e LXX leem “setenta e cinco”; TM lê “setenta”. Qumran e LXX leem “pessoas. E José morreu.”; TM lê pessoas. E José no Egito. E José morreu.
A variante “setenta e cinco” é a citada pelo mártir Estêvão (Atos 7,14) e é atestada por alguns manuscritos da LXX em Dt 10,22. É um cálculo baseado em Gn 46,20 da LXX, que contém os nomes de cinco descendentes adicionais de Efraim e Manassés.
Precisamos ainda analisar o Pentateuco Samaritano e o livro de Jeremias, cujo Texto Massorético mostra que foram acrescentadas 2.700 palavras a mais que a LXX e 4QJer, mas esta pequena amostra já mostrou que os Apóstolos e Padres da Igreja foram corretamente inspirados a utilizar a Palavra de Deus (em grego) que não depende de uma língua específica e que precisa estar sempre acompanhando as mudanças humanas da língua! Ou seja, precisamos da Igreja, uma que acerte nas escolhas teológicas, ou seja, siga a Septuaginta dos cristãos!
Mario Eugenio Saturno (fb.com/Mario.Eugenio.Saturno) é Tecnologista Sênior do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e congregado mariano
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